Nos últimos dias, Dom Phillips tem sido um dos assuntos mais comentados do Brasil por conta de seu desaparecimento na região da Amazônia.
Junto com o indigenista Bruno Araújo Pereira, o britânico fazia uma viagem pelo Vale do Javari para visitar uma comunidade local, mas os dois foram vistos pela última vez no dia 5 de Abril. Foi nesta semana, entretanto, que as buscas ganharam força após apelos de colegas de profissão, familiares e famosos, inclusive apontando para as ameaças que a dupla vinha recebendo por conta de seu trabalho.
O Brasil organizou uma força-tarefa que vem tentando encontrar o jornalista e, se ainda não há informações sobre seu paradeiro, o g1 conta que houve uma prisão relacionada ao caso devido à “possível material genético” na lancha de Amarildo da Costa de Oliveira, que foi flagrado com drogas e munição no momento da abordagem.
Em meio a tudo isso, no entanto, iniciou-se nesta quinta-feira (9) uma vigília em Londres para pedir o retorno seguro de ambos. O inglês movimentou um considerável número de pessoas pois, além da importância de seu trabalho jornalístico na América do Sul, já era bastante conhecido por lá graças à sua relação com a música eletrônica.
Dom Phillips e a música eletrônica
Antes de vir ao Brasil, Dom Phillips trabalhou com música por diversos anos e chegou a ser editor da Mixmag, uma das publicações mais importantes do Reino Unido quando o assunto é música eletrônica/dance music.
De acordo com o próprio portal, Phillips também ganhou fama nesse cenário por ser autor do livro Superstar DJs Here We Go!: A Ascensão e Queda do Superstar, que tem seu título inspirado em uma música do The Chemical Brothers.
Ainda de acordo com o site que Dom trabalhava, quem organizou o movimento de vigília foi um amigo do jornalista, Frank Tope. Em seu pedido, ele ressaltou o papel fundamental do colega na música e também:
Como editor da Mixmag durante o pico da música eletrônica nos anos 90, Dom Phillips foi uma figura fundamental na ‘dance music’ do Reino Unido, e um amigo e mentor para mim e todos os outros jovens jornalistas, fotógrafos e designers, sem esquecer dos DJs, produtores, promotores e muito mais aos quais deu uma chance e ajudou durante várias jornadas pela música e mídia.
A vigília está acontecendo em frente à Embaixada Brasileira em Londres, com os presentes reforçando o pedido para que o governo nacional faça mais esforços para encontrar a dupla por enxergar que há, ainda, um certo descaso com a busca.
Desejamos que Dom seja encontrado o mais rápido possível e que todas as pessoas afetadas pela situação possam encontrar conforto.