Linn da Quebrada lançou nas plataformas digitais seu aguardado novo disco, Trava Línguas, que chega através da Natura Musical.
O álbum apresenta 11 faixas que passam pelo desejo da artista por se descobrir, revelar todas as suas camadas e explorar diferentes possibilidades de fuga para depois se reencontrar consigo mesma.
A produção musical é assinada por Linn junto com a produtora e DJ BADSISTA e a percussionista Dominique Vieira. O trabalho de estúdio traz ainda duas participações especiais: Luiza Nascim, em “dispara”, e Ventura Profana, em “eu matei o júnior”.
“Com Trava Línguas proponho uma conversa franca com o mercado: quem eu soul nesse sistema? Os algoritmos, os rótulos, os gêneros… Onde é que vocês vão me colocar agora? Onde eu vou me colocar agora? Trava Línguas é minha tentativa de subverter os cálculos desse jogo com base na ancestralidade,” explica a cantora.
“Pois, se tudo que existe hoje em dia foi imaginado primeiramente em algum momento passado, então que este disco evoque a ‘plantação cognitiva’ de que nos fala Jota Mombaça: com Trava Línguas eu desejo o plantio de novos mecanismos. Mecanismos de mercado, de narrativas, de consumo. Mecanismos mais saudáveis e sobre os quais espero colher cada vez mais, no futuro e no coletivo,” completa Linn.
Parceria com BADSISTA já tem anos
BADSISTA afirma que, sonoramente, Trava Línguas reforça a ideia conceitual da parceria com a artista e lembra do disco de estreia de Linn da Quebrada, Pajubá, lançado de modo independente em 2018.
“Naquela época estávamos descobrindo muitas coisas, e estávamos revoltadas com tantas outras… Era grande a vontade de gritar, causar impacto. As letras da Linn vinham carregadas do texto que ela queria falar, sobre vivências passadas. E eu, como sempre, queria criar tendência, ser ‘descoladona’ no meu jeito de produzir,” começa a produtora.
“Acho que agora temos o pé mais fincado no chão, a ponto de encarar essa mudança estética. Encarando outros momentos da vida, ficando mais velhas, acho que condiz com essa vontade do agora de fazer algo que nossas mães gostem também,” finaliza BADSISTA.