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TMDQA! Entrevista: The Maine fala sobre amor e ansiedade em seu novo disco

Com um instrumental feliz e letras que navegam por vários sentimentos, o The Maine fala sobre amor e ansiedade em seu novo disco. Veja entrevista exclusiva!

The Maine
Divulgação

Grande nome do Pop Punk, o The Maine está de volta com um novo disco que abraça mais do que nunca a “nova” identidade Pop Rock da banda.

XOXO: From Love and Anxiety in Real Time é o oitavo trabalho de estúdio do grupo, sucessor de You Are OK (2019) e um necessário respiro de alívio em meio ao caos que cerca o mundo todo. Nesse sentido, inclusive, a obra pode ser uma ótima escolha para aqueles que começaram a recuperar a esperança depois de se vacinar contra a COVID-19.

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Na intenção de entender um pouco mais sobre o que está por trás desse álbum — e de todos os outros —, conversamos com o baterista Pat Kirch por e-mail e você confere o papo na íntegra logo abaixo.

TMDQA! Entrevista Pat Kirch (The Maine)

TMDQA!: Oi, Pat! Que bom falar com você. Esse disco está bem interessante, principalmente por soar bem animado e é acho que eu estava procurando ultimamente. Como vocês conseguiram achar a energia pra isso em meio a tantas coisas negativas acontecendo no mundo?

Pat: Olá! Obrigado por tirar um tempo para falar conosco sobre o novo disco. Várias das ideias desse disco foram escritas antes de tudo mudar no mundo e nós tínhamos uma energia e empolgação das músicas que nos levou até o estúdio para gravá-las. A música foi quase uma escapatória, nós nos trancamos e ficamos simplesmente focados na música.

TMDQA!: Vocês têm uma maneira muito legal de transmitir diversos sentimentos através das músicas. Acho que “Sticky”, em especial, faz isso de um jeito especial quando usa referências de outros clássicos, como vocês falam ali de Sweet Caroline. Essas coisas vêm naturalmente pra vocês ou vocês ficam buscando essas referências?

Pat: Pelo que eu me lembro, essa parte veio bem cedo na composição e simplesmente ficou. Nós já referenciamos músicas outras vezes em nossas letras do passado, em canções como “Don’t Come Down”, e isso acabou sendo bastante parecido. É uma forma divertida de referenciar outras músicas na sua arte.

TMDQA!: Por mais que o disco seja animado, eu acho que as letras trazem, como eu disse, sentimentos bem diferentes. Como vocês encontram o equilíbrio entre a direção instrumental e lírica das músicas, como acontece por exemplo em “Lips” onde temos duas sonoridades opostas se encontrando?

Pat: Esse empurrar e puxar de uma cama musical alegre e um letra mais sombria ou o oposto é algo com o que sempre gostamos de brincar. Eu acho que adiciona uma camada extra de profundidade e quase faz com que você tenha que escutar a música uma segunda vez para pegar a mensagem completa.

TMDQA!: Ainda um pouco sobre isso, vocês acabaram ressignificando a “Sticky” em uma versão com o SHAED, que ficou soando bem legal e bem diferente. Como foi trabalhar com eles e como rolou esse novo arranjo?

Pat: A gente curtiu demais o resultado disso. A gente não trabalhou muito com outros artistas nas nossas músicas no passado, então estávamos realmente empolgados que eles queriam fazer isso conosco. Nós gravamos a versão no piano e sabíamos bem rapidamente que a voz dela soaria ótima nessa faixa.

TMDQA!: Adoro saber curiosidades de discos por aí. Tem alguma história engraçada ou coisa do tipo sobre as músicas desse novo álbum?

Pat: “Sticky” foi gravada meses antes do resto do álbum, o que é algo que a gente nunca fez antes como banda. Em geral, a gente só foca no álbum inteiro de uma vez só, mas assim que “Sticky” foi escrita a gente sabia que ela precisava ser gravada logo enquanto ainda estávamos com um alto nível de energia com relação a ela. Eu fiquei feliz que fizemos dessa forma.

TMDQA!: Está rolando meio que um revival do Pop Punk recentemente. Vocês provavelmente já viram isso, né? Dá uma tentação de ficar super nostálgico e “voltar no tempo” ou vocês estão sempre focados em continuar fazendo o som que vier na hora?

Pat: A gente só tenta fazer o nosso, nos esforçamos para fazer coisas novas. Eu acho legal que esse tipo de música está tendo um momento de destaque, mas não é uma preocupação nossa pensar em como nos encaixamos nisso. A gente só faz o The Maine, a melhor música que podemos independentemente de gênero ou do que é popular no momento.

TMDQA!: Já são 15 anos de banda e vocês estiveram no Brasil tantas vezes. Vocês têm uma memória preferida das suas visitas ao nosso país? Ou mais de uma, claro!

Pat: Tantas memórias incríveis, mas eu acho que quando filmamos o DVD Anthem for a Dying Breed em São Paulo foi uma noite especial que eu nunca vou esquecer. Tocar “Jenny” pela primeira vez também foi um momento especial para nós no Brasil!

TMDQA!: Por fim, sei que ainda estamos em meio a uma crise mas, no futuro, os fãs brasileiros já podem esperar vocês por aqui?

Pat: Sim! Quando puder acontecer nós 100% estaremos de volta e estaremos contando os dias até esse momento chegar. Obrigado a todos no Brasil por continuarem conosco e por acreditarem na nossa banda por tanto tempo.