Um episódio recente do podcast de Joe Rogan foi excluído do YouTube por espalhar desinformação sobre a COVID-19 e sobre o nazismo — mas o Spotify, pelo visto, não quer fazer o mesmo.
O episódio de número 1.757 do programa The Joe Rogan Experience contou com a presença de Robert Malone, um médico americano que se posiciona abertamente contra as vacinas. Em sua fala, Malone compara a saúde pública atual dos Estados Unidos com a Alemanha de 1920 e 1930, liderada pelo regime nazista.
Ele fez o paralelo por conta dos mandatos de vacina contra a COVID-19, cada vez mais presentes em cidades e estados dos EUA:
Nosso governo está fora de controle com isso, e eles estão sem lei. Eles desconsideram completamente a bioética; eles desconsideram completamente a regra comum federal e quebraram todas as regras que eu conheço e nas quais fui treinado por anos e anos. Esses mandatos de uma vacina experimental são explicitamente ilegais.
Assim que chegou ao YouTube através de um canal terceiro, o episódio foi derrubado por violar as diretrizes da plataforma. A empresa, porém, ainda não se pronunciou sobre o caso.
Joe Rogan e o Spotify
O motivo pelo qual o programa chegou à plataforma de vídeos através de um canal terceiro é o contrato de exclusividade de Rogan com o Spotify.
O serviço de streaming chegou a pagar mais de U$100 milhões ao apresentador para manter seu programa por lá. Por isso, é difícil que esse ou outros episódios em que Joe espalha fake news e faz propaganda anti-vacina sejam excluídos.
Vale lembrar que até mesmo grandes celebridades, como o jogador de futebol americano Aaron Rodgers, citam Rogan como uma influência para a decisão de não receber o imunizante contra a doença que já deixou milhões de vítimas ao redor do mundo.
Como forma de apoio, o congressista texano Troy Nehls enviou uma transcrição da entrevista completa ao Congresso, onde não pode ser “censurada”. Complicado.
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