Nem parece, mas já passamos da metade do ano e o mês de Julho chegou com tudo no quesito musical.
Apesar de um leve atraso, a nossa lista mensal de lançamentos de discos nacionais e internacionais que já virou tradição aqui no TMDQA! está no ar trazendo 30 álbuns sensacionais para embalar seus próximos dias!
A nossa seleção está recheada de ótimos nomes e lançamentos. Entre os lançamentos de maior destaque estão as aguardadas novidades de Billie Eilish e John Mayer, mas o mês veio forte com trabalhos de nomes como Chet Faker, Inhaler e Leon Bridges, além de obras póstumas de Prince e Pop Smoke.
Por fim, impossível não destacar a ótima safra de discos nacionais, que compõe alguns dos melhores álbuns do mês com nomes como DAY, Detonautas e Tuyo.
Divirta-se e aproveite também para começar a acompanhar o Podcast Tenho Mais Discos Que Amigos!. Por lá, toda sexta-feira, falamos sobre os assuntos mais comentados da semana e os principais lançamentos do dia!
Ah, e na playlist TMDQA! Hits, disponível abaixo, você acompanha a inclusão de novos sons diariamente!
Against the Current – fever
Mais conhecida por sua participação na música “Legends Never Die”, trilha sonora do jogo League of Legends, a banda Against the Current é bastante subestimada com seu potente Rock alternativo que parece pronto para energizar estádios. Ele vem muito bem capturado em fever, terceiro disco de estúdio do trio.
Billie Eilish – Happier Than Ever
Um dos lançamentos mais aguardados do ano, Happier Than Ever cumpriu tudo que prometeu. Sucessor da aclamada estreia de Billie Eilish, o trabalho mostra novos lados da jovem cantora, que se renova e mostra intimidade — tanto no sentido de se entender cada vez melhor enquanto artista quanto no sentido de abrir o jogo sobre alguns de seus sentimentos mais profundos e, aparentemente, internalizados por algum tempo.
Bleachers – Take the Sadness Out of Saturday Night
Mais conhecido por ser um dos vários projetos do aclamado produtor Jack Antonoff, o Bleachers não lançava um disco desde 2017, quando divulgou Gone Now e um Acústico MTV. Agora, o músico volta com tudo em Take the Sadness Out of Saturday Night, que vai da sonoridade Indie dançante influenciada pelo Rock oitentista em faixas como “Stop Making This Hurt” até uma pegada mais emotiva em “Secret Life”, parceria com Lana Del Rey.
Chet Faker – Hotel Surrender
De surpresa, o músico australiano Nick Murphy reviveu o pseudônimo de Chet Faker para o disco Hotel Surrender. E não poderia ser diferente: qualquer pessoa que já tenha ouvido algum trabalho anterior de Faker certamente vai perceber a sua sonoridade clássica logo de cara em faixas como “Get High” e “Low”, que mais uma vez mostram a capacidade de Murphy em unir influências de Jazz, R&B e muito mais em uma única música.
Chunk! No, Captain Chunk! – Gone Are the Good Days
Em meio ao revival de Pop Punk e Metalcore que vem acontecendo há algum tempo, é difícil não esquecermos das bandas que já estão nessa onda há anos. Que isso não seja feito com o Chunk! No, Captain Chunk!, que vai te divertir — e muito — com o novo disco Gone Are the Good Days, uma ótima pedida para quem quer aquele som marcante dos anos 2010 que une melodias, gritos e guitarras pesadas e fortes.
Clairo – Sling
Dona de uma das melhores vozes dessa nova geração, Clairo coloca tudo pra jogo em seu novo disco Sling. Intimista e delicado, o trabalho com produção de Jack Antonoff tem parcerias com Lorde, como na faixa “Blouse”, e definitivamente serve como a trilha sonora perfeita para aquecer o coração em um dia frio.
Dave – We’re All Alone in This Together
Não é à toa que o Rap britânico tem ganhado cada vez mais espaço no mundo, e o novo disco de Dave é uma prova de que há muito mais por vir. Com direito a uma parceria icônica com Stormzy em “Clash”, We’re All Alone in This Together tem tudo para ser o grande trabalho do gênero em 2021 com suas batidas poderosas e o flow único do artista.
DAY – Bem-Vindo ao Clube
Quem disse que o Pop Punk só vive lá fora? A brasileira DAY trouxe seu toque único ao gênero no aguardado álbum Bem-Vindo ao Clube, que une essas influências com uma pegada nacional e ainda adiciona elementos do Pop mais tradicional, resultando em algo que você realmente só vai entender quando entrar no “Clube dos Sonhos Frustrados”. Tem até participação de Lucas Silveira, da Fresno!
