Um processo contra Marilyn Manson movido por sua ex-assistente pessoal foi arquivado, representando uma vitória judicial do cantor em meio às diversas acusações com as quais vem lidando.
Ashley Walters entrou com a ação em Maio do ano passado alegando que sofreu “abuso sexual, agressão e assédio” do músico entre 2010 e 2011, período em que trabalhou com ele.
Segundo informações da CBS News (via Metal Injection), o caso foi arquivado pelo juiz do Tribunal Superior de Los Angeles, Michael Stern, que apontou que Walters esperou muito tempo para entrar com o processo e não conseguiu provar por que o estatuto de limitações deveria ser ignorado nessa situação.
Stern ouviu o caso de Ashley Walters em Fevereiro deste ano e o rejeitou depois de determinar que a ex-assistente não havia apresentado provas suficientes para superar o estatuto de limitações.
O juiz permitiu que a acusadora apresentasse uma queixa alterada para ser novamente ouvida, mas agora o processo foi indeferido em definitivo.
Acusação contra Marilyn Manson
Walters acrescentou em sua ação alterada que ela não foi capaz de participar do novo documentário de Evan Rachel Wood, Phoenix Rising, devido a “um estado constante de medo de retribuição e retaliação”.
Como falamos anteriormente, além de contar sua história no documentário, Evan Rachel, que foi noiva de Marilyn Manson em 2010, aborda as acusações de abuso que fez contra o artista nos últimos anos. Ela chegou a alegar que foi “praticamente estuprada” durante uma gravação de um clipe do roqueiro, como te contamos aqui.
Sobre a decisão de arquivamento do processo, os advogados de Ashley Walters disseram em um comunicado à CBS:
Estamos profundamente desapontados com a decisão do tribunal hoje. Se for mantida, esta decisão limitaria drasticamente a capacidade das vítimas de abuso de obter justiça através do sistema legal. Nós claramente defendemos os fatos deste caso na denúncia detalhando o trauma e abuso que Ashley sofreu, o que a impediu de se apresentar mais cedo.
Enquanto o tribunal baseou sua decisão na pontualidade das reivindicações de Ashley e não no mérito, discordamos da interpretação do tribunal da lei no que se refere à preclusão equitativa e ao atraso na apresentação de reivindicações de abuso. Continuamos confiantes de que uma revisão completa dos fatos neste caso resultará em um recurso bem sucedido, que planejamos apresentar.
Ashley também se pronunciou sobre a decisão através de um comunicado:
Ninguém pode escolher exatamente como processar abusos ou ameaças. Estou desanimada com a decisão do tribunal hoje, não apenas pelo meu caso, mas pela mensagem que envia a outras sobreviventes tentando equilibrar como processam o abuso com prazos arbitrários do tribunal. Não vamos deixar que esse obstáculo nos impeça de esclarecer o que aconteceu comigo e com as outras.
Marilyn Manson ainda enfrenta processos de diversas outras mulheres, incluindo a atriz Esme Bianco, que está acusando o músico de estupro e tráfico humano, e também a modelo Ashley Morgan Smithline, que alega cárcere privado e estupro.