Música

3 Lançamentos para ficar de olho: Chinaina, Rapha Moraes e Raphael Costa

Separamos três novidades do cenário nacional para você conhecer e acompanhar!

Chinaina
Foto por Pamella Gachido

O músico, cantor e compositor pernambucano Chinaina (que até pouco tempo atrás assinava como China) está preparando o lançamento do EP Carnaval da Vingança. Programado para chegar no início de 2022, o disco irá trazer músicas inéditas e releituras.

A primeira amostra do projeto é a nova versão de “Hardcore Brasileiro”, um dos sucessos de sua primeira banda, a Sheik Tosado. A música foi originalmente lançada em 1999, no álbum Som de Caráter Urbano e de Salão, e agora ganha releitura com uma orquestra de frevo, porém mantendo a mesma atitude da versão original.

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Com arranjo de Nilsinho Amarante, o frevo, que normalmente tem seu andamento em 150 BPM, ganhou mais velocidade nessa nova versão, conta Chinaina:

Sempre quis cantar essa música com um arranjo para orquestra, mas não foi fácil convencer Nilsinho Amarante de que tinha que ser rápida como um hardcore.

Para ganhar o voto do maestro, Chinaina apelou para a atmosfera carnavalesca, onde as orquestram tocam mais aceleradas. Segundo o músico, a canção tinha “que ficar no clima da rua. É empurra-empurra, suvaco e loló“. E, assim, “Hardcore Brasileiro” ganhou roupagem de orquestra com intenção de roda de pogo.

Aliás, o videoclipe da faixa, dirigido por Mary Gatis, traz justamente cenas de rodas de pogo e do Carnaval de Pernambuco. “Hardcore Brasileiro” é um lançamento do selo Pedra Onze e já está disponível em todas as plataformas de streaming.

Rapha Moraes

Foto por Tati Camargo

Motivado por reflexões pessoais sobre os âmbitos material, social e emocional durante a pandemia, o cantor e compositor Rapha Moraes deu vida às músicas que compõem seu novo álbum, Presença.

Multicultural, o registro, que foi produzido em sua casa, conta com participações do uruguaio Seba Prada, da argentina Micaela Vita (Duratiera/Triângula), da portuguesa Ana Caixado e dos brasileiros Fernando Anitelli (O Teatro Mágico) e Bruna Caram.

As participações trazem conexões pessoais e artísticas que revelam muito da influência de Rapha. Passeando entre a nova mpb, pop, eletrônico e lo-fi, o músico assume a estética do cantautor, com o foco nas canções sendo potencializadas pelos arranjos.

Presença foi dividido em duas partes. A primeira, que já se encontra nas plataformas digitais, chegou acompanhada por um filme, que costura a história de todas as músicas — assista clicando aqui. Neste primeiro momento, Rapha apresenta quatro faixas inéditas, que receberam os arranjos de cordas de João Egashira. A segunda parte do álbum tem previsão já para o primeiro semestre de 2022.

A maior parte do álbum foi gravado dentro do home studio de Rapha, que também assina a produção musical em parceria com Bruno Giorgi, responsável pela pós-produção, trazendo uma estética moderna, além da mixagem e masterização. Sobre a feitura do obra, o musico comenta:

Esse álbum vem da reflexão sobre a constante busca dos momentos que fazem valer a vida e isso também está conectado com as relações entre as pessoas. E ter um disco pandêmico feito com tantos encontros, mesmo à distância, é algo especial.

Raphael Costa

Foto por Jade Mariani

Saudade Não é Palavra“, novo single do cantor e compositor pernambucano Raphael Costa, chega traduzindo o sentimento de saudade a partir de versos construídos sob divagações metafóricas.

A faixa, que chega acompanhada por um videoclipe, é uma parceria com Juliano Holanda e estreia via selo Solto no Tempo. No novo trabalho, Raphael lança mão do tradicional formato voz e violão e mergulha em uma estética sonora ambientada no imaginário das paisagens do interior do nordeste brasileiro:

É este cenário, marcado e descrito por êxodos, pela ‘Asa Branca’, pelo aboio, pelo repente, pela viola, que uso como núcleo imagético para discorrer sobre este sentimento.

Para representar esta ideia no campo visual, “Saudade Não é Palavra” ganhou um clipe filmado em Gravatá, no agreste pernambucano, dirigido e produzido por Jade Mariani e pelo próprio artista. Com este lançamento, Raphael abre os caminhos para o seu segundo álbum, que trará em seu cerne um olhar de curiosidade e encantamento com o existir, com o fazer artístico, um disco sobre maravilhas e fragilidades humanas.

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