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Os 10 clipes mais bizarros dos Anos 2000

De Tenacious D a Aphex Twin, confira 10 clipes lançados nos Anos 2000 que chocaram por suas bizarrices, seja de forma ridícula ou assustadora.

Depeche Mode e os 10 clipes mais bizarros dos Anos 2000
Reprodução/YouTube

Ah, os Anos 2000! Uma época em que a tecnologia atingiu alguns níveis inesperados para muitos e possibilitou que muita gente perdesse o senso do ridículo, enquanto outros tentavam explorar os maiores avanços do momento de uma forma que, como praticamente tudo dessa década, não envelheceu tão bem assim.

É claro que não falamos isso em um tom pejorativo: a realidade é que trata-se de uma década onde a liberdade criativa foi levada ao máximo, com artistas e bandas tendo mais recursos do que nunca para fazer suas experimentações.

Infelizmente, o período em questão se encontra justamente no meio de tantas outras descobertas que deixaram muita coisa obsoleta, desde questões sociais até a própria tecnologia, que foi sendo substituída muito rapidamente por outras mais avançadas nos anos subsequentes.

Ainda assim, diversos produtos dessa geração são tratados como verdadeiras pérolas e, hoje, resolvemos revisitar 10 clipes que são um retrato bizarro do que aquela década representou. Desde momentos ridículos até experimentações verdadeiramente incômodas, acompanhe nossa lista a seguir!

Panic! At the Disco – “Lying Is the Most Fun a Girl Can Have Without Taking Her Clothes Off” (2005)

Grande sucesso do primeiro álbum do Panic! At the Disco, “Lying Is the Most Fun…” ganhou um clipe pra lá de esquisito. Nele, todo mundo usa um aquário na cabeça — com direito a peixes e tudo mais. Não chega a ficar claro o motivo disso, mas o casal que aparece morto está sem seus aquários, então…

Ludacris feat. Shawna – “Stand Up” (2003)

Lembra quando falamos que a tecnologia possibilitou algumas bizarrices nos Anos 2000? O clipe de “Stand Up” é um grande exemplo disso. Além de trazer animações datadas (que na época eram vistas como sensacionais), o vídeo usa alguns efeitos especiais que vão fazer qualquer um cair na risada hoje em dia — como por exemplo a hora em que um beijo de Ludacris faz o bumbum de uma mulher inflar.

The Darkness – “I Believe in a Thing Called Love” (2002)

É claro que a gente sabe que o The Darkness não se leva a sério e tudo que envolve os caras está sempre cercado de bom humor. Ainda assim, não tem como não dizer que o clipe de “I Believe in a Thing Called Love” não é bizarro pra caramba! No espaço, o grupo usa os efeitos mais toscos possíveis e até coloca o vocalista para ter uma interação sensual com um bicho peludo impossível de identificar. Um clássico!

Basement Jaxx – “Where’s Your Head At” (2001)

Mais um exemplo das bizarrices da tecnologia, o Basement Jaxx apostou em uma espécie bem primordial de deepfake para colocar rostos em macacos, que ficam mexendo em instrumentos. Ah, e vale ressaltar: o clipe começa com um músico (aparentemente) morto que revive e te dá uma olhada bem no fundo dos olhos.

Tenacious D – “Tribute” (2001)

É claro que sabemos que o Tenacious D não se leva a sério. Mas, se não ficou claro até agora, bizarro não significa ruim! A grande prova disso é o clipe de “Tribute”, um dos maiores clássicos daquela década ao colocar Jack Black e Kyle Gass para interagir com um demônio e criar várias cenas hilárias e inesquecíveis.

Depeche Mode – “Wrong” (2009)

Se você estava achando a lista muito leve até agora, vamos subir o nível. Pouco conhecido, o clipe de “Wrong” rendeu uma indicação ao Grammy para o Depeche Mode e é uma verdadeira obra de arte — a bizarrice, no entanto, é o próprio conceito. O vídeo começa normal, com um carro andando de ré pela cidade, mas aos poucos novos elementos vão sendo revelados e somos apresentados ao personagem principal: um homem usando uma máscara de látex no banco da frente.

Interpretado por Julian Gross, baterista do Liars, o homem acorda quando o carro bate e pouco a pouco vamos percebendo que ele está amarrado e possui um objeto na garganta, o que o impossibilita de desviar o veículo que causa mais acidentes, incluindo um atropelamento. Tensão do começo ao fim!

Health – “We Are Water” (2010)

Para combinar com seu Noise Rock intenso, o Health decidiu fazer um clipe pesadão para a música “We Are Water”. Ali, uma mulher ao melhor estilo dos filmes de terror B é perseguida por um assassino, mas uma reviravolta regada a muito sangue traz um clímax diferente ao bizarro — porém interessantíssimo — vídeo.

Ah, e antes que critiquem, a gente deu uma roubada aqui, sim: o clipe de “We Are Water” saiu em 2010, então vamos deixar vocês entrarem no eterno debate se o ano em questão faz parte da década de 2000 ou não. Em tempo, a música foi lançada em 2009… tá valendo?

Flying Lotus – “Parisian Goldfish” (2008)

Em “Parisian Goldfish”, o Flying Lotus basicamente resolveu fazer um clipe pornográfico; no vídeo dirigido por Eric Wareheim, parte da famosa dupla de comediantes Tim & Eric (responsável por diversas produções do canal Adult Swim), um casal aparece inicialmente dançando de maneiras esquisitas até que simplesmente começa a fazer sexo.

O vídeo mostra (quase) tudo, com algumas partes sendo substituídas por ilustrações psicodélicas que também são bem explícitas. Não à toa, o clipe não está disponível na íntegra pelo YouTube, mas você pode ver um trecho abaixo e assisti-lo completo no Vimeo.

Aphex Twin – “Rubber Johnny” (2005)

Famoso por seus clipes sempre bizarros, Aphex Twin atingiu um novo nível quando apareceu em “Rubber Johnny”. Apesar de não ser exatamente um clipe, a produção dirigida por Chris Cunningham conta com a faixa “Afx237 v.7” como trilha sonora.

Usando filmagem de infravermelho a la Atividade Paranormal, o clipe mostra uma figura deformada em um quarto todo sombrio acompanhado de um chihuahua e fazendo diversas coisas incômodas, incluindo cheirar cocaína e bater a cabeça. Além disso, faz bastante uso de zooms e cortes rápidos para deixar tudo o mais bizarro possível.

Dir en grey – “OBSCURE” (2003)

Os japoneses do Dir en grey são conhecidos na cena do Metal por sua sonoridade única e, também, pelas suas bizarrices. Não à toa, o vídeo de “OBSCURE” é uma escolha fácil para o primeiro lugar, trazendo diversos clichês do horror japonês — incluindo geishas sangrentas, tentáculos (ou seja lá o que for aquilo) saindo da boca de seres humanos e, claro, muito sangue, violência e uma dose de vômito para fechar com chave de ouro.

Ótimo pra mostrar pra família!