Como te contamos aqui, Corey Taylor falou recentemente sobre as inspirações para compor o single “The Dying Song (Time To Sing)”, que fará parte do próximo álbum do Slipknot, The End, So Far.
Dessa vez, em entrevista para a Kerrang!, Taylor aproveitou a oportunidade para afirmar que não entende artistas que não escutam a própria música. No papo, o vocalista deixou claro que tem dado bastante atenção ao material atual de seu grupo e questionou quem espera crescer sem nem ao menos saber de onde está vindo (via MetalInjection):
Isso é algo que eu sei que muitos artistas jamais vão admitir – tipo, ‘Ah, eu não escuto minha própria música’. Como você pode saber para onde ir se você não sabe de onde está vindo? Se você simplesmente ignora a porra da sua própria arte, então, você é um baita cuzão — você é uma vaca pretensiosa que não consegue sair do próprio caminho. E está tudo bem — porque depois eles apenas me irritam e eu faço que faço [risos].
Na sequência, Corey falou sobre seu desenvolvimento como artista ao longo da carreira e a relação com os outros integrantes do Slipknot:
Eu disse desde o primeiro dia: se eu não quero fazer, eu não vou fazer. A coisa que eu faço, eu só faço porque eu sou apaixonado. E eu só sou bom no que eu faço porque me inspiro na música da qual eu sou sortudo o suficiente por fazer parte. Então, é uma vergonha que eu tenha demorado esse tempo todo para realmente dizer a eles o quanto eu amo a música que a gente faz — mas antes tarde do que nunca. É radical que, após todo esse tempo, nós ainda somos fãs uns dos outros. Nós ainda pegamos no pé um do outro, não me entenda mal, e nós ainda somos babacas! Mas, ao mesmo tempo, não existe outro grupo de pessoas que eu preferiria estar junto no palco para fazer essa porra de música, cara.
Curiosamente, a declaração de Taylor parece ter dado alguma esperança aos fãs que vêm especulando que o próximo álbum — cujo título se traduz para “O Fim, Por Enquanto” — pode ser o último da banda. Ou será que a fala já vem em tom de despedida?
Corey Taylor e a falta de esperança na humanidade
Ainda na entrevista para a Kerrang!, Taylor reforçou sua opinião pessimista sobre a sociedade e os seres humanos em geral:
Eu acho que, se eu fosse mais novo, eu acreditaria, sim, em algo como a esperança. Eu teria esse tipo de otimismo [risos], mas eu tenho visto ondas dessa merda há 30 anos, e eu não estou impressionado. O triste é que é preciso acontecer uma tragédia real para que haja alguma mudança real, porque nós não somos uma espécie proativa. Nós preferimos fechar a porta depois que a casa já está pegando fogo. Eu apenas estou acostumado a esse ponto.
Errado não tá!
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