Música

15 onomatopeias incríveis que fizeram história na música mundial

Com muitos "Na Na Nas", "Wows" e "La La Las", veja a lista do TMDQA! com as melhores onomatopeias em músicas nacionais e internacionais.

Paul McCartney
Foto por Rodrigo Simas

De acordo com a Wikipedia, uma onomatopeia é “uma figura de linguagem na qual se reproduz um som com um fonema ou palavra.”

Nós do Tenho Mais Discos Que Amigos! fomos atrás de músicas que trazem algumas das onomatopeias mais legais e marcantes em sua composição, e que fizeram com que refrães, versos, introduções e mais ficassem conhecidos para sempre sem dizer nenhuma “palavra de verdade”.

Veja logo abaixo nossa lista com as 20 onomatopeias mais legais e mais marcantes da música.

Dica: Ao clicar nos vídeos, eles já estarão direto na onomatopeia dita aqui.

The Beatles – “Hey Jude”

Digamos que “Hey Jude”, dos Beatles, tem o pai dos “Na Na Na Nas”, ou o “Na Na Na Na” dos “Na Na Na Nas”, e é uma das mais belas canções já compostas por um ser humano.

Sua versão original, lançada como um single em 1968, foi parar no topo das paradas do Reino Unido e dos Estados Unidos, mesmo tendo mais de 7 minutos de duração.

Reza a lenda que a música foi escrita por Paul McCartney em homenagem ao filho de John Lennon com Cynthia Lennon, Julian, já que ele estava vendo seus pais se separarem e sofrendo muito com isso. “Jude” teria surgido a partir de “Jules”, como Julian era chamado.

Blur – “Song 2”

WOOOOOOOHOOOOOOOOOOOOL!

É impossível não gritar ao som de “Song 2”, do Blur, assim que o vocalista Damon Albarn o faz logo após a característica guitarra sem distorção da música dar lugar a muito peso e barulho.

Lançada em 1997 no disco Blur, a música se espalhou rapidamente ao redor do planeta e talvez seja a mais conhecida da banda, de forma irônica, já que a carreira dos caras é baseada em sons mais ligados ao rock alternativo e indie-rock do que ao punk e estilos mais pesados que aparecem nessa faixa.

 

My Chemical Romance – “Na Na Na”

Em 2010 o My Chemical Romance lançou seu mais recente disco de estúdio, chamado Danger Days: The True Lives of the Fabulous Killjoys, e o carro-chefe do disco foi a faixa “Na Na Na”, cantada várias vezes durante a canção, sozinha ou em coro, dando bom preenchimento à música. Pena que alguém já tinha feito algo parecido cinco anos antes…

 

Kaiser Chiefs – “Na Na Na Na Naa”

O primeiro disco dos caras, Employment (2005) recebeu diversos elogios da crítica e do público por suas músicas recheadas de guitarras, indie rock, sons dançantes, e refrães bastante cantáveis.

Boa parte disso se deve a “Na Na Na Na Naa”, música que já leva a onomatopeia no nome e faz ótimo uso dela para uma das canções mais divertidas do álbum.

 

Criolo – “Subirusdoistiozin”

Em 2011 Criolo lançou um dos melhores discos nacionais do ano, Nó Na Orelha, e um dos destaques do álbum é “Subirusdoistiozin”, faixa escolhida para ser o primeiro single do disco e que mistura rap com um climão vintage tanto no som quanto no seu videoclipe oficial, muito bem feito.

O “parapapa, parapapa, parapapa, papararara” que Criolo solta pra acompanhar o piano durante algumas partes da música é sem dúvida uma das partes mais legais da canção.

 

Hanson – “MMMBop”

Ok, a gente sabe que “MMMBop” tem um dos refrães mais saturados da história, mas o Hanson chegou ao topo das paradas com o maior hit de sua carreira fazendo música das boas.

Além disso, a canção foi produzida pela dupla Dust Brothers, que já produziu, entre outros, discos de Beastie Boys, Beck, e a trilha sonora do filme Clube Da Luta.

Ao final das contas, o mais importante de tudo é que o refrão é delicioso de cantar, não é mesmo?

 

Cake – “Short Skirt / Long Jacket”

O Cake fez uso do bom e velho “na na na” em sua faixa “Short Skirt/Long Jacket” presente no álgum Comfort Eagle, de 2001.

A ironia é que no clipe oficial da banda, que pede para que várias pessoas passando pela rua ouçam a música e deem opiniões sinceras, um tal de Aaron Sugg diz que a onomatopeia poderia ser retirada da música: “poderiam cortar essa merda”.

