Citando vice de Trump, Ghost irá criticar "falsos profetas" em seu novo disco, "Impera"

Tobias Forge, líder do Ghost, revela que música inédita da banda fala principalmente sobre o ex-vice-presidente dos EUA Mike Pence. Saiba mais.

Tobias Forge (Ghost)
Foto: Wikimedia Commons

O Ghost está se preparando para lançar seu novo disco, Impera, no dia 11 de Março, e o frontman Tobias Forge compartilhou mais alguns detalhes sobre o trabalho.

Em uma nova entrevista à Kerrang! (via Loudwire), o músico revelou a inspiração para alguns faixas do disco e uma delas chamou bastante atenção por falar sobre o ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, a quem Forge fez duras críticas.

De acordo com o vocalista, “Grift Wood”, que será a décima faixa do disco, está principalmente voltada para Pence, que atuou no governo de Donald Trump. Revelando alguns elementos presentes na música, Forge disse:

Essa música é sobre ele e qualquer um como ele que está disposto a sujar tudo pelo que trabalhou. Eles definitivamente se qualificam para uma passagem na primeira fila para o inferno. O que é tão irônico, porque é nisso que eles acreditam. [As pessoas gostam disso] completamente se rebaixar e comer merda da bunda de alguém para conseguir o que eles estão tentando alcançar.

Mais uma vez, ele é um símbolo para as pessoas de todos os tempos, onde o jogo final é envolvido com algum tipo de [coisa] religiosa. Ele é conhecido como esse grande seguidor da Bíblia, acreditando que ele tem uma fé forte, e ele é tão horrível, pessoa horrível de todas as formas.

Destacando o suposto caráter hipócrita do ex-vice-presidente, Tobias Forge acrescentou:

Ele tenta dizer ao mundo que serve a Deus, que é parte do lado bom. Considerando que, no final do dia, a única coisa que ele quer é poder. Não precisa necessariamente ser tudo sobre ele. É sobre pessoas como ele: muitos políticos, muitos pregadores, muitos clérigos ao longo da história do tempo.

Ghost – Impera

O quinto álbum de estúdio do Ghost tem como tema central a ascensão e a queda inevitável de impérios, não apenas do que já aconteceu ao longo da história, mas também envolvendo a realidade atual. Sobre isso, o vocalista disse:

Vivemos em um tempo agora, onde acreditamos que a história é uma coisa do passado, e tudo o que vivemos aqui e daqui para frente é eterno. O que não é verdade.

Talvez tenhamos a base de uma sociedade que pode permanecer por algum tempo e funcionar. Mas, infelizmente, se você olhar através da história, há um ciclo natural em que uma sociedade é construída, e então ela é aperfeiçoada, aperfeiçoada, aperfeiçoada. E então geralmente desmorona.

Forge também ressaltou que fica assustado por ver que as pessoas hoje em dia estão “trabalhando duro para destruir o progresso”. Lamentando a situação, ele declarou:

Nos últimos dois anos, estamos regredindo tanto. Muitas das coisas que quase pareciam ficção, como muito do nosso conteúdo lírico que parecia que estávamos cantando sobre coisas que aconteceram no passado e bem ao longe, agora estão, tipo, ‘Uau, isso está em todo lugar!’

As pessoas estão realmente trabalhando duro para destruir o progresso e, finalmente, criar uma máquina do tempo que nos atrasará centenas de anos em termos de evolução mental.

Ainda sobre as faixas de Impera, o líder do Ghost apontou que “Respite in the Spital Fields” aborda o medo persistente nas pessoas uma vez que os ataques do notório serial killer de Londres conhecido como ‘Jack, o Estripador’ tiveram um fim e a faixa “Twenties” é o que Forge descreveu como o momento em que “Slayer encontra algum tipo de coisa de Missy Elliott.”

Ghost e o Ocultismo

Na semana passada comentamos sobre a simbologia ocultista que está presente por trás da capa do novo disco e a homenagem que a banda fez a Aleister Crowley, um dos nomes mais famosos do ocultismo, saiba mais aqui.