TMDQA! Entrevista: James LaBrie fala sobre shows no Brasil, os desafios do setlist perfeito e a longevidade do Dream Theater

Em entrevista exclusiva ao TMDQA!, o vocalista James LaBrie fala em detalhes sobre a vinda do Dream Theater ao Brasil e sobre toda a carreira da banda.

Dream Theater
Foto por Rayon Richards

Daqui pouco mais de um mês, o Dream Theater irá desembarcar novamente em solo brasileiro para dois shows no país.

Dessa vez, no entanto, o grupo traz na bagagem o disco A View From the Top of the World, lançado em 2021, que representou um marco. Considerado por muitos como o melhor trabalho do grupo desde a troca de Mike Portnoy por Mike Mangini na bateria, o álbum parece estabelecer de uma vez por todas que a formação atual é mais do que capaz de criar ótimas músicas.

Publicidade
Publicidade

Com faixas como “Answering the Call” e “Awaken the Master” entre os destaques, A View From the Top of the World dá nome à Top of the World Tour e promete fazer barulho na vinda ao país, que incluirá a estreia do grupo no Rock in Rio.

Continua após o vídeo

Antes de fechar a primeira noite do festival carioca em 2 de Setembro para um público enorme, no entanto, o Dream Theater ainda passará por São Paulo com uma apresentação solo em 31 de Agosto. Os ingressos estão disponíveis aqui.

Abaixo, você pode conferir na íntegra uma entrevista com o vocalista James LaBrie, que relembrou o processo de composição do novo álbum e falou sobre carreira, expectativas quanto ao show no Brasil e muito mais!

TMDQA! Entrevista James LaBrie (Dream Theater)

TMDQA!: Oi, James! Como você está? Eu sou o Felipe, e o nome do nosso site é Tenho Mais Discos Que Amigos…

James LaBrie: É, provavelmente é o caso da maioria das pessoas. [risos] Pelo menos temos a música. Estou bem por aqui!

TMDQA!: [risos] James, é um prazer estar falando com você. Curiosamente, o primeiro show que fui na vida foi do Dream Theater!

James: Uau! Quando foi isso?

TMDQA!: Foi em 2005, se não me engano, na turnê em que vocês tocaram o Scenes From a Memory na íntegra.

James: Nossa, faz um tempo.

TMDQA!: Sim! Mas, enfim, vamos começar a entrevista, né? Eu queria abrir falando sobre o novo disco, que pra mim é o melhor desde que o Mike Mangini assumiu a bateria. Sinto que desde que ele entrou na banda, o Dream Theater passa por uma evolução constante e isso passa muito pela química entre vocês se desenvolvendo melhor. Você acha isso? As contribuições dele têm ficado mais interessantes?

James: Sim, definitivamente. Eu acho que quando nós começamos a fazer o Distance Over Time, o Mike começou a ficar muito mais envolvido e acho que é algo que se traduz muito bem quando você ouve o jeito dele tocar. Acho que estamos ouvindo mais de quem e o que o Mike Mangini é, não só como um compositor que contribui mas também com seu eu verdadeiro enquanto baterista — e um baterista excepcional, inclusive.

Não preciso nem falar, ele é um dos melhores que estão por aí. Mas, enfim, eu acho que com o Distance Over Time e com A View From the Top of the World, você está ouvindo exatamente como o Mike é, interpretando as músicas como um “instrumentalista”, um baterista. E não só isso, ele está presente ali e ele está contribuindo tantas de suas ideias quando estamos compondo as músicas.

E isso não é pra tirar o crédito dele do disco homônimo ou do A Dramatic Turn of Events ou, sabe, do The Astonishing. Eu acho que, sim, conforme o tempo vem passando — sabe, talvez às vezes leva um pouco de tempo para as pessoas realmente serem capazes de encontrar o próprio nicho. E digo no sentido de encontrá-lo completamente, porque o nicho dele estava ali desde o começo, mas eu acho que está muito mais evidente, como você falou, nos dois últimos álbuns.

TMDQA!: Sim! E falando sobre o resto de vocês, vocês estão há tanto tempo juntos. Como é a química hoje dia? Ou, melhor dizendo, como vocês conseguem evitar de fazer tudo no “automático” — vocês continuam sendo bons amigos, coisas do tipo, e isso resulta em mais fluidez na criatividade?

James: Não, a gente não é amigo porque a gente não aguenta mais um ao outro. [risos] Não, estou brincando. Bom, a questão é que, eu acho que desde a concepção do Dream Theater até o presente, a gente nunca esteve sem ideias — aliás, geralmente a gente tem muito mais ideias do que somos capazes de colocar em um álbum. Então, sabe, isso é uma situação extremamente fortuita pra nós, porque quando chega a hora de sentar junto e coletivamente começar a plantar as sementes das músicas novas, não rola aquela coisa de, “Oh meu Deus, eu estou com bloqueio criativo, o que diabos vamos fazer aqui?”.