 

Simon & Garfunkel – “Mrs. Robinson”

O refrão de “Mrs. Robinson”, faixa lançada por Simon & Garfunkel em 1968 é um dos mais cantáveis da época e fez com que a dupla não apenas figurasse na primeira posição da parada da Billboard daquele ano, como também ganhasse um Grammy de “Gravação do Ano” na premiação de 1969.

Com um início cheio de barulhos com a boca e um refrão repleto de “Wow-wows”, “yay yay yay” e “yeah yeah yeahs”, a música foi gravada por nomes como Frank Sinatra e Bon Jovi, além do The Lemonheads, que a transformou em um de seus singles mais famosos.

 

blink-182 – “All The Small Things”

Em 1999 o Blink-182 lançou o disco Enema Of The State, que catapultou o trio para o mundo das grandes bandas de rock.

Se naquele ano o clipe “proibido para menores” de “What’s My Age Again?” os lançou aos grandes públicos, foi com “All The Small Things” e seu refrão cheio de “Na Na Nas” em 2000 que a banda teve aquele que pode chamar de seu mega hit.

Com suas origens no punk rock, a banda com certeza aprendeu a utilizar o recurso com uma outra banda californiana…

 

NOFX – “Leave It Alone”

…que é o NOFX.

No disco Punk In Drublic, de 1994, está “Leave It Alone”, faixa que ao lado de “Linoleum” colocou o quarteto de Los Angeles entre os grandes nomes do punk rock dos anos 90, ao lado de bandas efervescentes na época como Green Day, The Offspring e Rancid.

Também recheada com “Na Na Nas”, a música é uma das poucas da banda que tem videoclipe e chegou a passar com frequência aqui na MTV Brasil.

Uma menção honrosa em relação à banda e às onomatopeias é a faixa “Whoa On The Whoas”, presente originalmente no EP Surfer (2001) e que diz:

Nós nunca gostamos de cantar Whoas (Wows)
Nós odiamos whoas
Somos contra whoas
Nós odiamos whoas

Nós preferimos AAAAAAAAAAAAAAAHs
E Na Na Na Na Na Na’s
Claro que Yeah Yeah Yeah’s também são legais

Entre o AFI e o Offspring
Eu acho que ninguém mais precisa cantar mais whoas

 

The Offspring – “Self Esteem”

Na mesma onda californiana/punk do começo dos anos 90 vem “Self Esteem”, música lançada pelo The Offspring no terceiro disco de estúdio da banda, o aclamado Smash, de 1994.

Além do explosivo “La La La” no começo da faixa, há um refrão formado de “oh yeah” ‘s, gritados a plenos pulmões pelo vocalista da banda Dexter Holland, que fizeram deste um dos singles mais bem sucedidos de toda a carreira do grupo.

 

Titãs – “AA UU”

Outra música que já tem a onomatopeia logo no nome, “AA UU” está em um dos melhores discos da carreira do Titãs, o álbum Cabeça Dinossauro, de 1986.

Recheado de músicas de protesto, punk rock e flertes com outros estilos musicais interessantes, o disco questiona vários aspectos da sociedade daquela época, como religião, capitalismo e a imposição de um modo de vida pré-definido às pessoas, como é debatido em “AA UU”.

 

Bobby Darin – “Splish Splash”

Em 1958 o cantor Bobby Darin compôs “Splish, Splash”, seu primeiro grande hit, que surgiu a partir de um desafio da mãe do DJ Murray Kaufman, que duvidou que Darin pudesse escrever uma música que começasse com “Splish, Splash, eu estava tomando banho”.

A música nasceu, ficou gigantesca, foi um sucesso, e chegou ao Brasil através de Roberto e Erasmo Carlos, sendo que o primeiro a gravou no álbum Splish, Splash de 1963, com uma letra composta pelo segundo, sem nenhuma relação com o assunto da letra original.

 

The Rolling Stones – “Miss You”

Em 1978 o Rolling Stones já tinha 15 discos de estúdio lançados nos Estados Unidos, e a banda estava começando a ser chamada de velha, principalmente por punks que viram o estilo surgir e explodir ao final dos anos 70.

A resposta de Mick Jagger e sua trupe veio na forma de “Some Girls”, disco de estúdio que é o primeiro a ter o guitarrista Ronnie Wood como membro full-time da banda e cujo primeiro single, “Miss You”, está cheio de “woo woo woos” e “aah aah aahs”, e é um dos grandes hits dos britânicos até hoje.

Led Zeppelin – “The Immigrant Song”

Em 1970 o Led Zeppelin lançou seu terceiro álbum de estúdio, Led Zeppelin III, e sua faixa de abertura é “Immigrant Song”, com gritos característicos de Robert Plant que fizeram dela o primeiro single desse disco.

Com uma letra que fala sobre Vikings à procura de novas terras, a canção virou um dos hinos do Zep e era utilizada para abrir os shows da banda entre 1970 e 1972.