Paciente se comunica por implante cerebral e pede uma cerveja e disco do TOOL, "bem alto"

Paciente com paralisia total, portador de ELA, consegue se comunicar com ajuda de implante cerebral e pede para ouvir TOOL. Saiba mais.

Paciente se comunica através de implante cerebral e pede para ouvir música do TOOL
Fotos por Wyss Center | Wikimedia Commons

Um caso surpreendente foi revelado nesta semana! Um homem de 36 anos de idade, portador de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) conseguiu se comunicar novamente com a ajuda de um implante cerebral.

O paciente que sofre de síndrome de encarceramento completo, uma condição em que todo o controle muscular é perdido, levando à paralisia completa, aprendeu a se comunicar usando impulsos cerebrais através de um par de eletrodos implantados cirurgicamente em seu crânio (via Louder Sound).

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Apesar dele compor frases de forma lenta, a uma taxa de apenas um caractere por minuto, o homem conseguiu ao passar dos dias compartilhar alguns dos seus principais desejos, e um deles envolve a banda TOOL.

No dia 245 após a implantação dos eletrodos, o paciente pediu para “ouvir o álbum do TOOL, alto”. Dois dias depois, solicitou uma cerveja, no dia 253 pediu para comer “curry com batata, depois bolonhesa e sopa de batata” e ainda se declarou dizendo: “Eu amo meu filho legal”.

Paciente com ELA volta a se comunicar

Mesmo com os resultados dos estudos se mostrando promissores, os especialistas preferem ter cautela.

Melanie Fried-Oken, que estuda a interface cérebro-computador na Oregon Health & Science University falou sobre a conquista com a ajuda do implante cerebral ao Science.org (via Lambgoat). Ela disse:

É tão legal. [Mas] não estamos nem perto de colocar isso em um estado de tecnologia assistiva que possa ser comprado por uma família.

Sobre o paciente fã do TOOL, os cientistas da Universidade de Tübingen, na Alemanha, que iniciaram os estudos com ele em 2018, apontaram que sua capacidade de soletrar diminuiu – provavelmente devido ao tecido cicatricial ao redor do implante, além de “fatores cognitivos”.

Os profissionais revelaram que o paciente tem se comunicado principalmente por meio de perguntas de sim ou não. Mas eles prometem manter o dispositivo enquanto o homem for capaz de utilizá-lo.

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