Não demorou muito para Josh Klinghoffer arrumar um novo emprego após sua saída do Red Hot Chili Peppers que abriu espaço para o retorno de John Frusciante.
Como muitos já devem saber, Josh acabou sendo convidado para entrar como músico de turnê no Pearl Jam, algo que surpreendeu bastante gente. Por outro lado, em uma entrevista recente ao Guitar World, Klinghoffer deixou bem claro que isso não deveria ter sido surpresa para ninguém — afinal de contas, as duas bandas têm uma história interligada.
Ele conta:
Os Chili Peppers e o Pearl Jam têm uma história longa, interligada. Os Chili Peppers levaram o Pearl Jam em uma de suas primeiras turnês lá em 1991. O Jack Irons — baterista original dos Chili Peppers — conectou o Eddie [Vedder] com o Stone [Gossard] e o Jeff [Ament] em Seattle. E aí o Jack Irons se tornou o baterista do Pearl Jam por um tempinho. Basicamente, os Chili Peppers e o Pearl Jam sempre foram próximos.
Em algum momento, nós nos conectamos. Foi em 2016 que eu comecei a vê-los mais — nós fizemos o mesmo festival em Nova Orleans. Nós nos tornamos mais próximos com o tempo — fizemos alguns shows com o Mike McCready para várias caridades, e o Eddie veio e tocou no evento para angariar fundos para a escola de música do Flea em Silverlake.
O multi-instrumentista, que também tem seguido carreira solo com seu projeto Pluralone, também aproveitou para contar como surgiu o convite para sua entrada e como tem sido seu tempo com as lendas do Grunge:
Quando o novo álbum deles ia sair — logo antes da pandemia — eles sentiram que precisavam de um pouco de ajuda. Predominantemente com os vocais de fundo e algumas outras coisas. Então, eles me ofereceram a posição para abrir os shows da turnê e disseram, ‘Já que você vai estar lá, você podia cantar alguns pedacinhos, tocar percussão. Qualquer coisa que for preciso.’
No fim das contas, eu estou tocando guitarra em uma ou duas músicas. Eu tenho um papel pequeno mas fundamental em certos pontos do show. Mas é realmente só através de uma longa história e das amizades que existiam antes mesmo de eu chegar. Mas para a minha sorte eu era um grande fã deles quando era jovem e eu sou bem familiarizado com as músicas mais velhas. Então, não é como se eu estivesse entrando em uma banda que é só ‘mais uma banda’.
Josh Klinghoffer e o Pearl Jam
Para finalizar, Josh ainda comentou sua própria relação com o Pearl Jam e como ela é bastante semelhante à que tem com o RHCP:
[Eu tenho um amigo] cujo baixo fretless eu toquei, [e] ele só tinha um fretless porque ele era um grande fã do Jeff Ament e eu fiquei tipo, ‘Você devia comprar um fretless!’. Eu tenho uma ótima foto do Jeff tocando esse baixo que eu mandei para a mãe do meu amigo — o que é um momento bem legal, de círculo completo.
Então, eu não era um estranho. Meio que fez sentido quando eu entrei nos Chili Peppers — quando o John decidiu não fazer mais isso naquele período, eu tinha estado por perto por tanto tempo e sido amigo, feito turnê com eles, [então] me ter por perto não era algo que necessitava de um ajuste. Meio que a mesma coisa com o Pearl Jam. Talvez não tanto — porque eu não os conhecia tanto, já que não morava em Seattle. Mas me ter por perto não vai ser tão estranho ou diferente.
Agora só falta a confirmação de uma passagem dessa baita formação pelo Brasil, hein? Por enquanto, você pode ler essa entrevista de Josh Klinghoffer na íntegra clicando aqui.