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Épico e preciso, Iron Maiden renova sua majestade em "Senjutsu"; ouça agora

O Iron Maiden está de volta com seu 17º disco de estúdio, o épico "Senjutsu". Ouça a obra agora e confira a resenha exclusiva do TMDQA!.

Iron Maiden anuncia novo disco "Senjutsu"; veja capa e tracklist
Iron Maiden anuncia novo disco “Senjutsu”; veja capa e tracklist

A espera acabou e, depois de 7 anos, o Iron Maiden está de volta com seu aguardado novo disco Senjutsu.

O álbum chega às plataformas neste dia 3 de Setembro e conta com “apenas” 10 faixas — que, no entanto, totalizam quase uma hora e meia de duração. Ao mesmo tempo em que esse fato certamente apela a quem curtiu os últimos lançamentos da banda, em especial o ótimo A Matter of Life and Death (2006), mas também o mais recente The Book of Souls (2015).

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Logo de cara, a faixa-título dá um cartão de visitas sobre o que o trabalho entrega: uma forte pegada Prog que, se não fosse pelos épicos vocais de Bruce Dickinson, ficaria mais escancarada. A faixa seguinte, “Stratego”, foi uma ótima escolha como single por se tratar de uma das mais curtas da obra e, consequentemente, uma das que mais vai direto ao ponto.

Talvez essa canção, aliás, seja o grande atrativo para os fãs do Iron “das antigas”. A cavalgada clássica de Steve Harris no baixo marca presença, dando o tom para um riff épico e um refrão forte que colocam a música como a melhor do disco tanto objetivamente quanto em questão de custo/benefício.

Longo ou épico?

Ao ouvir Senjutsu, é bem provável que você se questione algumas vezes se está ouvindo um álbum épico ou simplesmente longo. Em faixas como “Death of the Celts” e “The Time Machine”, a sensação é quase de exaustão ao perceber que ainda faltam alguns minutos para chegar ao fim de algo que parece não caminhar tão bem assim.

Por outro lado, felizmente, outras canções como “The Parchment” e “Hell On Earth” — que têm respectivamente 12:39 e 11:19 de duração — justificam suas longas durações com diversas boas partes se encaixando de um jeito que o Maiden aprendeu a fazer nos últimos anos e, pelo visto, gostou de abraçar.

Vale um destaque especial também para o single “The Writing On the Wall”, que fica ainda melhor dentro do contexto do trabalho completo. Da mesma forma, “Days of Future Past” (a mais curta da obra, com 4:04 de duração) entrega uma pancada direta ao melhor estilo do Iron.

Senjutsu

De forma geral, Senjutsu vê o Iron Maiden expandir a sonoridade dos últimos trabalhos e mostrar que, da mesma forma que dominou seu estilo clássico décadas atrás, os músicos britânicos dominam essa nova versão de suas músicas com maestria.

Ainda assim, é impossível não notar que por vezes o disco soa mais como uma tarefa do que como uma jornada prazerosa. Felizmente, é possível fazer uma bela seleção das músicas e pular aquelas que parecem perder o sentido a cada ouvida — a única coisa que não pode ser tirada, infelizmente, é o teclado com um dos timbres mais questionáveis da carreira do Maiden que permeia várias das canções. Mas esse pano a gente passa.