Música

As 30 melhores músicas do Red Hot Chili Peppers

O TMDQA! assumiu a difícil missão de selecionar as 30 melhores músicas de toda a carreira do Red Hot Chili Peppers. Veja como ficou a nossa lista!

Red Hot Chili Peppers em 2021
Divulgação

Com uma das discografias mais vastas e interessantes de qualquer banda ativa, o Red Hot Chili Peppers é uma daquelas entidades da música universalmente aclamadas, que agradam todos os gostos seja com uma grande canção ou várias.

Tendo praticamente 250 músicas em seu catálogo, é uma tarefa quase impossível selecionar apenas uma fração disso para resumir a carreira dos Peppers.

De toda forma, o TMDQA! resolveu fazer uma viagem por toda a trajetória do grupo formado por Anthony KiedisFlea Chad Smith, passando também, claro, pela fase de cada um dos outros guitarristas que estiveram na formação do quarteto, de Hillel SlovakJosh Klinghoffer, incluindo John FruscianteDave Navarro, e culminando em uma lista com as 30 melhores músicas do grupo.

Veja a nossa seleção abaixo e aproveite para comentar conosco no Instagram e no Twitter: concorda? O que faltou?

“The Heavy Wing” (Unlimited Love, 2022)

Começamos a lista com uma escolha do álbum mais recente dos caras, o ótimo Unlimited Love. Aclamado pela grande maioria dos fãs da banda, o trabalho teve “The Heavy Wing” como um dos destaques, em especial pelo impacto sentido ao ouvir os vocais de Frusciante no refrão.

“Coffee Shop” (One Hot Minute, 1995)

“Coffee Shop” é, talvez, o momento em que Dave Navarro soa mais naturalmente como parte dos Peppers. O guitarrista do Jane’s Addiction, que participou apenas do disco One Hot Minute, se encaixa muito bem na faixa, que traz uma pitada de Hardcore, um quê do que bandas como o System Of A Down fariam no futuro e uma letra bem icônica.

“These Are the Ways” (Unlimited Love, 2022)

Lançada como single, “These Are the Ways” é um dos grandes destaques de Unlimited Love por trazer aquela sensação única que só os verdadeiros clássicos do Red Hot conseguem evocar. O refrão tem tudo para se transformar em marca registrada da banda com o tempo, enquanto os versos apostam em uma pegada um pouco diferente que funciona bem demais.

“Road Trippin'” (Californication, 1999)

Certamente uma das canções mais belas dos Peppers, “Road Trippin'” aposta na pegada acústica para trazer uma intimidade que poucas outras músicas, independente de qual banda estamos falando, conseguem trazer. Tudo isso também tem a ver com o clipe oficial, bastante intimista, e fazendo jus ao nome, é uma trilha sonora fantástica para ouvir na estrada.

“Sir Psycho Sexy” (Blood Sugar Sex Magik, 1991)

Considerado um dos maiores clássicos da banda, “Sir Psycho Sexy” explora o lado mais groovado da sonoridade dos Peppers e exibe toda a sintonia entre a parte instrumental do grupo. A faixa de Blood Sugar Sex Magik aposta em timbres marcantes para manter o ouvinte conectado durante todos os seus mais de 8 minutos, que passam muito mais rápido do que você imaginaria.

“Goodbye Angels” (The Getaway, 2016)

A primeira aparição de Josh Klinghoffer na lista vem com “Goodbye Angels”, que se tornou uma das preferidas dos fãs quando se fala da era do ex-guitarrista. Apostando em uma pegada mais alternativa em sua primeira parte, a faixa surpreende da melhor forma possível com o “solo” de baixo de Flea que leva o ouvinte para uma das seções de maior entrosamento de Klinghoffer com o grupo e finaliza a canção.

“Me and My Friends” (The Uplift Mofo Party Plan, 1987)

Voltando lá no passado, é hora de mostrar respeito pelo trabalho do saudoso Hillel Slovak, que dava o tom para a sonoridade dos Peppers em The Uplift Mofo Party Plan junto de Flea. Em “Me and My Friends”, o grupo segue a direção do Funk Rock em uma das suas melhores formas, criando um verdadeiro clássico que merece mais atenção.

