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#TBTMDQA!: Lana Del Rey fez com que "Summertime Sadness", uma canção muito triste, virasse um megahit

Popular canção de Lana Del Rey lançada no início dos anos 2010, "Summertime Sadness" reflete sobre amores verdadeiros e perdas dolorosas. Veja curiosidades!

Lana Del Rey no clipe de "Summertime Sadness"
Foto: Reprodução / Youtube

Estamos cada vez mais próximos do lançamento de Blue Banisters, o oitavo disco de estúdio de Lana Del Rey.

Um dos nomes mais cultuados da atual cena pop, Lana já está em cena há mais de 15 anos, passando por diferentes nomes artísticos e por um processo de amadurecimento em sua musicalidade. Mas, se estamos ansiosos para seu novo lançamento, é bom nos recordarmos de como ela se projetou para o mainstream.

Após um disco de estreia lançado de forma independente em 2010, Lana chamou a atenção de executivos e não tardou a assinar com uma gravadora grande. O processo seguinte foi justamente a construção de Born To Die (2012), seu segundo e aclamadíssimo disco. A cantora virou uma sensação na internet e alcançou fãs no mundo todo com seu pop mais melódico e intimista. No meio desse hinário, surgiu “Summertime Sadness”, uma bela canção que, apesar de triste, conquistou uma geração.

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Confira abaixo curiosidades sobre as versões desse grande sucesso (talvez o maior) da carreira de Lana!

 

Rick Nowels

Além de coproduzir “Summertime Sadness” com Lana, Rick Nowels também assina a composição da faixa. Renomado no mundo pop, ele coleciona hits em parceria com nomes como New Radicals, Dido, Santana, Madonna, Dua Lipa e mais.

Com Lana, Nowels escreveu, ainda na era do Born To Die, as canções “Dark Paradise” e “Lucky Ones“. Mas é claro que essa frutífera parceria não pararia por ali. Nos anos seguintes, a dupla compôs outros hits como “Young and Beautiful” (2013), “High by the Beach” (2015) e “Lust For Life” (2017, com The Weeknd).

Sobre sua parceira de composição, Nowels lembra:

“Eu tinha ouvido algumas músicas dela no YouTube e amei o que ela estava fazendo. Quando escrevemos ‘Summertime Sadness’, percebi que ela era uma compositora brilhante e uma artista mágica. Ela escreve o tipo de música que eu quero ouvir.”

 

O que a estação do ano tem a ver com isso?

A expressão que dá título à música, “tristeza de verão”, implica que algo fora do comum está acontecendo. Isso porque geralmente associa-se o verão com um período do ano de maior atividade e alegria. Enquanto isso, o inverno é a estação que costuma ser relacionada à tristeza.

Não à toa, existe um tipo específico de depressão chamado Seasonal Affective Disorder (ou SAD). Essa condição tem a característica de se manifestar de acordo com um padrão que coincide com as estações do ano. Também conhecida como “depressão do inverno”, a SAD tem sintomas que vão desde irritabilidade até a perda de interesse em atividades do cotidiano.

Considerando isso, é no mínimo estranho pensar que a tal tristeza, para Lana, veio justamente no verão. O que será que aconteceu?

 

Lidar com perdas

Desde o lançamento da música, várias teorias circulam a internet sobre o que pode de fato simbolizar o seu significado. Alguns a enxergam como uma pura celebração ao amor, enquanto outros captam o seu lado mais cruel. Após descrever sensações de liberdade e poder na estrofe inicial, o eu-lírico se encaminha para um refrão trágico, que anuncia uma triste e inevitável despedida.

No mais, a canção trata de lidar com perdas e o que ajudou o público a interpretar melhor sua mensagem foi a aclamada adaptação audiovisual.

 

O clipe

O videoclipe de “Summertime Sadness” ajudou a canção a se consagrar como hit. Com direção de Kyle Newman (que também já dirigiu clipes para Taylor Swift) e Spencer Susser, o vídeo estrela, além de Lana, a atriz Jamie King (então esposa de Newman).

As duas são retratadas no clipe como um casal. Individualmente, elas acabam com suas próprias vidas e o vídeo conta essa história de forma não cronológica. As cenas tristes são mescladas a cenas que mostram momentos felizes do casal em uma narrativa que ilustra as dores de se perder um grande amor.

 

O tal vestido vermelho

A canção começa nos ambientando em uma cena em que a personagem veste seu vestido vermelho durante a noite. Para os fãs de Lana, isso não é nenhuma surpresa, já que a tal vestimenta é uma constante em seu repertório. É como se fosse o “easter egg” de sua discografia.

O vestido também é citado em outras canções. No próprio Born To Die, ele aparece nas faixas “Carmen” e “Off To The Races“. Já no disco seguinte, Ultraviolence (2014), ele dá as caras novamente na letra da faixa de abertura “Cruel World“. Em 2016, uma então nova faixa intitulada “Say Yes To Heaven” também citava o vestido. A princípio, a canção seria lançada em Honeymoon (2015), mas acabou sendo descartada.

Além disso, a cantora deixa claro que gosta muito da cor.

https://www.youtube.com/watch?v=JKPuiwbuuNk

 

“Lancei um remix e olha só no que deu”

Considerando o cenário pop e especialmente levando em consideração os tipos de músicas e temáticas que ganhavam a parte superior das grandes paradas musicais na época, “Summertime Sadness” não é uma canção tão palatável assim.

Pelo contrário: sua estética mais lenta contrastava com a maioria dos hits daquele ano, como “I Love It” (Icone Pop e Chali XCX), “Titanium” (David Guetta e Sia) e “Don’t You Worry Child” (Swedish House Mafia). Mesmo assim, em meados de 2013, vimos a canção atingir a sexta posição da Hot 100, o mais “quente” chart musical. Também foi a melhor performance de Lana até hoje.

A fórmula para esse sucesso tem nome: Cedric Gervais. O DJ francês, que já havia recusado remixar diversos outros artistas, ficou feliz com o pedido de Lana para que ele adaptasse seu hit. Misturando elementos de house e eurodance com os delicados vocais da cantora, a dançante versão (por mais contraditória que seja em paralelo à letra) caiu rapidamente no gosto do público e dos formadores de opinião, virando constante em rádios, festas e destaque nas paradas de sucesso. Deu tão certo que Cedric foi convidado novamente para remixar outro sucesso de Lana, desta vez “Young And Beautiful”.

Coincidentemente, na mesma época, algo parecido acontecia com outro nome dessa vertente mais intimista do pop: Florence Welch. Em sua parceria com Calvin Harris, a cantora lançou um remix muito popular de “Spectrum“, além de assinar uma parceria com o produtor musical em “Sweet Nothing“.

 

Outras versões

“Summertime Sadness” quebrou barreiras do pop e ganhou a atenção de diversos outros intérpretes.

A cantora Miley Cyrus foi um desses nomes. Sua versão da música foi publicada a partir de uma performance ao vivo em um programa da BBC Radio 1 e até hoje é um dos vídeos mais assistidos do consagrado canal da rádio no Youtube.

Outros artistas também deram suas próprias perspectivas ao megahit. Isso inclui nomes como Corey Gray, Rizzle Kicks, Ellie Drennan e Within Temptation, em versões que vão do reggae ao rock.