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Baterista demitido do Offspring por recusar vacina defende ivermectina

Pete Parada, baterista recentemente demitido do Offspring, revelou que está fazendo uso da ivermectina após recomendação de seu médico.

The Offspring
Foto por Daveed Benito

Pete Parada, baterista demitido recentemente do Offspring por não ter se vacinado contra a COVID-19, chamou atenção com um posicionamento recente.

Como contamos por aqui, ao anunciar sua saída do grupo, Parada afirmou que não tomou a vacina por motivos médicos. Em seu post, apesar de não se dizer anti-vacina, ele chegou a defender a escolha daqueles que são.

Agora, Pete revelou em uma nova publicação que está fazendo uso da polêmica ivermectina. O medicamento, que faz parte do pacote de tratamento precoce recomendado por Jair Bolsonaro aqui no Brasil e rejeitado por diversos especialistas, serve originalmente para tratar infestações por parasitas.

Segundo o baterista, o uso foi recomendado por seu médico, já que ele realmente não vai tomar a vacina contra a COVID-19. Em seu post, sem qualquer fonte citada e com diversas informações que reforçam a provável posição anti-vacina do músico, Pete ainda relatou a dificuldade em encontrar o medicamento e o alto preço nos EUA:

Essa é a minha receita. Do meu médico. Não é remédio de cavalo. Ainda que haja um formato pra cavalo, que eu duvido que os seres humanos estariam tomando se o formato para humanos fosse mais acessível. Ainda que eu tenha tido que ligar para 10 farmacêuticos na minha comunidade; só um estava disposto a preencher essa receita — e foi ridiculamente caro, o que não deveria ser o caso com uma droga sem patente. Essas pílulas anti-parasíticas/anti-virais/anti-inflamatórias são vendidas abertamente na maioria dos lugares do mundo… Particularmente em países que não têm um acesso de primeiro mundo às vacinas.

Aqueles de nós que não podem ser/escolhem não receber a vacina — em geral tomam isso ou têm isso em mãos. Há na verdade equipes de médicos globais + cientistas que estão publicando/revisando/supervisionando estudos sobre o uso de vários remédios baratos, seguros, reapropriados. O trabalho deles é honrável, ele importa — porque novamente — a maioria do mundo não tem acesso substancial às vacinas ou novas drogas.

Olhem os dados da Índia (onde a variante delta começou) para evidências de que as conversas são um pouco mais complicadas/com nuances do que um meme pode capturar + ponderar a possibilidade de eficácia ao redor de alternativas às vacinas em lugares que não podem receber a oferta necessária. A Índia lidou com 436 mil mortes em uma população de 1,4 bilhão e eles têm 9,4% completamente vacinados. Os EUA têm uma contagem de mortes de 631 mil em uma população de 328 milhões e estamos 52,2% totalmente vacinados. Ainda que há múltiplas variáveis em jogo, vamos apenas por um momento apreciar a diferença aqui.

Eu tenho muitos amigos em turnês agora que não receberam a vacina e estão ao invés disso recebendo a ivermectina profilática. Eu também conheço muita gente em turnês que já recebeu as duas vacinas, mas pegou o vírus — e estão tratando com doses terapêuticas de ivermectina (em combinação com outros remédios, vitaminas + minerais). É infeliz que seja quase impossível encontrar: um médico disposto a prescrever, um farmacêutico disposto a cumprir + um preço que seja aceitável — para a ivermectina em formato para humanos. Essa falta de acesso faz com que as pessoas busquem alternativas menos do que seguras. Então se você realmente está preocupado com seres humanos recebendo drogas em formatos para animais — então defenda a acessibilidade da ivermectina em formato para humanos.

Essa droga está na lista da OMS de remédios essenciais. O bioquímico japonês Satoshi Omura ganhou um Prêmio Nobel por sua descoberta desse remédio fundamental que salvou milhões de vidas nos últimos 40 anos. Eu não sou médico — eu nunca iria te sugerir tomar/não tomar qualquer droga ou receber/não receber qualquer procedimento médico; isso seria irresponsável visto que eu não tenho qualificação e não conheço sua história médica pessoal. Eu simplesmente estou tentando adicionar algumas informações que faltam em uma discussão que está cada vez mais transformando em espantalho um medicamento que tem sido por décadas amplamente útil e salvador de vidas.

Vale ressaltar que, como Parada falou, a ivermectina realmente salvou muitas vidas nos últimos anos — quando usada para seus propósitos originais, não contra a COVID-19, uso que como falamos acima vem sendo rejeitado por especialistas.

Vale lembrar também que a alta taxa de mortalidade nos EUA pode estar justamente ligada à falta de responsabilidade e ao negacionismo de grande parte da população, uma vez que dados recentes mostram que, atualmente, uma gigantesca porção das mortes relacionadas à doença (quase 100%) tem sido entre cidadãos que escolheram não se vacinar.

Você pode ver a publicação do ex-Offspring na íntegra abaixo.

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Ex-Offspring defende ivermectina

 

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