“Did I Let You Know” (I’m with You, 2011)

Voltando para Josh Klinghoffer, é hora de entrarmos em I’m with You. Deixado de lado por muitos, o disco tem algumas preciosidades escondidas e uma delas é, sem dúvidas, a ótima “Did I Let You Know”. Apostando em um groove mais tropical que se conectou bem com o Brasil, a faixa explora direções novas muito bem, em especial com um solo de trompete maravilhoso do convidado Mike Bulger.

“Aquatic Mouth Dance” (Unlimited Love, 2022)

Outra grande presença em Unlimited Love é a incrível “Aquatic Mouth Dance”, que entra como a melhor música da obra por aqui. Apesar de ter tudo que faz com que uma música seja do Red Hot Chili Peppers, desde a linha de baixo groovada até a discreta e perfeita guitarra de Frusciante contracenando com a pegada única de Chad Smith, a faixa tem escolhas harmônicas e melódicas que levam o ouvinte por caminhos diferentes, em especial no refrão.

Isso tudo sem contar que a seção de sopro com Flea arrebentando no trompete é genial.

“Dark Necessities” (The Getaway, 2016)

Apesar de todas as críticas a Klinghoffer, é inegável que “Dark Necessities” já entrou para o grupo mais seleto das músicas dos Peppers. Talvez o foco em Flea e Chad para guiar a música tenha contribuído, mas a maestria de Josh para entender onde encaixar seus arranjos suaves e intrigantes é fundamental para criar o hit. Além disso, claro, não dá para deixar de ressaltar o refrão, um dos mais especiais da carreira do quarteto.

“Around the World” (Californication, 1999)

Um dos maiores clássicos da banda, “Around the World” traz logo de cara uma das introduções mais intensas da história do grupo. Em contraste a isso, tem um refrão inesquecível e grudento, que aposta em uma pegada mais leve, enquanto os versos equilibram tudo com muito groove. E, claro, não dá pra esquecer do “ding ding dong dong, ding ding dong, dong ding ding”…

“Venice Queen” (By the Way, 2002)

Uma das faixas mais subestimadas dos Peppers, “Venice Queen” tem um trabalho impecável de Frusciante na guitarra. Logo na introdução, o gênio do instrumento conversa consigo mesmo enquanto explora efeitos e timbres diferentes, até receber uma resposta da banda que pouco a pouco se encaixa e se transforma em uma unidade, abrindo caminho para a voz de Anthony Kiedis nos guiar por uma jornada maravilhosa de seis minutos, com direito a quebra de expectativa no meio do caminho para tornar tudo ainda melhor.

“Tell Me Baby” (Stadium Arcadium, 2006)

Atualmente penúltimo disco de John Frusciante com o grupo, Stadium Arcadium tem alguns grandes hits e “Tell Me Baby” é um deles. Talvez com uma sonoridade um pouco mais comercial do que o gosto de alguns permite aceitar, a faixa é um excelente exemplo de como o RHCP é capaz de unir todos os seus trejeitos e praticamente criar um hit intencionalmente sem cair em clichês e em uma fórmula repetitiva.

“Dani California” (Stadium Arcadium, 2006)

Da mesma forma que aconteceu com “Tell Me Baby”, é inquestionável que “Dani California” é um hit. É difícil saber se a música surgiu originalmente com essa intenção, mas o fato é que o Red Hot tem uma magia inexplicável que basta dar o play para sentir — afinal de contas, você logo estará dançando junto nos versos e batendo cabeça com o ótimo refrão, destaque da música.

Além de tudo, nem precisamos falar do clipe, né? Uma verdadeira viagem por várias décadas e estilos da música, com homenagens certeiras ao Rock And Roll, do Punk ao Heavy Metal.

“Dosed” (By the Way, 2002)

Outra canção injustamente esquecida por muitos, “Dosed” é mais um exemplo perfeito do alto nível no qual o RHCP estava durante By the Way. Ainda que o disco tenha produzido outros grandes hits, a canção tem novamente um trabalho impecável de conversa entre os músicos, enquanto Kiedis complementa tudo da melhor maneira possível. Vale destacar a forma encantadora com a qual a linha de baixo de Flea vai se encaixando e complementando a guitarra de Frusciante, tudo isso enquanto Chad garante que nada fique sem chão. Uma aula.