Eu acho que, sabe, em primeiro lugar, nós começamos tudo sempre com discussões no sentido do que achamos que esse disco virá a ser ou qual queremos que seja a direção que iremos musicalmente falando. E aí a partir disso a gente pode, sabe, começar a entender o que é que parece melhor pra nós, comunicar de acordo com aquele objetivo ou com aquela direção de forma geral.

TMDQA!: Eu lembro de ler que esse disco foi a primeira vez que você e o John Petrucci estiveram no estúdio fisicamente juntos em um bom tempo. Como essas coisas afetam o disco?

James: Sim, eu e o Petrucci estivemos juntos pela primeira vez em um bom tempo para gravar os meus vocais. Eu acho que isso não acontecia desde o Black Clouds & Silver Linings; na verdade, no entanto, nós nunca estivemos juntos na mesma sala — eu estou na sala dos vocais e ele fica na sala de controle. Mas a gente não tinha feito isso desde o Black Clouds e foi ótimo.

Sabe, pra mim foi simplesmente legal porque nós nos divertimos bastante e a gente podia ajustar as coisas naquele momento. Você consegue fazer isso hoje em dia também, se eu estivesse gravando aqui no estúdio na minha casa, que é onde eu gravei o Black Clouds e também o [disco solo] Beautiful Shade of Grey; é fácil de fazer via Zoom, como estamos fazendo agora, ou Skype ou qualquer outra coisa do tipo. A gente também pode alterar as coisas em tempo real desse jeito, mas foi ótimo estar em carne e osso, por assim dizer.

E aí a partir disso passar pelo álbum e nos divertirmos e brincarmos um com o outro, sabe, dividir algumas refeições e todas essas coisas que acompanham o “estar no estúdio”. E foi ótimo ter aquela sensação de que meio que todo o ambiente estava dedicado a isso: “Ok, estamos aqui, estamos juntos. Vamos fazer isso. Vamos fazer acontecer. E vamos chutar bundas”. Foi ótimo, foi legal.

TMDQA!: Eu estou rindo um pouco aqui porque agora há pouco você falou de “bloqueio criativo” e eu acho hilário que vocês tenham tantas ideias a ponto de literalmente ter uma música sobre… bloqueio criativo! [risos] Até isso vocês transformam em música.

[Nota: a música em questão é “Wither”, do Black Clouds & Silver Linings]

James: [risos] É, e eu acho que é o tipo de coisa que não importa! Há tantas discussões acontecendo, tantas até mesmo na sala quando estamos compondo. Alguém vira e fala, “Ei, espera um pouco, eu tive essa ideia”, ou alguém está mexendo e se inspirando nas ideias de outra pessoa. Então, é simplesmente uma constante.

Eu já disse algumas vezes, várias, várias vezes, que o nosso processo é muito prolífico; quando a gente senta de fato e começa a pensar em criar algo novo… Eu acho que a parte mais importante disso é que tudo tem que sentir que pertence ao mesmo lugar. Então estamos sempre pensando, sabe, no panorama geral. Não precisa ser um álbum conceitual, é só o que faz sentido geral. Mesmo que cada música seja uma entidade própria com significados próprios, eu acho que ao mesmo tempo tem que sentir que tudo tem um grau de relevância e que é algo do agora, sabe, é algo que representa o período do tempo em que estávamos.

E esse era meio que o tipo de álbum que queríamos escrever. E isso definitivamente fica visível porque ele é coeso do começo ao fim, todas as músicas se pertencem entre si.

TMDQA!: Sim. E uma grande indicação disso, pra mim, é que as capas do Dream Theater estão sempre muito ligadas ao álbum. Dá pra entender, pelo menos um pouco, o que você vai ouvir mesmo antes de ouvir.

James: Sabe, eu acho isso ótimo. Quando eu estava crescendo e ouvindo meus artista preferidos, essa era uma grande parte do relacionamento que você tinha com aquela banda em particular; era a primeira coisa que você via nos álbuns, que eram LPs, discos de vinil e tudo mais. A arte era muito mais visível, e você podia ler todos os detalhes porque tudo era muito maior.

Você não precisava pegar uma lupa pra ficar tipo, “Que coisinha pequena é essa aqui?”. Era tudo apenas visível, e aí você podia ficar lendo as letras. E, como você disse, o aspecto visual do álbum era bem aparente, você conseguia ter uma sensação imediata do que seria aquilo: “Ah, eu vejo pra onde isso pode ir”. Então, isso é sempre legal, a arte das capas é extremamente importante — pra maioria dos artistas, eu acho. Se alguém não acha, é uma infelicidade.

