A banda rio-clarense Vinces transforma bads em músicas para as pessoas dançarem. Com referências do indie dialogando com ritmos brasileiros, o grupo brinca com a contradição entre o ritmo dançante e as letras tristes compostas pelo vocalista Cauê Siqueira.
Na ativa desde 2012, a Vinces define sua sonoridade como “indie tropical”. O grupo lançou seu álbum de estreia, Parábolas, em 2018 e já no ano seguinte deu início à construção de seu sucessor. O primeiro single dessa nova fase foi a música “Deixa Ela Sambar“, lançada em Agosto de 2019.
A banda seguiu com os preparativos a todo vapor, lançando inclusive outros singles até que a pandemia do surto da COVID-19 chegou ao Brasil, forçando os músicos a interromperem a turnê e a mudarem de planos.
Quase três anos após a estreia de “Deixa Ela Sambar”, a Vinces resolveu celebrá-la com a produção de um novo videoclipe, com roteiro e direção de Davi Selingardi. A retomada nos lançamentos começa a dar forma ao que está por vir e o grupo promete uma grande festa com um altar para a bad.
trema¨
Recentemente, apresentamos por aqui o trema”, um projeto incrível do músico paulista Lucas Lippaus que vinha preparando o lançamento do álbum visual BR-Lockdown. Bem, a espera acabou e já podemos conferir os 11 singles que compõem o trabalho, cada um com uma parceria diferente nos vocais.
Lippaus se lança como produtor trazendo inspirações na estética sombria e agressiva do no-wave e do industrial dos anos 80, além de bandas de noise-rock e post-hardcore. O músico ficou responsável pelas guitarras, baixos, arranjos, produção, mixagem e masterização, já as baterias foram criadas com inteligência artificial. O resultado é um disco carregado de texturas, riffs certeiros e uma interessante variedade de atmosferas sonoras.
Nos vocais, temos o seleto time composto por Cint Murphy (In Venus), Douglas Leal (Deafkids), Filipe Giraknob (Vathlo, ex-Supercordas), Sandrox Duarte (Cristo Bomba), Vitor Meira (Bratislava), Claudio Cox (Giallos), Liu Anno (Podcast Na Fila de Banheiro, ex-Fluhe), Bruno Monstro (Twinpines), May Manão (Crime Caqui, Tôrta), Amanda Rocha (La Burca) e Fernanda Gamarano (Der Baum).
Cada uma das 11 faixas recebeu um videoclipe produzido pela Bad Chinchilla, com assinaturas de Fábio Salvador e Paulo Valentim. A criação da história visual de cada vídeo teve como inspiração a própria música. Você pode conferir os filmes no canal do trema” no YouTube.
Leandro Matioli & Nelton Matioli
Unindo influências da nova MPB, indie e rock progressivo, os irmãos Nelton Matioli e Leandro Matioli abordam a velocidade de mudanças das coisas no álbum O Todo ao Redor do Meu Vazio.
Devido à pandemia e à impossibilidade de reunir os músicos para gravarem o disco, os dois resolveram assumir todos os instrumentos. Leandro, que originalmente é baixista e vocalista, passou a estudar bateria. Nelton, guitarrista, se dedicou aos estudos de canto. As gravações e mixagem aconteceram no estúdio dos irmãos, no quintal da casa de seus pais.
O resultado é um disco que olha para o passado, o presente e o futuro, e convida o ouvinte a uma experiência nova e, ao mesmo tempo, familiar. Um disco anacrônico-modernista-utópico que aborda as relações humanas com camadas de guitarras distorcidas, harmonias complexas e arranjos surpreendentes.
O Todo ao Redor do Meu Vazio é abrilhantado com as participações especiais de Ná Ozzetti, cantando em “Por um Triz“, e Leo Damasio (Maraquetê), que aparece em “Revirado” cantando e tocando alfaias, gonguês e xequerês, além de Anamaíra Spaggiari, parceira de Leandro, na faixa “Multidão“, onde declama dois trechos de autoria de Clarice Lispector.
Trovão Rocha Trio
Liderado pelo baixista Trovão Rocha, o grupo catarinense Trovão Rocha Trio acaba de lançar seu álbum de estreia, Sobre a Lua e os Passos. O projeto instrumental traz sinfonias experimentais e ritmos que dão frescor às melodias em uma atmosfera urbana e reflexiva.
Além de Trovão (baixo elétrico), a banda conta com Victor Bub (bateria) e Sebastian Cavallaro (sax alto), e traz influências de nomes como Lionel Loueke, Matt Garrison e Janek Gwizdala, além dos brasileiros Moacir Santos, Letieres Leite e Amaro Freitas.
As faixas do disco trazem a característica marcante do trio: o contrabaixo, que Trovão Rocha utiliza como instrumento harmônico. Sobre a Lua e os Passos ainda mergulha nas mais diversas culturas musicais envolventes que despertam sensações ao ouvinte. Falando sobre a realização de colocar o registro no mundo, o baixista celebra:
[…] Como grupo, acho fundamental para nós termos um registro, um cartão para quem ainda não conhece a gente, como uma foto sonora do que a gente já construiu naquele momento. Como compositor, fico pulando de saber que vou poder compartilhar minhas músicas, meu jeito de ver o mundo com mais pessoas.
Ouça abaixo!