“The Zephyr Song” (By the Way, 2002)

As experimentações eletrônicas de John Frusciante são bastante conhecidas, mas não há lugar onde elas tenham encaixado mais perfeitamente do que em “The Zephyr Song”. A faixa usa esses elementos como base para criar uma pegada única, que não se repete nem mesmo dentro da carreira dos Peppers, além de aproveitar o minimalismo para criar um refrão inesquecível e belíssimo.

“Fortune Faded” (Greatest Hits, 2003)

“Escondida” em uma compilação de sucessos da banda, “Fortune Faded” é uma música pra lá de única. Um dos elementos mais especiais da canção é o fato de Flea tocar seu baixo com palhetas, como faz em pouquíssimas ocasiões. Ao fazê-lo por aqui, cria uma atmosfera diferente de tudo que estamos acostumados a ouvir sob o nome RHCP, e abre espaço para que Frusciante e Smith explorem a estética do Rock alternativo, o que é feito de uma forma espetacular.

“Stone Cold Bush” (Mother’s Milk, 1989)

Esquecido por alguns e amado por outros, Mother’s Milk é um disco intenso. Ainda que outros destaques como “Nobody Weird Like Me” e “Higher Ground” tenham ficado de fora — esta última exclusivamente por ser uma cover —, “Stone Cold Bush” representa muito bem o espírito da obra de 1989. Com riffs pesados, timbres barulhentos e uma velocidade que foi deixada de lado ao longo dos anos, a faixa ainda traz solos de baixo e guitarra para ninguém botar defeito.

“Breaking the Girl” (Blood Sugar Sex Magik, 1991)

Ouvir “Breaking the Girl” é algo que desperta um sentimento único. A faixa faz com que o ouvinte transite entre a melancolia, um aperto no coração, uma espécie de nostalgia e, ao mesmo tempo, traz uma sensação esperançosa, de uma maneira que fica difícil explicar o que torna essa faixa tão especial. Talvez seja justamente essa complexidade para entendê-la, que intriga e faz com que ela fique presa no repeat.

“Suck My Kiss” (Blood Sugar Sex Magik, 1991)

Prestes a entrar no Top 10, começa a ficar praticamente impossível ordenar as canções. De toda forma, “Suck My Kiss” aparece por aqui por ser inegavelmente um clássico da banda mas, ainda assim, não tem a mesma aclamação universal do que outros do mesmo grupo. Por outro lado, traz algumas das aventuras mais interessantes dos Peppers pela música alternativa, com forte influência das bandas contemporâneas como o próprio Jane’s Addiction.

“Soul to Squeeze” (trilha sonora de Coneheads, 1993)

“Soul to Squeeze” é um daqueles clássicos improváveis. Apesar de ter sido lançada originalmente como lado B, a faixa apareceu no filme Coneheads e despontou como uma das preferidas dos fãs. Uma possível explicação para isso é a notável assinatura de John Frusciante na canção e, na época em que ela explodiu, o guitarrista havia deixado o grupo. De uma forma ou de outra, o resultado é o mesmo: presença obrigatória em uma lista como essa.

“By the Way” (By the Way, 2002)

Você já deve estar cansado de ouvir essa explicação, mas não tem outra: é surreal o quanto os instrumentistas dos Peppers conseguem conversar nas músicas de By the Way, dando uma verdadeira aula de entrosamento musical. Na faixa-título do trabalho, isso acontece tanto no icônico começo, que também inspira o refrão, quanto no verso totalmente distinto, que conta ainda com a intensidade de Kiedis nos vocais para tornar tudo mais inesquecível. Não dá pra deixar de mencionar também os backing vocals que todo mundo canta junto no refrão!

“Snow (Hey Oh)” (Stadium Arcadium, 2006)

Meio baladinha, meio groovada, “Snow (Hey Oh)” é uma música acima de tudo única. A canção ganhou status de lendária no meio musical pela performance de John Frusciante, que toca tranquilamente durante quase toda a música uma parte de guitarra que ficou conhecida por sua alta dificuldade. Justamente por isso, mostra como é possível unir a extrema técnica com a composição de algo verdadeiramente agradável, surfando na mesma pegada de outros hits do Stadium Arcadium. Ah, e o Frusciante também canta enquanto tudo isso rola!

