Parece que houve um certo período em que o The Smiths era bastante preocupado com a fama.
Em entrevista a Simon Armitage para a nova série da BBC Radio The Poet Laureate Has Gone to His Shed, Johnny Marr, fundador do popular grupo nos anos 1980 junto com Morrissey, revelou que eles tinham um “ponto cego” quando o assunto era a mídia e notoriedade.
O guitarrista do The Smiths, que encerrou a carreira precocemente em 1987, disse que o grupo era obcecado pela atenção da imprensa — em especial um certo membro, que ele não cita o nome — e acredita que hoje faria tudo de forma diferente:
Eu estava em uma banda que dava muita muita importância à ‘imprensa musical’, e agora que estou mais velho, eu penso que a gente poderia ter ficado com menos disso.
Eu não diria que foi a causa da nossa queda, mas foi um ponto cego do The Smiths, estar tão preocupado com a mídia e a notoriedade — particularmente um certo membro do grupo. Eu acho que a gente poderia ter reduzido isso um pouco e assim teria nos ajudado.
A gente faz ideia de quem seja o tal membro, né?
Cena musical de Manchester
Na mesma entrevista, o músico também falou sobre a cena musical da cidade de Manchester e por que ela continuou tão produtiva, com destaque para bandas como The Stone Roses e Oasis:
Eu acho que muito disso tem a ver com o entretenimento da classe trabalhadora e com o legado e história dela.
Então, no meu caso, e digamos também no caso dos Gallaghers — Noel em particular e, digamos, Mani [Gary Mounfield] dos Roses — nós viemos de famílias de imigrantes, todo o The Smiths, na verdade. […] Está no DNA do povo trabalhador, não é apenas escapismo, eu acho que tem bastante a ver com a comunidade.
Vale lembrar que Marr recentemente admitiu a possibilidade de se reunir com o Modest Mouse, banda da qual fez parte entre 2006 e 2008 e onde viveu “o melhor momento de sua vida”. O grupo lançou há pouco o ótimo disco The Golden Casket.
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