Será Só Aos Ares, o novo álbum da banda curitibana MULAMBA, já está entre nós!
No registro, que chega pelo selo PWR Records, o grupo apresenta um outro lado da sua sonoridade, incorporando elementos que vão da música brasileira à potência do rock que guiou seu primeiro e aclamado disco homônimo.
Desde sempre cantando as complexidades e as lutas do cotidiano, agora, o segundo trabalho amadurece estética e sonoramente a canção de artistas que têm muito a dizer e fazem da sua arte uma oportunidade de provocar e resistir.
O voo da MULAMBA
Será Só Aos Ares é um respiro. O novo álbum de inéditas da MULAMBA surge a partir de fluxos internos, ao entender a importância de olhar para si, redescobrir as próprias raízes e se permitir descansar.
Segundo a banda, a proposta é perceber a leveza e o deslocamento que o ar propicia. Esse conceito reflete também no título do trabalho, que é um palíndromo — uma palavra ou frase que mantém o mesmo sentido quando lida de trás pra frente.
É uma libertação que estamos tentando alcançar ao fazer música. É a música feita com tempo, que acontece quando olhamos para dentro e nos permitimos ouvir o silêncio enquanto todo mundo espera o nosso grito.
Embora busque a calmaria em um mergulho interno, MULAMBA faz de suas canções um manifesto. Sem pedir licença para cantar seu prazer, elas também se despedem dos relacionamentos tóxicos, denunciam a falta de acesso à saúde, a prece materna que teme o destino dos filhos num país violento, a morte das florestas, dos animais e do povo indígena e a perseguição a quem ousa questionar os padrões. Sem deixar de abordar as lutas diárias, o grupo convida a respirar para alçar novos voos.
Será Só Aos Ares
Com 12 faixas, incluindo os singles de divulgação “Bença” e “Lascívia” e a faixa-bônus “Dandara“, o disco traz participações especiais de artistas renomados e expoentes da nova safra nacional, como Luedji Luna, BNegão, Kaê Guajajara, MEL (ex-Banda Uó), Caramelows e Agnes.
Será Só Aos Ares expressa identidades musicais diferentes, trazendo uma presença mais marcante de ritmos brasileiros. A concepção foi influenciada por diversas manifestações culturais originadas na diáspora africana. A intenção foi propor um resgate estético, revisitando a sonoridade das décadas de 1990 e 2000 e somando linguagens contemporâneas.
Além da estabilidade do orgânico, das peles, das cordas, dos instrumentos de sopro e da voz, a banda abraça os elementos eletrônicos com os beats, os synths, os efeitos e as texturas sintéticas. A obra tem produção musical assinada por Érica Silva e Leo Gumiero.