A pluralidade de ritmos que o nosso país agrega do Oiapoque ao Chuí é o fio condutor do novo disco do rapper Coruja BC1.
Lançado nesta quarta-feira (17) através do selo Mangolab e com distribuição digital feita pela Believe, Brasil Futurista une o Rap característico da carreira do cantor e compositor a outras sonoridades presentes na música nacional.
O trabalho de estúdio apresenta 13 faixas compostas por Coruja em parceria com Théo Zagrae — produtor musical do disco — e traz as participações de Anchietx, Ed City, Jair Oliveira, Jonathan Ferr, Larissa Luz, Lino Krizz, Lúcio Maia, Margareth Menezes, RDD e Salgadinho.
Neste caldeirão cultural, Gustavo Vinicius Gomes de Sousa, nome de batismo de BC1, passeia entre a MPB, Trap, Soul, House, Maracatu, Samba e Rock, além de ritmos das matrizes africanas.
Coruja BC1 – Brasil Futurista
Brasil Futurista chega dois anos depois do álbum Psicodelic (2019) e quatro após a estreia com No Dia dos Nossos (2017).
Em seu novo disco, Coruja, que se destacou na cena independente quase dez anos atrás ao lançar a música “Não Posso Murmurar” (2012) e chamar a atenção de ninguém menos que Emicida, tem como objetivo escancarar o abandono cotidiano do povo preto, pobre e periférico pelos poderes públicos.
Um belo exemplo está na faixa “Ao Desamor”, em que ele canta “Nunca deixe ninguém apontar o dedo na tua cara, morô? / Nunca deixe ninguém sabotar tudo aquilo que ‘cê conquistou, neguin'”.
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