Histórico: Nova Zelândia proibirá venda de cigarros para as próximas gerações

Governo da Nova Zelândia deve implementar uma nova lei que vai banir a indústria do cigarro totalmente nos próximos anos; oposição reage.

Foto: Reuters
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Parece mentira, mas não é: o governo da Nova Zelândia pretende banir totalmente a indústria de cigarro no país até 2027 como parte de sua política de ficar livre da droga.

Anunciada nesta quinta-feira (9), uma nova medida visa proibir a venda de tabaco para pessoas que têm 14 anos ou menos para o resto de suas vidas. Em sua conta no Twitter, a ministra da Saúde, Ayesha Verrall, disse (via Vice):

Para todos os pacientes que eu cuidei e foram vítimas do tabaco ou sofreram por causa dele – essa é para vocês.

Atualmente, o fumo continua sendo a principal causa de morte que pode ser prevenida na Nova Zelândia.

Segundo dados do governo, o cigarro é responsável por uma a cada quatro mortes de câncer. Com a proposta, especialistas da área da Saúde acreditam que haverá pelo menos 5 mil mortes evitáveis ao ano.

Ainda de acordo com as autoridades, o número de adultos fumantes por lá foi reduzido de 18% em 2006 para 11,6% em 2020. Junto com o banimento, Verrall afirma que medidas de apoio serão introduzidas para assistir aqueles que precisam parar de fumar.

O governo também vai diminuir os níveis de nicotina nos cigarros que ainda serão produzidos e cortar o número de lojas que os vendem.

Oposição reage à medida anti-cigarro na Nova Zelândia

Karen Chhour, porta-voz de desenvolvimento social do Act, partido que faz oposição à proposta do governo, classifica as mudanças como “políticas ruins”, apontando para a possibilidade de surgir uma espécie de “tráfico” de cigarros:

A gradativa diminuição na venda de tabaco planejada pelo governo é simplesmente arbitrária e vai criar eventualmente um mercado alternativo.

Quatro de cada cinco neo-zelandeses começam a fumar até os 18 anos e quase todos (96%) viram fumantes até os 25. Uma nova lei para o banimento do cigarro na Nova Zelândia deve ser implementada em 2022 para dar lugar a um novo modelo de transição.

Polêmico, hein?

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