Seis dias de caos: assim pode ser definida uma rave ilegal que aconteceu na Itália por quase uma semana e terminou na quinta-feira (19).
De acordo com a polícia, a festa clandestina realizada às margens do Lago Mezzano, próximo da cidade de Valentano, foi encerrada com uma morte e teve até mesmo o nascimento de um bebê; as circunstâncias do parto não foram mencionadas. Também foram vistas pessoas perambulando desidratadas.
Autoridades locais acreditam que o evento tenha recebido cerca de 10 mil pessoas, embora oficialmente tenha sido informado um público de 2 mil presentes no local. Inclusive, o alto número de comparecimentos na rave preocupa o governo italiano, já que isto pode significar um surto de COVID por lá nos próximos dias.
Possíveis novos casos de COVID-19 preocupam
O diretor regional de Saúde, Alessio D’Amato, manifestou sua apreensão:
A situação está fora de controle, nenhuma negociação é possível, a ordem pública precisa ser restaurada, as pessoas identificadas e a responsabilidade para tal absurdo precisa ser designada.
A polícia interditou o local onde a festa foi realizada e informou que quatro pessoas foram parar no hospital por conta do abuso de álcool e outras drogas. Os policiais ainda afirmaram que a morte em questão ocorreu depois que um homem pulou no lago e se afogou.
O prefeito de Valentano, Stefano Bigotti, havia pedido ajuda do Ministério do Interior para acabar com a rave e disse (via MixMag):
A área foi liberada, não tem mais ninguém lá dentro. Eu só posso expressar satisfação.
Meio ambiente em pauta
Organizações ambientais também se manifestaram sobre o caso e o presidente regional da Fare Verde, Silvano Olmi, mostrou preocupação quanto aos “danos irreparáveis” na área:
As operações ocorreram com o máximo respeito às pessoas. Agora estamos trabalhando para remover o quanto antes o lixo deixado no terreno.
Segundo ele, também foram registradas duas denúncias de violência sexual durante o evento. No local, dois furgões com equipamentos de música foram confiscados, informou a polícia.
Que confusão, hein?
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