Comemorando 80 anos de vida e 50 de carreira, Ney Matogrosso lançou recentemente o EP “Nu Com a Minha Música“, que em Outubro vai se transformar em um disco cheio. O trabalho terá versões de sucessos de compositores como Raul Seixas e Caetano Veloso.
Em entrevista ao podcast Tenho Mais Discos Que Amigos, ele explicou que o processo de produção e gravação em meio à pandemia foi totalmente diferente do que ele estava acostumado. Um dos maiores cantores do país, Ney contou que construiu todas as melodias por telefone, e chegou no estúdio sem nenhum ensaio:
Há muitos anos eu faço primeiro a turnê, e só depois vou pro estúdio gravar o disco. Agora, tive que entender que deveria ser como antigamente. Eu convidei quatro produtores, todos ‘furiosos’, e cada um montou uma banda. Aí, eu escolhi três músicas pra cada um fazer os arranjos. Quando cheguei no estúdio, tive que me virar, procurar na minha voz como seria a versão perfeita. Mas eu gostei. Na verdade, como eu não pude fazer festa de aniversário, quis gravar um disco pra celebrar.
Também perguntamos sobre a mente aberta do cantor, que se mantém ativo, saudável e com a antena ligada para a música brasileira. Recentemente, por exemplo, lançou o single “Nada Será Como Antes” em parceria com Edi Rock e Linn da Quebrada. Ele respondeu:
Minha cabeça é muito aberta para as pessoas. Eu me considero um cantor do Brasil, então me dou ao luxo de desfrutar de tudo que a música brasileira oferece. Eu só tive problemas com “Homem com H” (1981), porque eu achava que, por não ser do nordeste, não poderia cantar um forró. Mas o Gonzaguinha me tirou isso da cabeça. E de lá pra cá eu não tenho mais restrição a nada, desde que me interesse e eu queira cantar.
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Para assistir ao episódio completo com Ney Matogrosso, que também tem Duda Brack e BaianaSystem falando sobre parcerias e latinidades, procure o canal do TMDQA! no YouTube ou nos aplicativos de podcast.