Descendents – 9th & Walnut
Quem é rei não perde a majestade, né? Não há muito o que dizer sobre o novo disco dos Descendents: o trabalho, chamado 9th & Walnut, entrega exatamente o que esperamos da lendária banda Punk. Canções rápidas, simples e poderosas permeiam a obra toda, que pode facilmente entrar em qualquer lista de clássicos do grupo.
Detonautas – Álbum Laranja
Recheado de protestos, o novo Álbum Laranja dos Detonautas é um disco extremamente necessário em 2021. Além de singles que já tinham viralizado como “Roqueiro Reaça” e “Micheque”, a obra conta com canções que trabalham problemas como racismo, homofobia e, claro, política.
ILLENIUM – Fallen Embers
O tal ressurgimento do Pop Punk proporcionou uma nova vertente bem legal, que não costumava existir lá atrás, e é exatamente o que ILLENIUM explora no novo disco Fallen Embers. Para além das guitarras e melodias vocais emblemáticas do gênero, o cara insere batidas eletrônicas e até os famosos drops, resultando em hits como “Blame Myself”, com a ótima Tori Kelly, e “First Time”, que conta com iann dior.
Impavid Colossus – Prologue
Essa é pra quem reclama do Rock nacional! Usando e abusando de riffs pesados e velozes, o Impavid Colossus entrega um dos melhores trabalhos do gênero no país com o excelente Prologue. Faixas como “Home of the Brave” e “Claim Your Existence” são pedidas absolutamente necessárias para qualquer pessoa que queira renovar sua playlist pesada em 2021.
Inhaler – It Won’t Always Be Like This
Está com saudades das festinhas alternativas dos anos 2010? Se a resposta for sim, você precisa urgentemente ouvir o disco do Inhaler. Depois de muita espera e de muito tempo sendo conhecida como “a banda do filho de Bono“, vocalista do U2, o grupo entregou um trabalho excelente em It Won’t Always Be Like This e encontrou sua identidade própria em uma renovação daquela mistura gostosa de Pop Punk e New Wave que conquistou as baladas da década passada.
Isaiah Rashad – The House Is Burning
Demorou para Isaiah Rashad se recuperar do sucesso de The Sun’s Tirade, disco de 2016, mas The House Is Burning chega como o sucessor perfeito. Apresentando uma capacidade sensacional de transitar entre subgêneros, Rashad vai do chill em “Headshots” e “RIP Young” até o Trap (por falta de termo melhor) em “From the Garden”, parceria com Lil Uzi Vert.
John Mayer – Sob Rock
Outro dos discos mais aguardados de 2021 era Sob Rock, de John Mayer, e ele também cumpriu tudo que prometia. A obra vem claramente inspirada na estética oitentista, em especial no Power Pop/Rock que dominou as rádios na época, e John conseguiu se espelhar nesse estilo sem soar como uma cópia barata de tudo e mantendo sua pegada tradicional. Uma viagem no tempo até para quem não viveu aqueles anos!
jxdn – Tell Me About Tomorrow
Cabe mais Pop Punk aqui, sim! Já estabelecido na cena mundial há algum tempo, jxdn resolveu abraçar essa nova estética que vem dominando as paradas e contou até com a ajuda de Machine Gun Kelly, um dos principais expoentes desse revival, no single de sucesso “WANNA BE”. Em outras faixas como “ANGELS & DEMONS”, o cara deixa transparecer um pouco mais o tal Emo Rap que o consagrou.
KSI – All Over the Place
Muito conhecido por seu trabalho no YouTube, o rapper britânico KSI despontou de vez na carreira musical com a chegada de All Over the Place. O trabalho carrega grandes hits como “Holiday” e participações com nomes gigantescos do gênero, como Future e 21 Savage em “Number 2” e Lil Durk em “No Time”. Ótima pedida para quem curte o Rap mais radiofônico!
Leon Bridges – Gold-Diggers Sound
Grande representante de um movimento de reimaginação do Blues e da música tradicional negra, Leon Bridges está de volta com mais um trabalho espetacular. O ótimo Gold-Diggers Sound é daqueles discos que vai, ao mesmo tempo, te emocionar e te fazer dançar enquanto Leon te encanta com sua poderosa voz e, também simultaneamente, te tranquiliza com seu jeito calmo de cantar.
Linn da Quebrada – Trava Línguas
A tentativa de Linn da Quebrada de fazer um som mais acessível às massas foi extremamente bem-sucedida em Trava Línguas. Absorvendo mais elementos Pop e deixando suas canções mais palatáveis, Linn vai caminhando em direção a se tornar uma das artistas mais importantes da música brasileira — se é que já não é — por suas fortes mensagens em meio a instrumentais ricos e diversos.
Luísa Sonza – DOCE 22
Sem medo de expor seus segredos, Luísa Sonza se entrega completamente em forma de desabafo e também exalta suas próprias conquistas no aclamado DOCE 22. Não é à toa que o disco bateu recordes de estreia no Brasil, emplacando hit atrás de hit — como era de se esperar, já que toda essa conversa é feita por meio de melodias belíssimas e muito bem trabalhadas.
