Rage Against the Machine doa quase R$2,5 milhões a ONGs que lutam pelo direito ao aborto

O Rage Against the Machine resolveu doar quase R$2,5 milhões do lucro de sua atual turnê para ajudar a garantir o direito da mulher ao aborto nos EUA.

Rage Against the Machine
Rage Against the Machine

Na última sexta-feira (24), a Suprema Corte americana decidiu revogar a lei federal que garantia há quase 40 anos o direito de qualquer mulher a abortar dentro de todo o território dos Estados Unidos.

Desde então, diversas celebridades e nomes do entretenimento vêm se manifestando contra essa arbitrariedade. Um deles é o Rage Against the Machine, que usou a oportunidade para doar US$475 mil (cerca de R$2,4 milhões) do lucro de sua atual turnê para ONGs que apoiam direitos reprodutivos.

Publicidade
Publicidade

Com a revogação da lei conhecida como Roe vs. Wade, cada estado americano pode decidir como vai tratar o tema do aborto, permitindo o procedimento ou não.

Em comunicado oficial, o RATM falou sobre a decisão da Suprema Corte e disse que ajudaria entidades localizadas em Wisconsin e Illinois (via Igor Miranda):

Estamos enojados pela derrubada de Roe vs. Wade e o impacto devastador que isso vai ter em dezenas de milhões de pessoas. Mais da metade do país (26 estados) está inclinado a banir ou restringir seriamente o aborto muito em breve, se não imediatamente, o que terá um impacto desproporcional nos pobres, na classe trabalhadora e nas comunidades BIPOC [sigla usada para descrever pessoas negras, indígenas ou ‘de cor’] não documentadas. Até agora, nossos fãs levantaram US$475 mil pela venda de nossos ingressos de caridade em Alpine Valley e no United Center. Nós estamos doando esse dinheiro para organizações de direitos reprodutivos em Wisconsin e Illinois. Como as muitas mulheres que organizaram sofisticados meios de resistência para desafiar esses ataques à nossa liberdade reprodutiva coletiva, precisamos continuar a resistir.

Necessário, né?

Lei Roe vs. Wade e o direito ao aborto legal

A lei federal que vigorava nos EUA remete ao caso Roe vs. Wade, que ocorreu em 1973 e passou a assegurar o respeito à vida privada garantido pela Constituição e que resguardava o direito das mulheres ao aborto legal.

De acordo com o G1, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou o novo entendimento da Suprema Corte, chamando a decisão de “ideologia extremista”. O mandatário ainda disse que fará tudo o que estiver a seu alcance para “proteger a saúde das mulheres”, além de pedir protestos pacíficos.

Cantoras como Olivia Rodrigo e Lorde reagem

Artistas como Olivia Rodrigo e Lorde já haviam se posicionado no início de Maio contra a derrubada da lei Roe vs. Wade antes mesmo da decisão se concretizar.

A dona de hits como “drivers license” usou sua apresentação em Washington, capital do país, para protestar contra a possível queda da jurisprudência que legaliza o aborto.

Na mesma semana, Lorde aproveitou o contato com seu público em Los Angeles para revelar que estava enjoada e de coração partido com a chance do país encarar este retrocesso no direito das mulheres.

Phoebe Bridgers revelou recentemente em suas redes sociais que precisou abortar em Outubro do ano passado enquanto estava em turnê. Na ocasião, ela pediu aos fãs doações para a causa.

Outras artistas que se envolveram com a questão foram a lenda da música Pop Cher e a icônica vocalista do ParamoreHayley Williams, que escreveu um texto impactante com seu posicionamento.

LEIA TAMBÉM: De arrepiar! Rage Against the Machine posta vídeo de ensaio para turnê de reunião

Sair da versão mobile