Mesmo sabendo que os Estados Unidos estão preocupados com a alta dos casos de COVID-19 por conta da nova variante Delta, principalmente naqueles que ainda não se vacinaram, o número de pessoas imunizadas presentes na recente edição do Lollapalooza em Chicago surpreendeu.
O festival, que foi considerado um dos maiores eventos de música ao vivo desde o início da pandemia, vem sendo monitorado para entender seu efeito nos casos de coronavírus do local.
Como te contamos ontem por aqui, a Dra. Allison Arwady, do Departamento de Saúde Pública de Chicago, informou nesta quinta-feira (12) que, depois de duas semanas do primeiro dia do evento, “não há evidências” de que o Lolla tenha sido um “super propagador” da doença.
Vale lembrar que o festival exigiu que os participantes mostrassem seus comprovantes de vacinação ou um teste negativo para COVID-19 feito pelo menos 72h antes do evento antes de serem liberados na entrada.
Pessoas vacinadas no Lollapalooza
De acordo com a Billboard (via CoS), os organizadores do Lolla relataram na semana passada que 90% dos cerca de 385 mil participantes – sem incluir as equipes e os artistas – estavam vacinados.
Do total do público, Arwady declarou que até esta quinta-feira 203 pessoas que compareceram ao Lollapalooza foram diagnosticadas com COVID-19 após o evento.
Mesmo que ainda não tenham se passado 14 dias desde o último dia do festival, algumas autoridades de saúde acreditam que já se pode determinar o efeito final do evento nos números de casos da COVID-19. O Dr. Mark Dworkin, Diretor Associado de Epidemiologia da Universidade de Illinois em Chicago, disse ao CoS:
Esperamos que a maioria dos casos tenha começado na primeira semana após o festival, com alguns casos possivelmente durante a segunda semana depois [dele].
Diferente da maior parte do público do Lollapalooza Chicago que comprovou estar vacinada, muitas pessoas ainda estão indecisas sobre as doses.
Isso tem refletido em novas determinações como a recente regra de Nova York que irá exigir vacina da COVID-19 em ambientes fechados e a decisão da Netflix de obrigar todos os seus funcionários dos Estados Unidos a se vacinarem contra o coronavírus. Saiba mais aqui.