Já se passaram décadas desde a separação do The Smiths, mas Morrissey e Johnny Marr continuam em péssimos termos.
Em uma nova entrevista, Marr se relembrou dos tempos da banda ao ser questionado se, em meio a tantas desavenças, haveria alguma questão ligada à política ou ao futebol — uma vez que o vocalista e o guitarrista são opostos em ambos os quesitos; Moz é ligado ao Manchester United e ao conservadorismo, enquanto Johnny tem laços com o Manchester City e com uma visão mais progressista.
O músico respondeu:
Nós nunca discutíamos futebol então isso acabava aí. E nós nunca brigamos por política, mas provavelmente iríamos hoje.
Em sequência, perguntado por um fã sobre o impacto dos posicionamentos de Morrissey no legado do The Smiths, Marr disse:
Não impactou como eu me sinto sobre o Smiths. É tudo que posso dizer sobre isso. Eu certamente sou capaz de separar o passado do presente. Eu não sei se você consegue separar a banda do cara, mas eu consigo me separar do cara e do que eu fiz, então quando eu vejo o quanto as pessoas estão decepcionadas, eu fico realmente triste. Mas está completamente fora do meu controle. E eu só posso realmente fazer o que está no meu controle.
Então, eu toco músicas dos Smiths por razões que eu acredito que são reais. E através dos anos eu tenho tentado cuidar do catálogo e dos lançamentos da melhor forma possível, como eu teria feito de qualquer maneira. Então, sabe, eu vejo da mesma forma que todo mundo vê. Eu não tenho respostas. E eu não quero ter nenhuma resposta.
Em seu último show, realizado em Novembro de 2021, Johnny Marr tocou apenas três faixas do The Smiths: “Bigmouth Strikes Again”, “The Headmaster Ritual” e “How Soon Is Now?”.
Morrissey e Johnny Marr
Vale lembrar que, mais cedo neste ano, Moz e Marr voltaram a protagonizar uma discussão intermediada pela imprensa. Veja por aqui.