Mas eu acredito que praticamente todos os artistas estão bem envolvidos em qual vai ser a mensagem da capa, sabe, o que está sendo comunicado ali? Qual é a mensagem? E especialmente com uma banda como o Dream Theater, isso sempre foi uma grande parte de quem nós somos. Não só na arte do álbum, mas quando você nos vê ao vivo, o design da iluminação e os visuais que ficam rolando nos telões… São coisas que trazem algo um pouco mais profundo em relação ao que as músicas estão tentando comunicar ou a mensagem por trás delas.

TMDQA!: Sim! Eu estive também da última vez que vocês vieram pra Brasília e não poderia concordar mais. Bom, queria falar uma coisa bem sincera aqui: vocês são uma banda de música progressiva e, sendo honesto, vocês tinham toda a chance do mundo de não ter o sucesso que têm. As músicas não são comerciais, mas vocês sempre deram um jeito de fazer acontecer, e isso acaba virando recurso para, por exemplo, vocês terem um estúdio próprio em Nova York. O quanto você acha que esse sucesso contribui pra longevidade do Dream Theater? Seria possível continuar ativo por tanto tempo sem esse sucesso de certa forma inesperado?

James: Bom, eu acho que o objetivo de todo artista é esse, né? Mas uma coisa é você assinar o seu primeiro contrato com uma grande gravadora, outra coisa é você mantê-lo. Isso é uma coisa que eu sempre falo para os artistas que falam, tipo, “Nós finalmente assinamos um contrato!”. Como eu disse, isso é ótimo, aproveite bastante isso, mas entenda que é ali que o verdadeiro trabalho começa. Você precisa se manter no jogo pelo máximo de tempo possível.

Você precisa se manter relevante para cada um dos seus fãs e crescer, sabe, e expandir, cultivar, evoluir enquanto artista e enquanto grupo. Então, não importa o que seja, a cada álbum que você lança você está criando um público maior, você está criando mais sucesso. E isso é realmente o que te dá longevidade nessa indústria: você manter essa relevância para os seus fãs e ir além desse círculo. É isso que te dá uma carreira, certo?

Então, pra nós, eu acho engraçado porque — deixa eu voltar um pouquinho na sua pergunta. Você diz que, de certa forma, a gente nunca foi uma entidade comercial, viável nesse sentido. Mas ao mesmo tempo, quando eu ouço uma música como “I Walk Beside You” ou “A Rite of Passage” ou qualquer coisa assim, há tantos exemplos que eu acho que poderiam ser perfeitos, mesmo “Wither” — enfim, muitas, muitas músicas que eu acho que estão no nosso catálogo e que se tivessem sido lançadas sob outro nome que não o do Dream Theater, talvez alguém teria dito, [fazendo voz engraçada] “Ohh, essa é uma banda que soa interessante! Quem são eles?”, sabe?

Mas eu acho que o fato das pessoas saberem isso, elas concluem de cara o que é ou o que não é por conta do nome da banda. Sabe, “Ah, espera um minuto, eles são essa banda de Metal Progressivo e eles são bizarros e os compassos deles vão te colocar em um hospital psiquiátrico!”. [risos] Não, sabe? A gente tem algumas músicas que são mais retas, e com essa intenção você pode abraçá-las e absorvê-las da mesma forma que você faria com uma música do Coldplay ou do U2, do OneRepublic ou seja lá quem for.

Então, sabe, essas músicas de fato existem dentro do catálogo do Dream Theater. Mas acho que sempre há essa noção pré-concebida de que, “Ah, eu não consigo entender essa banda”. Bom, é o que é.

TMDQA!: Eu concordo bastante com isso. Já mostrei algumas dessas pra outras pessoas sem falar que eram de vocês e as respostas foram bem surpreendentes! E, bom, um pouco nesse sentido… Vocês vão tocar no Rock in Rio e, como você já deve estar sabendo, vocês vão tocar depois do Iron Maiden…

James: É, a gente já teve umas situações assim antes. Tipo, todo mundo sabe. É o Iron Maiden que é o headliner da noite, e aí o Dream Theater entra depois. A gente já teve umas situações assim no passado, onde nós éramos os headliners e entrávamos logo antes da última banda, então, enfim, tanto faz. É a forma como os produtores arranjaram isso para esse festival em particular.

