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Imagine Dragons navega entre calmaria e peso no novo "Mercury - Act 1"; ouça agora

Sem abandonar o que faz de melhor, o Imagine Dragons se arrisca por outras vertentes da música em seu novo disco. Ouça "Mercury - Act 1" e veja resenha!

Imagine Dragons - "Mercury - Act 1"

Quem acompanha o Imagine Dragons desde seu início deve ter percebido como a banda se tornou, desde seu surgimento até hoje, um dos fenômenos mais improváveis da indústria musical.

Lá na sua estreia, com o mega sucesso “Radioactive”, o grupo liderado por Dan Reynolds já apresentava uma sonoridade diferente do convencional e uma vontade de experimentar com a fusão de elementos Pop e Rock. Isso vem acontecendo a cada disco desde então e não é diferente com o recém-chegado Mercury – Act 1, que acaba de ser disponibilizado nas plataformas.

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Precedido pelos singles “Follow You”, “Cutthroat” e “Wrecked”, o trabalho já abre com uma  grata surpresa aos fãs em “My Life”. Com uma pegada que remete ao Coldplay mas traz, ao mesmo tempo, alguns detalhes mais experimentais como a escolha de progressão de acordes que abre a música, a faixa serve tanto como um dos destaques ao lado de “Wrecked” como, ao mesmo tempo, uma introdução épica ao que a obra representa: um passo a frente.

Imagine Dragons e a vontade de se renovar

É importante lembrar que, nem sempre, um passo a frente significa necessariamente que essa é a direção certa. Para bem ou mal, o Imagine Dragons é uma banda que nunca teve medo de seguir caminhando em seus experimentos, explorando novas direções cada vez mais ousadas.

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Se Mercury – Act 1 traz alguns lugares comuns em faixas como “It’s OK” e nos próprios singles “Follow You” e “Wrecked”, ele também tem na mesma proporção algumas tentativas bem ousadas de sair da zona de conforto, como vemos em “Dull Knives” e na própria “Cutthroat”, que mostram Reynolds soltando a voz e até gritando de maneira agressiva — algo que pode pegar o ouvinte de surpresa sem qualquer dúvida.

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A mudança de direção acontece também nas músicas mais Pop, como “Lonely” e “No Time for Toxic People”, que apostam em um violão pouco presente no histórico da banda e, na parte rítmica, lembram o Blues e o Dub respectivamente.

Mercury – Act 1

De forma geral, não dá para tirar os méritos da banda em tentar inovar. Por mais que a direção escolhida em alguns momentos não tenha dado tão certo, Mercury – Act 1 nos mostra que o Imagine Dragons simplesmente se recusa a ficar parado no mesmo lugar — e isso, por si só, é algo que muitas bandas no mundo acabam fazendo mesmo sem querer.

Se dessa vez temos que lidar com alguns canções pouco marcantes, há pelo menos a certeza de que os próximos passos do grupo continuarão sendo em frente e, por enquanto, também temos algumas belas músicas para sustentar esse novo ciclo.

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