Um dos grandes nomes do Rap nacional atualmente, BK’ se reinventou quando lançou o seu novo EP Cidade do Pecado no final de 2021.
Apostando em uma sonoridade com mais influência do Samba e do Funk do que era perceptível em seus trabalhos anteriores, o carioca encontrou uma união perfeita entre a batida envolvente e a letra consciente para conquistar o público no trabalho que ficou entre os melhores do ano.
Em entrevista exclusiva ao TMDQA!, o rapper detalhou todo esse processo e um trecho que chamou atenção foi a fala de BK’ sobre a identidade do Rap nacional. De acordo com ele, a decisão de resgatar seu gosto pelos gêneros citados acima partiu justamente de uma compreensão de que são esses elementos que trazem a identidade brasileira ao Rap:
Uma discussão que eu tenho sempre com os meus amigos em conversas é que, no mundo todo, todos os outros países arrumaram seu próprio jeito de fazer Rap. Eles têm seu próprio Rap. Tem a referência máxima que é a norte-americana e não tem como fugir daquilo porque os caras são os caras, mas cada lugar tem o seu jeito de fazer. Tu vai na Inglaterra, tem o jeito deles de fazer a parada. E eu acho que o nosso jeito, e essa é a minha opinião, é aproximando realmente das nossas coisas! Que é o Funk, o Samba.
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Ainda nesse papo, BK’ aproveitou para elogiar Marcelo D2 e o seu pioneirismo nessa empreitada:
Eu uso muito como referência o Marcelo D2 nesse trampo, porque o D2 foi o cara que fez isso. Ele fez um ‘Rap BR’, o Rap brasileiro. E aí eu falei, ‘Cara, então, acho legal tentar essas paradas também. Vamos tentar’. Tipo assim, até pensando em mercado fora do Brasil, tá ligado? É isso, [tem] a barreira da língua, mas o que os caras vão curtir? Os caras vão curtir a sonoridade, e não vão querer curtir a sonoridade que eles já têm lá. Eles vão querer ver como que é o som feito no Brasil, tá ligado? É pensando nesse mercado também.
O resultado você pode conferir em Cidade do Pecado, disponível abaixo!
Entrevista exclusiva de BK’ ao TMDQA!
Aproveitando, não deixe de conferir a entrevista na íntegra. Basta clicar neste link.
