Os 10 maiores nomes da história do Pop Punk

Sendo "revivido" nos últimos anos, o Pop Punk está por aí desde os anos 90 quebrando fronteiras. Relembre (ou conheça) os 10 maiores nomes do movimento!

Os 10 maiores nomes do Pop Punk

Por Felipe Ernani e Tony Aiex

Sendo “revivido” nos últimos anos, o Pop Punk está por aí desde os anos 90 quebrando barreiras.

O movimento ganhou força por sua capacidade de inserir um gênero tão crítico como o Punk — tanto por meio de suas atitudes polêmicas quanto através de letras questionadoras e fortes, muitas vezes usando palavrões ou falando de temas “proibidos” — no mainstream, conseguindo isso ao fazer uso de uma pegada mais radiofônica.

Sua sonoridade grandiosa é uma receita certa para os grandes estádios, sempre perfeita para ser cantada em grandes coros. E é justamente isso que vem sendo repetido, com artistas como Machine Gun Kelly e YUNGBLUD capitaneando essa nova onda, que já parece ter atraído nomes como WILLOW Olivia Rodrigo, verdadeiros fenômenos do Pop que abraçam a guitarra e a estética rebelde, além do brasileiro Sebastianismos.

Você pode saber mais sobre esse revival em um especial que fizemos por aqui. Mas, se você não é lá muito familiar com a história do Pop Punk, chegou a hora de conhecer as bandas que representam esse movimento há anos e anos.

Vale lembrar que não selecionamos os melhores artistas, mas sim os que mais tiveram sucesso e influência devido a essa popularidade!

Green Day

Billie Joe Armstrong, do Green Day, em 2010
Foto de Billie Joe via Shutterstock

Green Day é muitas vezes considerado o “pai” do Pop Punk. Não há dúvidas de que a banda possui suas raízes no Punk mais tradicional, mas a capacidade de Billie Joe Armstrong e companhia de criar refrães altamente grudentos gerou hits como “Basket Case”, “Longview” e “Welcome to Paradise” que, lá no meio dos anos 90, já abriam as portas para todo um movimento que tomaria conta das rádios nos anos seguintes.

Naturalmente, o Green Day seguiu por várias direções durante sua trajetória. Há momentos em que o grupo abraçou o Rock mais tradicional, por exemplo, mas o Pop Punk também está presente em alguns dos seus maiores hits dos anos 2000, como “American Idiot”.

blink-182

blink-182 (Mark Hoppus, Travis Barker e Tom DeLonge) em Enema of the State
Foto: Reprodução/Instagram

Sem dúvidas, o blink-182 se tornou um sinônimo de Pop Punk. Fenômeno de sucesso nos anos 2000, o trio juntou hit após hit com canções como “All the Small Things” e “What’s My Age Again?”, que de fato transformaram o movimento em uma febre mundial. Não era à toa: com sua atitude irreverente e sua estética rebelde e desleixada, a banda era tudo que o gênero representava.

Hoje em dia, o blink segue firme e, apesar de ter ido em uma direção mais Pop no seu último álbum NINE (2019), ainda tem a forte presença de algumas das suas raízes. Mais importante do que isso, talvez, o baterista Travis Barker tem sido figurinha carimbada em praticamente todos os lançamentos desse revival do movimento, atuando tanto como músico quanto como produtor.

Fall Out Boy

Fall Out Boy

Depois de Green Day e blink-182, a cena Pop Punk teve que tomar um certo cuidado para não cair na mesmice. Ainda que diversos “clones” tenham surgido por aí, quem se destacou foi o Fall Out Boy, que ofereceu uma nova perspectiva ao gênero ao incorporar fortes influências do Emo.

Com seu disco From Under the Cork Tree (2005), o grupo dominou as rádios ao som de canções como “Sugar, We’re Goin Down” e “Dance, Dance”, e seguiu fortalecendo sua presença em anos seguintes ao entregar mais hits como “Thnks fr th Mmrs”. Ao longo dos anos, no entanto, o FOB foi se distanciando um pouco do gênero e seu último disco, MANIA (2018), vem muito mais próximo do Pop e mostra que os caras buscam continuar se renovando sempre.

Paramore

Paramore

Como diversos outros subgêneros do Rock e do Punk, o Pop Punk das antigas foi muito dominado pelos homens. Hoje, felizmente, a diversidade é um pouco maior — como falamos acima, com exemplos como WILLOW e Olivia Rodrigo — mas, na época em que o gênero teve seu auge, Hayley Williams foi a pioneira em representar as mulheres nesse “clube” com o Paramore.

A banda trouxe verdadeiros hinos ao mundo, como a polêmica “Misery Business” ou a icônica “Decode”, parte da trilha sonora de Crepúsculo. Outros hits incluem “That’s What You Get”, “Ignorance”, “Brick by Boring Brick” e muito mais. O grande diferencial era a pegada que lembrava o Rock alternativo, algo que tentou ser copiado por vários outros grupos, como o Hey Monday, mas nunca com a mesma maestria de Hayley e companhia.

Ainda ativo, o Paramore tem explorado direções diferentes há alguns anos e soa como um dos grupos mais maduros de toda essa geração, sempre trazendo elementos novos e espetaculares em suas novas canções. Além disso, Hayley também tem sua carreira solo que vai muito bem e apresenta um lado super diferente de sua música.

