Dar visibilidade para artistas indígenas através da produção independente: esse é o mote do selo Azuruhu.
Já contando com músicas de Kaê Guajajara e Kandu Puri já nos canais de streaming, o selo também possui em seu catálogo o neo soul de Brisa Flow, a música indígena contemporânea de Ian Wapichana e o rap de Mirindju.
A ideia é criar autonomia para os artistas e fomentar a arte indígena contemporânea. Dessa forma, a iniciativa valoriza a construção coletiva indígena na música, literatura e audiovisual. É nesse contexto que surge o nome Azuruhu, referente a um papagaio grande que canta alto e voa em bando.
Kaê, cantora que encabeça o projeto, explica que eles usam a arte como flechas contra narrativas coloniais. “Nos unimos, pois sabemos que na coletividade está a maior força, onde conseguimos alcançar cada vez mais novos espaços”, completa.
Artistas do selo Azuruhu
No início de maio, Kandu Puri fez sua estreia com ep KRIM. No idioma puri, Krim é sangue e, nesse primeiro EP, Kandu fala das dores de seu povo e espera gerar conscientização nas pessoas que o escutam.
Tanto Kandu quanto Kaê denunciam através da música o racismo que sofrem. No single “Por Dentro da Terra“, a cantora traz com sonoridade de world music questionamentos sobre a discriminação sofrida pelos povos originários. A faixa faz parte do seu primeiro álbum visual Kwarahy Tazyr, com lançamento marcado para Julho.
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