The Maine – XOXO: From Love & Anxiety in Real Time
Um respiro de paz em alegria em meio ao caos. Essa é a melhor forma de definir o novo XOXO: From Love & Anxiety in Real Time, novo disco do The Maine que resgata sem medo a sonoridade Pop Punk do grupo em seus primeiros anos e a une com a pegada mais Pop Rock de trabalhos recentes. O resultado é um álbum que soa antêmico, pronto para ser ouvido com um sorriso no rosto cercado de pessoas (quando a pandemia permitir, é claro).
Marisa Monte – Portas
Verdadeira lenda da música brasileira, Marisa Monte provou que ainda está afiadíssima com o lançamento de Portas. O belíssimo álbum evidencia mais uma vez Marisa como uma das maiores cantoras do nosso país e, talvez ainda mais felizmente, mostra que ela tem muito a oferecer daqui pra frente se assim quiser.
Pop Smoke – Faith
O segundo disco póstumo de Pop Smoke apostou em diversas participações especiais e acertou em cheio. Desde uma improvável parceria com Dua Lipa no hit “Demeanor” até a participação de outros nomes mais próximos como Kanye West, Pusha T, Bizzy Banks e Swae Lee, Faith é mais um lembrete de quão triste é o falecimento precoce de um dos rappers mais promissores da sua geração.
Prince – Welcome 2 America
Falando em discos póstumos, impossível não citar o icônico Welcome 2 America, de Prince. O trabalho foi gravado lá em 2010 pelo músico e teve até turnê, mas nunca havia sido lançado oficialmente até este ano. Ele finalmente chegou e, infelizmente, está mais atual do que nunca ao expor os problemas mais estruturais dos EUA de forma direta, com alguns respiros no meio do caminho que remetem ao trabalho mais leve de Prince.
Snoh Aalegra – TEMPORARY HIGHS IN THE VIOLET SKIES
Dona de uma voz pra lá de sensacional, Snoh Aalegra vem atraindo olhares há muito tempo e isso só vai aumentar depois de TEMPORARY HIGHS IN THE VIOLET SKIES. Não é à toa que ela convence o ótimo Tyler, the Creator a participar não só em uma como em duas de suas canções, que exploram o som do R&B modernizado e a soma com as batidas mais próximas do Rap.
Tuyo – Chegamos Sozinhos em Casa, Vol. 2
Tudo que é bom vale repetir, não é mesmo? A gente já te falou sobre como Chegamos Sozinhos em Casa, Vol. 01 é um dos grandes discos nacionais de 2021 e a segunda parte do trabalho da Tuyo complementa muito bem a primeira. Novamente trazendo boas parcerias, dessa vez com nomes como Lenine e Jonathan Ferr, o álbum volta a apresentar a sonoridade totalmente única da banda paranaense, que transita entre batidas eletrônicas e sons orgânicos como pouquíssimos no mundo.
Vince Staples – Vince Staples
O Rap veio muito forte esse mês e Vince Staples finalmente apresentou seu aguardado novo disco. A receita foi a mesma de sempre: batidas fortes que servem como uma cama para o rapper mostrar todo o seu talento nos versos. O sucesso também foi o mesmo, com canções como “ARE YOU WITH THAT?” e “LAW OF AVERAGES” já entrando logo de cara para uma seleção de clássicos do artista.
The Wallflowers – Exit Wounds
Você deve conhecer o The Wallflowers mais pelo hit “One Headlight”, mas o catálogo da banda é bastante interessante e, depois de quase 10 anos do lançamento do último disco de estúdio Glad All Over (2012), a banda comandada por Jakob Dylan — sim, filho do lendário Bob Dylan — volta em grande estilo com seu Rock de raiz.
Wavves – Hideaway
Belo nome do Rock alternativo há algum tempo, o Wavves volta com Hideaway quatro anos depois de seu antecessor, You’re Welcome (2017) e repete a pegada de sucesso. Uma sonoridade quase Punk, que também abraça influências da Surf Music, comanda o disco que é pedida certa para quem curte bandas como Sonic Youth e Dinosaur Jr..
WILLOW – lately I feel EVERYTHING
Forte candidato a disco do ano, lately I feel EVERYTHING é o reencontro de WILLOW consigo mesmo e com o legado de sua mãe, Jada Pinkett Smith, que comandou a banda de Metal Wicked Wisdom nos anos 2000. Filha de Jada com Will Smith, a jovem cantora abraça a influência do Rock e explora novas direções, sem cair no clichê do revival Pop Punk atual e adicionando uma série de elementos experimentais nas músicas do trabalho que tem participações de ícones como Avril Lavigne e Travis Barker.