Good Charlotte

Good Charlotte

Além do Pop Punk, um gênero que disparou nos anos 90 e 2000 foi o Nu Metal. Não dá pra dizer que o Good Charlotte tinha lá muita influência de Metal, mas o que dá, sim, pra dizer é que os caras adotavam uma estética parecida em suas roupas e estilos, o que os ajudou a ganhar relevância no período.

Em questão de sonoridade, o Good Charlotte estourou porque sabia fazer muito bem o que precisava ser feito na época: desde refrães fortes a riffs poderosos que faziam todo mundo dançar, o grupo entregou um verdadeiro hinário em 2002 com The Young and the Hopeless, disco que abriga os hits “The Anthem”, “Lifestyles of the Rich & Famous” e “Girls & Boys”. Desde então, é um dos que mais perdeu relevância — mas ainda marca presença em qualquer sessão de nostalgia!

All Time Low

All Time Low confirma shows no Brasil em Setembro

Chegando no final da década de 2000, depois de Fall Out Boy e companhia, pra onde o Pop Punk iria? Bom, o All Time Low foi a próxima sensação. Embalado pelo hit “Dear Maria, Count Me In”, a banda adotou uma estética que lembra os “coloridos” aqui do Brasil e abraçou mais do que nunca os elementos do Pop Rock.

É curioso que esse simples fato foi suficiente para que eles acabassem tendo seu trabalho diminuído pelos mais preconceituosos, ainda que as guitarras de suas canções sejam algumas das mais presentes (e mais distorcidas!) do movimento. Mas o grupo se tornou notável por ter alguns dos fãs mais apaixonados da cena, que os acompanham até hoje; aliás, as canções mais recentes evidenciam o talento dos músicos de fazer ótimos refrães e juntar o peso dos instrumentos com outros gêneros.

Descendents

Descendents
Foto via Epitaph Records

Ok, ok, a gente sabe que o Descendents não é exatamente Pop Punk, calma! A razão da presença do grupo aqui é bem simples: tudo tem que começar em algum lugar. Se o Green Day foi o “pai” do gênero, dá pra dizer que os Descendents foram, de certa forma, os “avós”.

Canções como “Suburban Home”, “Hope” e outras do icônico Milo Goes to College (1982) soam como protótipos do que viria a ser o Pop Punk. Mais “digeríveis”, por assim dizer, elas abriram caminho para uma vertente do Punk que poderia tocar nas rádios e conquistar os ouvidos que não estavam prontos para o peso da versão tradicional do gênero. Faz sentido, né?

The Offspring

The Offspring

O começo do The Offspring não tinha lá muito de Pop e vinha recheado de Punk. Com o tempo, no entanto, o grupo foi encontrando o caminho para chegar às rádios e já em Smash (1994) conseguiu entregar hits como “Self Esteem” que, com uma pegada um pouco diferente do Green Day, serviram como uma espécie de “planta” para o gênero.

O sucesso de vez veio com Americana (1998), onde a banda realmente acertou em cheio na fórmula. “Staring at the Sun”, “Pretty Fly (For a White Guy)”, “The Kids Aren’t Alright” e “Why Don’t You Get a Job” são só alguns dos enormes sucessos do Offspring, acumulando quase um bilhão de reproduções só entre si — e isso em números do Spotify, que surgiu anos e anos depois.

Sum 41

Sum 41 disponibiliza música de seu novo trabalho.

De maneira semelhante ao Good Charlotte, o Sum 41 unia de certa forma as duas grandes estéticas da época — o Pop Punk e o Nu Metal. Mas no caso do Sum 41, o resultado era realmente mais próximo dessa junção: com fortes raízes no Metal, o grupo também aproveitava o sucesso do Rap e o incluía em algumas de suas canções mais famosas, como “Fat Lip”.

Aliás, o disco All Killer, No Filler é um dos grandes clássicos do gênero justamente pela presença dessa música e do outro mega hit “In Too Deep”. Mas o Sum 41 se manteve relevante por um bom tempo, conseguindo sucessos como “Still Waiting” e “Pieces” em anos subsequentes; hoje em dia, fica mais por conta daqueles que os acompanham há anos ou buscam a nostalgia, mas segue fazendo o som que o consagrou.

New Found Glory

Assita ao New Found Glory tocando no Daily Habit

Fundada em 1997 na Flórida, a banda New Found Glory misturou influências do Hardcore mais pesado com as mais belas melodias do Pop Punk.

Como consequência, acabou criando canções com uma assinatura bastante própria, misturando grandes riffs de guitarra e distorções com vocais mais acessíveis e prontos para as rádios.

Em sua lista de hits estão canções como “My Friends Over You”, “All Downhill From Here” e “Hit Or Miss”.

Além das músicas próprias, a banda também é fã de covers de verdadeiros clássicos e já lançou três edições da série From The Screen To Your Stereo, onde regrava canções que ficaram famosas em filmes.

A segunda edição, por exemplo, abre com uma versão incrível de “Kiss Me”, da banda Sixpence None The Richer, parte da trilha sonora do filme Ela é Demais (1999).