Música

Os 10 Melhores Filmes lançados em 2021

A crise no cinema foi amenizada em 2021 e o público recebeu vários lançamentos. Selecionamos alguns dos melhores filmes do ano para guiá-lo.

Trailer Duna Timothée Chalamet
Reprodução/YouTube

A crise na indústria cinematográfica causada pela pandemia ainda não acabou, mas 2021 já teve uma quantidade bem maior de lançamentos do que o ano anterior.

A reabertura dos cinemas, as estreias atrasadas que finalmente saíram e a possibilidade de lançamento direto em serviços de streaming contribuíram para agitar novamente esse mercado e nós, naturalmente, como fãs e consumidores ávidos, não temos do que reclamar.

No período pós-início de aplicação das vacinas, o hábito de assistir a filmes em salas de cinema voltou, mesmo que respeitando algumas restrições. Foi necessária uma dose de coragem para quem já retornou e ainda é preciso entender que não é todo mundo que se sente à vontade para isso, mas dá um alívio enorme saber que o mundo tem se movimentado para voltar ao ritmo com o qual já estávamos acostumados.

Com isso, fizemos uma seleção de 10 grandes filmes lançados em 2021, para guiar um pouco da experiência de quem está procurando o que assistir, seja nas telonas, seja no conforto da própria casa.

Divirta-se!

 

10 – O Esquadrão Suicida

A redenção da DC veio pelas mãos de James Gunn e O Esquadrão Suicida amenizou o fiasco que foi o seu antecessor sem artigo, lançado em 2016. Gunn abraça a loucura dos quadrinhos e inclui personagens bizarros, como um cujo poder é soltar os próprios braços e arremessá-los, outro que lança bolinhas coloridas explosivas e outra que consegue controlar um exército de ratos.

A ironia e o humor de constrangimento são entregues de forma muito satisfatória e praticamente garantiu a continuidade da franquia e dos seus protagonistas: Arlequina e Pacificador, por exemplo, são presenças quase garantidas no futuro da DC no cinema e nos streamings.

O Esquadrão Suicida está disponível no HBO Max.

 

9 – Marighella

Primeiro trabalho de Wagner Moura como diretor, Marighella é um grande filme de ação e um ótimo retrato de um dos períodos históricos mais tenebrosos da história do Brasil, a Ditadura Militar. Wagner coloca Carlos Marighella (Seu Jorge) como inimigo número um do Regime e mostra como a luta contra a repressão tem que passar certos limites para conseguir, de fato, mudanças significativas.

A centralização da resistência em Marighella e da repressão em Lúcio (Bruno Gagliasso) talvez diminua o peso do que realmente foi a Ditadura, mas isso não compromete a experiência de assistir a um bom filme.

Marighella está disponível no Globoplay.

 

8 – Amor, Sublime Amor (West Side Story)

Steven Spielberg adapta um dos maiores musicais da história da Broadway, West Side Story, de forma a modernizar a história e atualizar a base de fãs da produção. A trama traz um romance proibido entre dois jovens que pertencem a grupos rivais em Nova York dos anos 1950.

Adaptações de clássicos tão grandes como esse podem gerar um frio na barriga devido ao receio de que sejam apenas uma reconfiguração da história com o objetivo de fazer dinheiro. Spielberg, no entanto, demonstra um grande respeito pela obra original e pelo público, fazendo mudanças ousadas e fundamentais para que seu filme tenha seus próprios diferenciais.

 

7 – Deserto Particular

Deserto Particular é um ótimo filme e, não por acaso, é candidato a representar o Brasil no Oscar 2022. Dirigida por Aly Muritiba (Caso Evandro), a produção conta a história de Daniel, um policial afastado do trabalho devido a um erro grave que começa a se relacionar virtualmente com uma mulher chamada Sara. Depois de sofrer um ghosting da garota, Daniel vai até o interior da Bahia para encontrá-la e entender o que aconteceu, mas descobre que ela não é exatamente como ele esperava. 

Muritiba explora bem uma das formas que a tecnologia influencia nas relações entre as pessoas, levantando debates sobre a possibilidade de se apaixonar por alguém sem nunca ter havido um encontro presencial. Porém, mais do que uma proposta de reflexão existencial profunda, o filme se preocupa mesmo em contar uma boa história de amor.

