Definitivamente a vida não tem tratado Jesse Hughes, do Eagles Of Death Metal, muito bem nos últimos anos.
Em 2015, enquanto a sua banda tocava na tradicional casa de shows Le Bataclan, Paris foi atingida por uma série de ataques terroristas e um deles se deu justamente no local, quando terroristas mataram 90 pessoas e criaram cenas verdadeiramente trágicas por lá.
Agora, Jesse Hughes está lutando pela vida da sua companheira, também baixista e tecladista do EODM.
Jesse Hughes e Marina Cardenas
Noivos, Jesse Hughes (49) e Marina Cardenas (31) não se comunicam há mais de um mês desde que uma tragédia atingiu o casal.
Isso porque Marina teve uma crise de asma que acarretou em uma parada cardíaca, e desde então está em coma, internada em estado vegetativo em um hospital na Califórnia.
Ao falar sobre o assunto com a Billboard, Jesse disse que “o amor da sua vida iria morrer”, e afirmou que achava que “o hospital gostaria de acabar com sua vida, mas ela merece viver”.
Ao que tudo indica, há uma disputa legal entre Jesse e a família de Cardenas, já que a própria Billboard atualizou a sua matéria pouco após a publicação da mesma.
Após dizer que ela estava internada na UTI de um hospital localizado a poucas quadras da casa de Hughes na região de Los Angeles, a publicação afirmou que Tuesday Cross (nome artístico da noiva do músico) foi levada para outro hospital em Sylmar, Califórnia, com um juiz determinando que Jesse tem direitos de visitação e que ele deveria ser informado pela mãe de Marina a respeito de qualquer decisão sobre seu futuro.
Tratamento em Hospital
Segundo Jesse e sua equipe de advogados, após um exame que detectou danos cerebrais na musicista, o hospital teria passado a dar indícios de que não gostaria mais de lutar pela sua vida, supostamente limitando a sua alimentação.
Ao falar a respeito, ele disse:
Tenho medo de que o hospital esteja ignorando sinais de que Marina está responsiva, para poder tirar o aparelho que a faz respirar, bem como encerrar seu tratamento médico. Eu descobri recentemente que ela não recebeu qualquer tipo de nutrientes desde que foi internada.
Quem também comentou o assunto foi a advogada de Jesse, que afirmou que “tratar pacientes apenas com hidratação é um procedimento comum para preparar pacientes terminais com o objetivo de doar seus órgãos”.
Relacionamento e ataques ao Bataclan
Jesse Hughes e Tuesday Cross estão juntos há mais de dez anos, e em 2015 ela estava no Bataclan, já que tocaria teclado com a banda em um momento do set que nunca chegou a acontecer.
À medida que a banda conseguiu escapar pelo backstage, ela já havia conseguido se safar também, e inclusive chegou a esperar pelo companheiro entre os veículos que os terroristas haviam utilizado para chegar ao local e deixado na rua:
Ela não ia a lugar algum sem mim. E agora eu não vou a lugar algum sem ela.
Dia do Incidente em Casa
Segundo Jesse Hughes, os dois estavam juntos em casa no dia 23 de Janeiro quando ela começou a tossir e usou um inalador que tinha para tratar da asma. Quando ela dormiu, o músico foi a uma loja de discos com seus amigos.
Jennifer Ortega, produtora de TV e amiga do casal, foi até a casa para encontrar com eles e se deparou com Marina passando muito mal, lutando para respirar enquanto estava no chão da sua cozinha.
Como não conseguiu levantá-la, ligou para Laura Garcia, paramédica que estava com Jesse na loja de discos, e eles correram de volta pra casa com mais uma pessoa, tentando socorrê-la.
Em alguns minutos eles a levaram para a emergência de um hospital e segundo informações da instituição, ela chegou ao local no meio de uma “parada cardíaca completa”, e Hughes teria dito que ela havia usado crack ou metanfetamina.
Posteriormente, ele disse que não sabia se esse era o caso, mas que teria dito isso para garantir que os médicos avaliassem todas as possibilidades. Hughes, que afirma que ela também teve COVID, diz que a companheira não foi testada para drogas no hospital.
A partir daí, uma verdadeira troca de acusações e muita desinformação passou a circular entre Jesse, a mãe da sua companheira e o hospital, com versões variadas da história e responsabilidades compartilhadas.
De um lado, ele diz que a mãe havia lhe dado plenos poderes para decidir pelos próximos passos, mas o hospital não estaria aceitando essas decisões, já que estaria seguindo as da mãe, que teria “mudado de ideia” a respeito, inclusive dizendo que a assinatura de sua filha em um documento para que ele a representasse é falsa.
Sem poder vê-la pessoalmente, o líder do Eagles Of Death Metal continuou ligando para ela por chamadas de vídeo, e em uma delas disse que pediu para que ela fechasse os olhos, já que “todos aqui adorariam ver uma resposta sua”.
Cross teria olhado para a tela e fechado os olhos mais de uma vez. Quando Hughes teria falado sobre como ela estava responsiva, o pessoal da enfermagem teria dito que isso “não significa nada”:
Ela está lá há tanto tempo. Eu sinto tanto a sua falta. Ela provavelmente ouviu tantas conversas sobre como eles irão matá-la.
Ele ainda alega, em documentos enviados para a justiça, que quando pediu para que as enfermeiras prestassem atenção nas respostas da companheira, elas “tiraram o iPad de perto do seu rosto. Mas o som estava ligado e ele pôde ouvir as enfermeiras dizendo algo sobre sedá-la antes que ele pudesse voltar para a chamada”.
O hospital alega que não pode dar detalhes a respeito do tratamento da paciente, mas que sobre esse assunto específico, afirma que os profissionais de saúde têm certeza de que ela não está responsiva.
Futuro de Tuesday Cross
Em um triste episódio envolvendo a vida de alguém e acusações tão sérias, uma nova audiência está marcada para o dia 22 de Abril, com o objetivo de determinar as participações de Jesse e da mãe de Cross na tomada de decisões sobre sua vida.
Que barra pesada.