Música

Noel Gallagher admite que não gosta de "Wonderwall", clássico do Oasis

Em entrevista recente, Noel Gallagher falou sobre como "Wonderwall" é uma música "inacabada" que não lhe agrada tanto assim. Veja.

Noel Gallagher
Foto: Divulgação

Não há como negar que “Wonderwall” é o maior clássico do Oasis e talvez um dos maiores de qualquer banda por aí, mas nem isso é o suficiente para agradar Noel Gallagher.

O autor da faixa conversou recentemente com a revista Mojo e, conforme transcrição do UCR, afirmou que a canção é uma das suas “menos preferidas” do catálogo da banda. Ele explica como ficou incrédulo com o sucesso alcançado:

É algo inacreditável. ‘Wonderwall’ é uma das minhas canções menos preferidas porque ela não está acabada. Se eu pudesse de algum jeito viajar no tempo e voltar até lá, eu provavelmente escolheria outra canção para ser nosso cartão de visitas. Provavelmente ‘Some Might Say’.

Noel também revelou que sua insatisfação se estende para o disco (What’s the Story) Morning Glory? como um todo, já que “é o único álbum para o qual nunca fizemos demos”:

Eu estava escrevendo durante uma turnê e eu planejava acabar as músicas quando eu chegasse no estúdio, e nós simplesmente nunca chegamos a fazer isso. ‘Cast No Shadow’ está pela metade. ‘Wonderwall’, ‘Morning Glory’.

Noel Gallagher e (What’s the Story) Morning Glory?

Outra história curiosa de Gallagher com o disco em questão envolve “Champagne Supernova”, que retratava a vida boêmia da época. No entanto, quando tentou abordar assuntos mais sérios, o vocalista conta que se arrepende da mudança:

Eu estava maluco pra caralho [quando escrevi ‘Champagne Supernova’]. Uma típica cena dos anos 90 — todo mundo tinha ido embora, garrafas de champanhe, carnificina na mesa de café — e a música caiu do céu. As músicas costumavam cair da porra do céu todo dia nos anos 90.

[Depois] eu comecei a escrever sobre a fama e as drogas, as quedas relacionadas às drogas e outras pessoas ficando fodidas pelas drogas. As melodias me abandonaram. Quando eu ouço o ‘Be Here Now’ [álbum de 1997], eu sempre penso na oportunidade perdida. Poucas pessoas têm a chance de ser o único compositor da maior banda do mundo e essa é a sua mensagem ao mundo. E eu só disse, ‘Foda-se, está bom assim.’

Talvez o charme seja justamente toda essa naturalidade, não é mesmo?