É, a tatuagem da Anitta foi longe!
Nos últimos dias um dos assuntos mais quentes da música brasileira tem sido os cachês pagos por prefeituras Brasil afora a músicos populares, principalmente aqueles ligados ao sertanejo.
É sempre importante lembrar que não há nada de errado no fato de prefeituras contratarem artistas para as suas apresentações, mas o debate foi aquecido por causa de valores e formatos de pagamento como os da cidade de Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais.
Cancelamento de Gusttavo Lima e Bruno & Marrone
Após polêmica, prefeito de Conceição do Mato Dentro cancela show de Gusttavo Lima que custaria mais de R$ 1 milhão.
“Tentaram envolver a cidade em questões eleitorais”, justificou José Fernando Aparecido, que também cancelou a participação de Bruno & Marrone. pic.twitter.com/saZHio49eH
— Metrópoles (@Metropoles) May 29, 2022
Como te contamos por aqui, a cidade do interior de Minas Gerais, que tem menos de 20 mil habitantes, havia contratado artistas para a programação da 30ª Cavalgada do Senhor Bom Jesus.
No line-up, estavam Gusttavo Lima e Bruno & Marrone, e as duas apresentações acabaram de ser canceladas.
Só a performance do cantor sertanejo iria custar 1.2 milhão de reais à prefeitura, e a gente te mostrou como uma reportagem da Folha de São Paulo apurou que esse dinheiro deveria ser destinado apenas e exclusivamente às áreas da Saúde, Educação, Infraestrutura e Meio Ambiente.
Agora, o prefeito da cidade, José Fernando Aparecido de Oliveira, disse que os shows estão cancelados porque a festa “foi envolvida em uma guerra político-partidária”.
Como você pode ver no vídeo acima, ele primeiro fala em cancelamento e depois cita um “adiamento” da ida do “Embaixador” (apelido de Gusttavo Lima) à cidade, bem como a visita da dupla Bruno & Marrone.
Zé Neto e Cristiano
Vale lembrar que há alguns dias o sertanejo Zé Neto utilizou uma apresentação da dupla para provocar a cantora Anitta, dizendo que “não precisava fazer tatuagem no toba” para mostrar que estava “bem ou mal”.
Na mesma ocasião, ele ainda falou que é um artista que “não depende da Lei Rouanet”.
Desde então, a indústria da música sertaneja e o circuito dos shows bancados por prefeituras passaram a ser olhados de perto não apenas por Anitta e seus seguidores, mas pelas autoridades.
Ao que tudo indica, a provocação gratuita contra uma das maiores artistas brasileiras da atualidade, aqui e lá fora, acabou custando caro para o cantor.