Cultura

Nova York endurece regras anti-COVID e vai exigir vacinas em empresas privadas

Para evitar um pico de infecções em meio aos feriados e ao frio, o prefeito Bill de Blasio anuncia nova medida de vacinas na cidade de Nova York.

Nova York - Times Square
Foto: Wikimedia Commons

Com os casos de COVID-19 aumentando nos Estados Unidos, uma medida mais rigorosa em relação à vacina será colocada em pratica na cidade de Nova York.

Na última segunda-feira (6), o prefeito Bill de Blasio anunciou que todos os empregadores privados locais serão obrigados a exigir que seus funcionários estejam vacinados contra o coronavírus. Ele disse (via Billboard):

Nós, na cidade de Nova York, decidimos usar um ataque preventivo para realmente fazer algo ousado para impedir o crescimento da COVID e os perigos que isso está causando a todos nós.

A variante Delta ainda está sendo a principal responsável pelas infecções nos EUA. Porém, o que também tem preocupado o prefeito é a variante Ômicron que, apesar de pouco compreendida neste primeiro momento, está ganhando espaço em Nova York e em outras partes do país.

De acordo com Blasio, a nova medida entrará em vigor no dia 27 de Dezembro. Os trabalhadores presenciais terão que comprovar que receberam pelo menos uma dose da vacina e não poderão deixar de fazer os testes regulares da COVID-19.

O decreto se aplicará a cerca de 184 mil empresas que não estavam incluídas em mandatos anteriores das vacinas. Segundo um porta-voz do prefeito, essas empresas vão de corporações multinacionais a pequenos empreendimentos na cidade de 8,8 milhões de habitantes. A força de trabalho no setor privado da cidade é de 3,7 milhões de pessoas.

Além disso, as pessoas com 12 anos ou mais que quiserem jantar em um restaurante, ir a uma academia ou comparecer a shows terão que apresentar sua carteira de vacinação provando que receberam as duas doses, com exceção de crianças de 5 a 11 anos que terão que apresentar prova de pelo menos uma dose.

Novo decreto de vacinas em Nova York

Segundo Bill de Blasio, o intuito das novas medidas é evitar um pico de infecções em meio aos feriados e ao frio, que faz com que as pessoas frequentem mais locais fechados, onde o vírus pode se espalhar com mais facilidade.

A nova regra preocupa alguns donos das empresas privadas, pois ainda existem funcionários que estão resistindo à vacina. De acordo com eles, isso pode resultar na demissão de profissionais que são considerados essenciais em algumas empresas.

Até o momento, nenhum estado anunciou um decreto amplo para o setor privado como o da cidade de Nova York, de acordo com dados compilados pela apartidária Academia Nacional de Política de Saúde do Estado.

O novo mandato está previsto para entrar em vigor poucos dias antes de Blasio deixar o cargo de prefeito e o democrata Eric Adams assumir. O porta-voz de Adams disse em um comunicado que o novo prefeito “avaliará este mandato e outras estratégias [contra] COVID quando estiver no cargo e fará determinações com base na ciência, eficácia e aconselhamento de profissionais de saúde”.

A Câmara de Comércio da Grande Nova York, que inclui cerca de 30.000 empresas grandes e pequenas, disse que é a favor das medidas restritivas. Porém, outros grupos da indústria disseram que o plano aumentará a pressão sobre as empresas que ainda lutam para se recuperar da pandemia e encontrar funcionários suficientes.