Parece inacreditável, mas é verdade: dois policias de Los Angeles foram demitidos após ignorarem um alerta de assalto para continuarem jogando Pokémon Go.
A informação foi revelada por um documento judicial publicado recentemente que traz detalhes sobre o caso que ocorreu em 2017, segundo o portal Kotaku.
De acordo com o relato, o ex-oficiais Louis Lozano e Eric Mitchell não atenderam um pedido de reforço de seu superior, que lhes havia informado sobre um roubo em andamento em um estabelecimento comercial de Los Angeles próximo do local em que estavam.
Policiais ignoram assalto para jogar Pokémon Go
A câmera interna da viatura da dupla registrou que, ao invés de cumprirem seus trabalhos, eles ignoraram o pedido para capturar um Snorlax e um Togetic, personagens do jogo Pokémon Go. O documento apresenta o seguinte relato de um trecho da conversa entre os policiais:
Por aproximadamente os próximos 20 minutos, o DICVS [sistema de monitoramento do carro] capturou os peticionários discutindo sobre Pokémon enquanto eles dirigiam para diferentes locais onde as criaturas virtuais aparentemente apareciam em seus telefones celulares. A caminho da localização de Snorlax, o oficial Mitchell alertou o oficial Lozano que ‘um Togetic acabou de aparecer’.
Depois que Mitchell aparentemente pegou o Snorlax — exclamando: ‘Peguei-o’ – os peticionários concordaram em ‘[pegar] o Togetic’ e foram embora. Quando o carro parou novamente, o DICVS gravou Mitchell dizendo: ‘Não fuja. Não fuja’, enquanto Lozano descreveu como ele ‘usou uma Ultra Ball’ para capturar o Togetic antes de anunciar: ‘Peguei ele’. Mitchell avisou que estava ‘[ainda] tentando pegá-lo’, acrescentando: ‘Puta merda, cara. Essa coisa está lutando contra mim.’ Eventualmente Mitchell exclamou: ‘Caramba. Finalmente’, aparentemente em referência à captura do Togetic, e ele comentou: ‘Os [caras] vão ficar com tanta inveja’.
Posteriormente, os representante de Lozano e Mitchell entraram com uma petição buscando apelar da decisão, argumentando que o uso das imagens das câmeras internas do carro como parte da investigação oficial sobre sua conduta violava as proteções sobre conversas privadas entre policiais.
Porém, como esperado, o apelo foi negado no último dia 7 de Janeiro.