Música

Arrependido por ter pedido desculpas, Winston Marshall deixa o Mumford & Sons

O banjoísta do Mumford & Sons, Winston Marshall, decidiu sair da banda após polêmicas relacionadas a um autor da extrema-direita.

Winston Marshall com o Mumford & Sons
Foto de Winston Marshall via Shutterstock

O guitarrista/banjoísta do Mumford & Sons, Winston Marshall, decidiu sair da banda após polêmicas relacionadas a um autor da extrema-direita.

Recentemente, Marshall manifestou sua admiração pelo escritor Andy Ngo, que em Fevereiro publicou nos Estados Unidos o livro Unmasked: Inside Antifa’s Radical Plan To Destroy Democracy, ou “Desmascarado: Dentro do Plano Radical dos Antifa Para Destruir a Democracia”.

Na publicação ocorrida em Março, o músico escreveu na rede social que Andy era “um homem corajoso”. Não demorou para as reações negativas aparecerem e, à época, Winston disse que tiraria um período para refletir.

Agora, ele afirmou que se arrepende de ter pedido desculpas pelo elogio, explicando:

Passei muito tempo refletindo, lendo e ouvindo. A verdade é que, só por ter comentado um livro que fala da extrema-esquerda e das suas atividades, não quer dizer que eu apoie a extrema-direita. A verdade é que falar do extremismo, correndo o risco de se colocar em perigo, é sem dúvida corajoso. Também sinto que, quando pedi desculpa, contribuí para a mentira de que o extremismo [de extrema-esquerda] não existe ou que é uma coisa boa.

Winton Marshall deixa o Mumford & Sons

O inglês contou que os ataques não pararam depois do episódio e se defendeu dizendo que sua própria família foi vítima de genocídio no passado.

“Não percebi que o fato de comentar um livro que critica a extrema-esquerda poderia ser interpretado como uma aprovação, da minha parte, da extrema-direita. Isso não podia ser mais falso. 13 membros da minha família foram assassinados nos campos de concentração do Holocausto. Ao contrário dos seus primos, tias e tios, a minha avó sobreviveu e éramos muito próximos. A minha família conhece os perigos do fascismo demasiado bem. Me chamarem de fascista foi além de ridículo,” classificou Winston, que ainda disse que seu grupo não o demitiu.

O único jeito de seguir adiante é deixando a banda. Eu espero que com esse distanciamento eu possa falar o que penso sem sofrer as consequências. Eu saio com amor em meu coração e eu desejo àqueles três garotos nada além do melhor.

Convenceu?