“Otherside” (Californication, 1999)

Para além de By the Way, “Otherside” é um dos grandes exemplos de como os músicos do RHCP conversam entre si musicalmente. Nesse caso, o grande charme está no fato de que as partes de Flea e Frusciante, quando ouvidas separadas, podem parecer que nunca se encaixariam. No entanto, em conjunto e com Smith segurando a base, criam a cama perfeita para os icônicos vocais de Anthony que fizeram a faixa se tornar um hit gigantesco.

“Aeroplane” (One Hot Minute, 1995)

Dave Navarro praticamente caiu de paraquedas no RHCP e, mesmo assim, conseguiu ajudar a criar uma das melhores músicas do grupo. “Aeroplane”, assim como muitas faixas de todas as épocas sem Frusciante, traz um foco em Flea para guiar o grupo enquanto Dave sabe a hora de ser discreto e a hora de aparecer, apostando nos vocais de Anthony para criar algo especial. O resultado fica ainda melhor quando, no final da música, temos a entrada do coral e um solo de baixo com cara de improviso que encanta até hoje.

“Give It Away” (Blood Sugar Sex Magik, 1991)

Com um dos clipes mais icônicos da história, “Give It Away” é a música que tem toda a essência dos Peppers. Ouvir os primeiros trabalhos da banda é fundamental para entender como eles chegaram a essa sonoridade, que levou o Funk Rock às massas de um jeito talvez totalmente inesperado: sem ceder para o tentador som comercial, se mantendo verdadeiros ao groove e à arte em que acreditavam. Aqui, vale demais destacar a bateria de Chad Smith, que aposta em uma sonoridade única e por vezes acaba esquecida graças ao trabalho impecável de John e Flea com suas partes, além do refrão marcante.

“Can’t Stop” (By the Way, 2002)

Pergunta e resposta: essa é a sensação durante praticamente toda a duração de “Can’t Stop”, graças, novamente, ao entrosamento entre os membros da banda. Se logo de cara John parece estar conversando consigo mesmo, a entrada das partes de Chad e Flea dá o tom para um diálogo musical que é guiado, dessa vez, por Anthony. A linha vocal reta, mesmo com as harmonias do backing vocal, é o que serve como pano de fundo para o papo entre os músicos, culminando no refrão que finalmente nos leva para um lugar catártico.

“Scar Tissue” (Californication, 1999)

O impacto de “Scar Tissue” na discografia dos Peppers é inquestionável. Primeiro single de Frusciante quando voltou à banda após sua primeira saída, a canção sem dúvida alguma levou os fãs a um lugar de conforto ao qual somente John consegue levá-los, em grande parte pela sintonia com os colegas de banda. E, claro, leva até hoje, sendo considerada uma das músicas mais bonitas dos caras. Difícil não se arrepiar com o solo do guitarrista!

“Californication” (Californication, 1999)

A faixa-título de Californication é mais um exemplo de como cada integrante dos Peppers se complementa. O inesquecível clipe, aliás, é uma metáfora perfeita para isso: cada um dos membros tem seu próprio conjunto de habilidades, suas características que inicialmente podem parecer paradoxais mas, com o tempo, se mostram fundamentais para que o grupo converse entre si. Aqui, também, é impossível não destacar a letra provocativa, que desafia a indústria de Hollywood trazendo referências a ela própria e a tudo que o final dos anos 90 representou.

Em tempo, se você sempre teve o sonho de jogar o jogo de Californication, saiba que um fã tornou isso possível! Clique aqui e confira.

“Under the Bridge” (Blood Sugar Sex Magik, 1991)

O primeiro lugar não poderia ser outro. Em “Under the Bridge”, todos os membros expõem seus lados mais vulneráveis e a sensação, como ouvinte, é de estar abraçando toda essa confusão de sentimentos que os membros da banda têm. Ao mesmo tempo, é também uma sensação de que as suas próprias confusões são abraçadas e compreendidas por estes músicos; mesmo que você não entenda uma palavra do que está sendo dito, a música faz seu papel enquanto linguagem universal e evoca essa percepção de que você encontrou alguém que se sente da mesma forma.