 

6 – A Crônica Francesa (The French Dispatch)

Wes Anderson é um autor tão original que todos os seus lançamentos geram uma expectativa além do normal. Em A Crônica Francesa (The French Dispatch), ele dá vida a uma série de crônicas publicadas em um fictício jornal publicado no interior da França, no século XX.

Toda a divulgação do filme o trata como “uma carta de amor aos jornalistas” e, no fim das contas, é isso mesmo. Além de histórias interessantes (às vezes não tanto quanto o apuro estético que as envolve), o filme traz um elenco pesadíssimo, com participações de nomes como Benicio Del Toro, Adrien Brody, Tilda Swinton, Léa Seydoux, Frances McDormand, Timothée Chalamet, Bill Murray, Owen Wilson, Christoph Waltz, Cécile de France, Willem Dafoe, Liev Schreiber, Edward Norton, Saoirse Ronan, Elisabeth Moss, entre muitos outros.

 

5 – A Lenda do Cavaleiro Verde (The Green Knight)

Sobrinho do Rei Arthur e membro da Távola Redonda, Gawain aceita um desafio e embarca em uma jornada para enfrentar a misteriosa figura do Cavaleiro Verde. A jornada traz desafios clássicos desse tipo de aventura, mas vai mais além. A produção gera reflexões sobre heroísmo bem diferentes do que se costuma ver em filmes de cavaleiros medievais.

Filmes da A24 já criam uma certa expectativa sobre algum tipo de disrupção ou inovação, e em The Green Knight não é diferente. Além disso, coloca Dev Patel em um patamar que pode ser considerado o mais alto da sua carreira até agora. 

 

4 – Homem-Aranha: Sem Volta para Casa

Os filmes de super-herói podem ficar saturados em todos os níveis, mas de uma coisa não tem como fugir: enquanto houver criatividade nas histórias e na forma como elas são contadas, eles estarão por aí. E Homem-Aranha: Sem Volta para Casa entrega justamente isso — algo que todo mundo já estava esperando, mas de uma maneira criativa e divertida.

A trilogia com Tom Holland no papel principal é facilmente a mais grandiosa que o Aranha já teve no cinema, a menos turbulenta e a mais rica em possibilidades, claro, por estar integrada no Universo Cinemático da Marvel.

Aqui, Peter tem que lidar com problemas causados pela abertura do multiverso, que é o grande plot de todo o MCU pós-Ultimato. É fanservice atrás de fanservice, muito amarrado, muito bem feito.

 

3 – Tick, Tick… Boom

A história acompanha Jonathan Larson, lendário compositor que criou o musical Rent, que estreou em 1996 e está em cartaz até hoje na Broadway. Larson, interpretado por Andrew Garfield, é um jovem escritor de musicais que se vê em crise perto de completar 30 anos e ainda sem obter o sucesso que gostaria na vida artística. Com isso, ele tem que encontrar um equilíbrio entre a ambição de buscar seu sonho e as suas relações pessoais.

Tick, Tick… Boom é dirigido por Lin-Manuel Miranda (Hamilton) e está disponível na Netflix.

 

2 – Ataque dos Cães

Ataque dos Cães é um faroeste que pode ser desafiador para parte do público devido ao ritmo mais cadenciado. A atenção da cineasta Jane Campion fica mais nos personagens do que nas ferramentas que fariam a história andar de forma mais acelerada.

As atuações, porém, conseguem prender toda a atenção necessária e o roteiro, bem escrito e sem “mirabolâncias”, amarra tudo.

Benedict Cumberbatch e Jesse Plemons vivem irmãos que cuidam da herança da família e são totalmente opostos. Para completar, o casamento do mais novo abala ainda mais a dinâmica entre eles.

Além de Cumberbatch, quem rouba a cena é Kodi Smit-McPhee (X-Men: A Fênix Negra), filho da nova integrante da família. 

Ataque dos Cães está disponível na Netflix.

 

1 – Duna

Finalmente os fãs de ficção científica foram contemplados com uma adaptação de Duna que fizesse jus à obra de Frank Herbert. O filme de Denis Villeneuve (Blade Runner 2049) conta o começo da aventura da família Atreides no planeta Arrakis e apresenta os grandes protagonistas desta saga.

Alguns desavisados podem achar que o filme repete fórmulas batidas e clichês do gênero de aventura, mas é aí que está o diferencial desta obra: foi Duna quem criou todos esses elementos, ainda na década de 1960.

Star Wars e Game of Thrones são alguns exemplos de grandes sucessos que beberam da fonte de Herbert. 

Duna está disponível no HBO Max.