“A música reumaniza”: com Di Ferrero e Roberta Campos, Nova Orquestra quebra barreiras e exibe novos talentos da música brasileira

Com participação de Di Ferrero e Roberta Campos, a Nova Orquestra mostra todo o talento de jovens músicos brasileiros. Conheça em entrevista exclusiva!

Nova Orquestra com Di Ferrero e Roberta Campos
Fotos por Luis Martino/Divulgação

Nova Orquestra, projeto pioneiro da Agência Olga que busca promover e democratizar a música de concerto, está com uma nova iniciativa sensacional na forma da série “Encontros Nova Orquestra”, que vai unir grandes artistas da nova geração da música brasileira a jovens estudantes de música para um intercâmbio sonoro.

Essa primeira edição, intitulada “Vale Música”, conta com a participação de Di Ferrero e Roberta Campos, que já participaram de um bate-papo virtual com os adolescentes e estarão em dois videoclipes a serem lançados durante o mês de Setembro — o primeiro chega em 15/09, com Di apresentando “Sentença”, e o segundo, que terá Roberta interpretando “Minha Felicidade”, no dia 29, sempre no canal do YouTube do projeto.

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Ao falar sobre a importância de um projeto como esse, que quebra barreiras de gêneros musicais, Ferrero fala com exclusividade ao TMDQA!:

Acredito que quando ouvimos uma música, a primeira sensação antes de julgarmos se gostamos ou não dela, não é racional. Ou seja, se o primeiro instinto for de prazer provavelmente vamos gostar dessa música. Por isso, a música tem esse poder de fazer pessoas que têm ideologias diferentes estarem no mesmo lugar, curtindo o momento e cantando o mesmo som com entusiasmo. Em um mundo polarizado, a música faz a gente perceber que, apesar de tudo, temos muito em comum e nos reumaniza, nem que seja por alguns instantes.

Roberta complementa com a sua versão da resposta:

A cultura sempre foi uma das formas mais fortes de se quebrar paradigmas. A música em si é uma coisa só, e se divide em gêneros de acordo com a cultura e o contexto social de cada povo. Essa divisão, às vezes, acaba tomando uma conotação indevida, querendo diminuir ou valorizar mais uma expressão em detrimento de outra, o que causa essas barreiras. Eu sempre vi a música como um todo, onde existe uma riqueza enorme quando nos misturamos! E é um fato que a música é uma expressão de arte intimamente ligada à vida das pessoas. Então, quando misturamos estilos ou gêneros, misturamos experiências de vidas, pontos de vista. Não há nada mais rico que conseguir sair do seu lugar comum e conhecer um outro, com uma outra forma de expressão, outra forma de organização musical, social e cultural. É muito importante que a sociedade tenha isso em mente e principalmente, respeite o gosto, o estilo e caminhos do outro! Digo isso para ouvintes e músicos.

Di Ferrero, Roberta Campos e a Nova Orquestra

Trabalhar em um projeto como estes no meio da pandemia não foi tarefa fácil. Justamente por isso, Roberta acredita que “exercitar a arte” foi algo “de grande importância” e um “respiro” neste momento:

Gosto de estar junto das pessoas, dos jovens, essa troca musical ultrapassa o momento em que estamos fazendo música, é uma troca de vida!

Para o ex-NX Zero, o fato de poder ter realizado uma “troca de experiências” por meio do bate-papo também foi algo bastante especial. Ele explica que houve um intercâmbio de “visões e perspectivas sobre o futuro dentro desse universo da música” e enxerga o projeto como “um incentivo a mais para todos que fizeram parte”.

Da mesma forma, ele acredita que essa troca com uma iniciativa tão única — até por incluir uma orquestra — foi a “gasolina para continuar crescendo como artista”. Di Ferrero explica que isso acontece ao “se permitir e entregar um som para outras pessoas, que tem visões diferentes e deixar isso se transformar em algo novo”.

Já Roberta sente uma “injeção de ânimo, de criatividade” com a parceria e reforça, dizendo que esse tipo de experiência lhe “abre o mundo” e “renova”. Ela completa:

Principalmente com orquestra, que é uma forma tão diferente de fazer música, de executa-las! É fundamental que a gente esteja sempre em movimento, criando coisas novas e, principalmente, aprendendo coisas novas. A consolidação da carreira não pode servir de desculpa pra me acomodar, jamais! Comodismo não é comigo, estou sempre me desafiando e me propondo a me aventurar por novos caminhos sonoros. Sempre temos coisas novas a aprender, e é a curiosidade aliada à coragem de se arriscar em novas experiências que nos move e nos permite evoluir. Sempre me transformo e sempre quero viver momentos assim!

“Sentença” e “Minha Felicidade” no Encontros – Edição Vale Música

As músicas escolhidas, claro, não foram por acaso. No caso de Ferrero, o fato dos arranjadores da orquestra terem selecionado “Sentença” foi uma grata surpresa:

Ela tem um formato moderno, bem anos 80/Pop. Eu não tinha imaginado uma orquestra ali. Então reinventamos a música em cima desse novo arranjo de cordas e virou uma outra canção, curti muito!

Já “Minha Felicidade” foi, segundo Campos, escolhida pelos próprios jovens da orquestra que “amam essa canção”. Ela explica que a faixa “passa uma mensagem muito positiva, amorosa e solar”, e finaliza contando como o processo foi bastante prazeroso:

Foi muito tranquilo e sem dificuldades! Acredito que, quando a música está no nosso dia a dia, ela pertence de alguma forma a nós e colocar isso no instrumento é fluido! Acho que por isso foi tudo muito natural, divertido e prazeroso pra gente!

Que incrível, hein? Não esqueça de ficar ligado por aqui e no canal do YouTube do projeto para os lançamentos das versões especialíssimas de “Sentença” e “Minha Felicidade”, respectivamente nos dias 15 e 29/09.

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