A alegria pelo retorno de shows e festivais nos EUA parece ter durado pouco e artistas como Limp Bizkit, Lynyrd Skynyrd e The Rolling Stones já fazem parte de uma lista que vai sendo obrigada — ou se obrigando — a cancelar eventos para não causar consequências desastrosas no país.
A banda de Nu Metal foi a mais emblemática nesse movimento, em especial pela iniciativa de cancelamento ter partido deles próprios. Logo após a confirmação de um caso de COVID entre a equipe do Bizkit, um comunicado foi emitido avisando que, “por uma abundância de cuidado”, os shows remanescentes para o mês de Agosto estavam cancelados.
Algum tempo depois, o vocalista Fred Durst foi ao Instagram para esclarecer algumas coisas, inclusive que não foi o guitarrista Wes Borland que contraiu a doença. Ele também falou que o “sistema tem sérias falhas”, dando a entender que não está de acordo com a forma como a retomada vem sendo feita.
Outro evento que segue nessa linha é o New Orleans Jazz & Heritage Festival, um festival importantíssimo que celebra a tradição da cidade. Nomes como os Rolling Stones e Foo Fighters estavam entre os escalados, mas a edição 2021 não vai acontecer e as datas já foram remarcadas para 2022.
Músicos testam positivo em meio a turnês
Outro fator que tem aumentado a preocupação dos músicos é justamente ver alguns colegas de profissão contraindo a doença em meio a turnês. O vocalista Sebastian Bach (ex-Skid Row) foi um deles, e já comentou que está bem graças à vacinação completa à qual se submeteu.
O lendário Lynyrd Skynyrd também cancelou participações em eventos após dois testes positivos entre seus membros. O guitarrista fundador Gary Rossington até chegou a ser substituído por Damon Johnson (ex-Thin Lizzy), mas após o diagnóstico de Rickey Medlocke a banda cancelou quatro shows.
Da mesma forma, o Fall Out Boy esteve fora de algumas datas da turnê Hella Mega, que conta com Green Day e Weezer, depois de testes positivos dentro da organização da banda.
Futuro dos shows
Acontece que, pelo menos nesses exemplos citados acima, a decisão não parece ser definitiva. Com exceção do Limp Bizkit, que não tem mais datas no futuro próximo, todos os outros grupos ainda têm compromissos e os cancelamentos/adiamentos são referentes apenas a shows nos próximos dias — o que certamente ameniza o problema, mas não o resolve.
Ainda assim, esses são apenas os primeiros sinais de que o retorno pleno ao funcionamento é, infelizmente, insustentável enquanto os níveis de vacinação não atingirem os valores ideais.
Vale lembrar que a nova onda de casos nos EUA vem sendo chamada de “pandemia dos não-vacinados”, já que este grupo compõe pelo menos 97% das hospitalizações no país. Por outro lado, o aumento exponencial de testes positivos pode levar a casos graves até mesmo entre os vacinados, além da possibilidade de surgimento de uma nova variante.
Aqui no Brasil, com as campanhas de imunização atingindo cada vez mais pessoas, é urgente que possamos conscientizar as pessoas ao máximo sobre a necessidade de esperar a vacinação completa (em duas doses, quando necessário) da grande maioria da população até que a tal “vida normal” seja retomada.
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