O sempre incrível Castello Branco é um dos convidados do Podcast Papo Reto.
O programa tem produção do Tenho Mais Discos Que Amigos! e apoio da distribuidora Tunecore.
Nele, Tony Aiex e Bruno Martins entrevistam artistas independentes que falam sobre carreira, dificuldades, glórias e experiências.
Castello Branco, COVID, R. Sigma e mais
No episódio de Castello Branco, o músico fez relatos bastante fortes a respeito de como foi infectado pelo Coronavirus.
Cantor, ele inclusive chegou a temer pela vida e, posteriormente, pela voz, já que a COVID-19 mexeu bastante com a sua saúde:
Eu peguei COVID trabalhando. Eu fui fazer um clipe em Portugal […] em Novembro, e de todas as pessoas que pegaram, eu fui o único que me ferrei mesmo. A sorte foi que eu consegui voltar pro Brasil — eu não sabia que eu estava com COVID. Porque se eu estivesse lá, eu ia dançar. Lá não tem nada, não tem sistema público, não tem saúde, não tem nada. Eu ia ter que pagar tudo e é caríssimo.
Eu voltei, cheguei em São Paulo, deu dois dias e eu acordei com uma febre descomunal, similar à que eu tive quando tive pneumonia. […] Eu fui indo pro SUS, até o momento em que eu tive que ficar internado por questões de respiração. Não tava conseguindo mais respirar. Fiquei no soro, no oxigênio, todo o processo. Um monte de gente morrendo do lado… Doideira. […] Teve vezes que eu pensei que fosse morrer — fiz várias declarações de término pra várias pessoas, tá ligado?
Porque eu realmente achei que eu fosse. […] Aí voltei pra casa. O mais importante da gente pensar aqui, porque eu estudei muito sobre isso, é que às vezes as pessoas pensam que a COVID é só a onda. Você teve COVID e você saiu da COVID. Não é assim. Mexe no seu sistema nervoso, então muitas vezes você tem uma série de sintomas ‘pra sempre’, até as pessoas saberem o que é ou a gente virar essa página. […] É a chamada COVID longa, que é o que eu tive, que é o que muita gente teve.
O músico conta ainda que fez vários tratamentos alternativos, que aliviaram seus sintomas mas não lhe curaram completamente:
Nada me tira os sintomas que eu ainda tenho de COVID longa. Eu não posso fazer muito esforço — eu faço um show, um showzinho voz e violão, canto um negocinho e já era. No dia seguinte eu tô chumbado. […] Às vezes eu estava no restaurante, assim, sentei pra comer, conversando assim e — do nada — nada faz sentido. Some tudo. Uma sensação absurda de vazio de vida, e você fala assim, ‘Eu quero morrer, eu não quero viver assim’. E aí dá 20 minutos e isso passa. […] São vários sintomas que a gente não imagina.
Tendo lançado um novo disco recentemente chamado Niska: Uma Homenagem Para Tempos de Emergência, ele ainda falou sobre como se recuperou. No álbum, Castello Branco conta com participações de Duda Beat, Rubel, Mahmundi, Lazúli e mais.
Além de falar sobre o presente, ele também relembrou seus tempos de underground com a aclamada banda R. Sigma, que arrebatou legiões de fãs nos Anos 2000.
Ao responder sobre qual conselho daria para o seu eu do passado, brincou:
Cara, cuidado que o microfone quebra dente, velho! [risos] Microfone quebra dente. Rachei várias vezes. [risos]
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