The Linda Lindas falam pela primeira vez após viralizar com “Racist, Sexist Boy”

Depois do sucesso de "Racist, Sexist Boy", a banda Punk de adolescentes The Linda Lindas falou à imprensa pela primeira vez. Veja!

The Linda Lindas
Foto por Matt Cowan

Novo fenômeno do Punk, as jovens musicistas do The Linda Lindas estão realmente conquistando cada vez mais espaço.

Apenas dias depois de viralizar com o hit “Racist, Sexist Boy”, as garotas falaram pela primeira vez à imprensa em uma entrevista exclusiva com o The Guardian, do Reino Unido. Eloise, de 13 anos, prima das irmãs Mila (10) e Lucia (14), já deixou bem claro logo de cara qual era a intenção da faixa:

Eu espero que essa canção empodere as pessoas que foram oprimidas. É bom porque eu posso gritar bastante nela — toda essa raiva que se acumula, é bom deixar sair. É realmente divertindo quando eu me apresento.

Mila complementou afirmando que a música “deixa as pessoas cientes de que não estão sozinhas”, o que definitivamente é um objetivo do grupo que se completa com Bela, de 16 anos, amiga do trio de familiares.

The Linda Lindas

A trajetória das Linda Lindas, aliás, foi detalhada na reportagem britânica. Elas começaram a tocar juntas lá em 2018 e logo de cara impressionaram grandes nomes da indústria, como Bethany Cosentino (Best Coast) e Karen O (Yeah Yeah Yeahs), assim como Hayley Williams (Paramore) que recomendou as jovens Punk como uma de suas bandas preferidas.

A relação com Hayley é antiga. O pai de Mila e Lucia é Carlos de la Garza, um engenheiro de som e de mixagem que já trabalhou tanto com o Paramore quanto com outras bandas, como o Best Coast; já o pai de Eloise, Martin Wong, também é conhecido na indústria por ter fundado a Giant Robot, uma revista de cultura Pop asiática dos EUA.

Elas reconhecem a sorte que têm com isso — “nós temos pais descolados”, comenta Lucia na entrevista. Eloise, então, complementa que todo o ambiente no qual elas cresceram (e ainda crescem, é claro) favoreceu a atitude Punk e do it yourself das garotas:

Eu cresci com a cultura DIY do Punk, indo a shows de Punk, fazendo mixtapes — com a ideia de que qualquer um pode fazer qualquer coisa. O Punk é qualquer coisa que nós quisermos que ele seja. Eu gosto do ‘do it yourself’ porque é o que você quiser que ele seja. Não tem que ser de um jeito específico.

Ainda no papo com a publicação europeia, as jovens falaram sobre a sensação de tocar no Hollywood Palladium — elas abriram um show do Bikini Kill, lendária banda do movimento riot grrrl — e também sobre tudo que vem acontecendo em suas carreiras bastante promissoras até agora.

Um comentário que certamente vale a pena destacar é o de Bela, a mais velha da banda, que já está no colegial. Ela conta que está “muito grata” por tudo que está acontecendo, mas revela um conflito grande:

Eu ainda tenho um projeto [da escola] que eu não terminei, e eu estou tipo, será que eu ainda faço? Será que não? Eu estou realmente grata por isso estar acontecendo, mas eu meio que desejava que fosse na semana que vem.

Não é fácil a vida da adolescente Punk! Você pode ler o restante da entrevista, em inglês, por aqui.

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