Cara, eu vou só seguir o fluxo. Eu não ligo pra isso desde que a gente possa chegar lá, chutar bundas e se divertir. E fazer um show marcante para os nossos fãs e além — para as pessoas que, sabe, estão no público que vão ficar falando, “Ah, eu já ouvi falar desses caras mas eu não os conheço tão bem assim”. É meio que sobre isso que são os festivais, né? Você está dando um passo a frente e dizendo, “Ei, é muito bom ver nossos fãs por ali”. Mas além disso, é legal que haverá dezenas de milhares de pessoas — talvez não tanto assim — que vão ficar tipo, “Uau, é, eu ouvi falar desses caras mas nunca tinha escutado. E agora que eu os escutei, uau, isso é bem legal e eu vou começar a ouvir mais deles e ir pra outros shows”. É tudo sobre isso, né?

TMDQA!: Com certeza. Quando você pensa em um show como esse, tão grande quanto o Rock in Rio, você ainda tem aquele frio na barriga que você tinha lá no começo? Ou já se acostumou com esse tipo de situação?

James: Eu acho que se você não tem isso, você está morto. [risos] Eu realmente acho. Eu acho que qualquer ser humano, quando você vai fazer qualquer show, na verdade, você deve sentir aquele, sabe, raio de corrente elétrica e poder passando pelo seu sistema inteiro, te deixando empolgado e preparado para aquele show.

Eu não acho que tenha que ser algo que vai te deixar totalmente nervoso, tipo, “Ai meu Deus, o que eu vou fazer?”, sabe?  Eu acho que é se sentir preenchido por energia pura, adrenalina e o espírito e a alma de que você quer só estar ali na frente dos seus fãs e se divertir muito.

Acho que algumas pessoas vão dizer que, “Ah, eu fico me tremendo todo”. E, bom, eu tenho aquela coisa das borboletas no estômago e tudo mais. E eu me sinto um pouco… Não é ansioso, mas eu acho que certamente alguns artistas sentem sim essa ansiedade, mas acho que na maior parte dos casos, uma vez que você entra no palco, uma vez que você ouve os primeiros acordes sendo tocados, e aí eu estou cantando as primeiras notas… É como se tudo se juntasse.

E é uma coisa meio, “Ok, a gente faz isso há trinta e poucos anos, vamos só nos divertir. Vamos celebrar. E vamos ser gratos por estarmos aqui em cima nos divertindo, vamos olhar para as dezenas de milhares de pessoas aqui na frente cantando junto da gente e se divertindo muito”. Eu acho que isso, como eu disse… Se você não tem essa injeção de adrenalina e empolgação, ou até um certo grau de nervoso, então talvez seja melhor ir ao médico pra ver se você ainda existe. [risos]

TMDQA!: Entendo! [risos] O Brasil tem sido uma bela casa pra vocês nesses anos todos, né? Você tem alguma memória preferida das suas passagens por aqui?

James: Sim, todas as vezes são increiveis! Eu não saberia dizer se teve alguma coisa específica no Brasil mas o fato é que onde quer que tenhamos tocado, os fãs sempre foram absolutamente brilhantes. Eles são tão receptivos, tão enérgicos, eles cantam junto com todas as músicas e se envolvem em cada aspecto do show, mostram o entusiasmo e empolgação na forma como eles agem. É tipo, sempre muito animados, muito vocais, sorrisos de orelha a orelha. Sabe, o que mais eu posso pedir deles?

Há tanta energia que a gente recebe dos nossos fãs sempre que estivemos por aí. Então, eu não sou capaz de dizer, “Ah, essa vez foi melhor do que aquela ou vice-versa”. Porque tanto faz. Eu acho que é algo que sempre foi constantemente emocionante pra gente. Toda vez que nós descemos até aí — e estamos bem empolgados para voltar em Setembro! Ou, enfim, 31 de Agosto na verdade estaremos em São Paulo, e aí há mais alguns shows em Setembro. Estamos bem ansiosos por isso.

TMDQA!: Também estamos! Pra fechar, já que estamos falando dos shows, vocês têm um novo álbum e há definitivamente músicas que precisam ser adicionadas ao setlist. Com tantas músicas na carreira, e tantas tão longas, é difícil demais montar um setlist, né? Tem alguma música que vocês não tocam há algum tempo que vocês estão tentando incluir no setlist de agora ou têm vontade de incluir no futuro?

James: Nossa, provavelmente há várias. Há várias músicas. Acho que, primeiramente, sempre que estamos montando um setlist a gente pensa em alguma coisa que não é tocada há algum tempo. Qual dessas é algo que nossos fãs vão curtir e dizer, “Uau, é tão legal que eles tocaram essa, que essa entrou no setlist, eu não ouvia essa música há tanto tempo e foi incrível ouvi-la novamente ao vivo”, sabe?

Mas eu acho que é um desafio tremendo pra nós isso de adivinhar quais músicas são assim em cada turnê, ou quais fariam mais sentido dentro desse setlist ou dessa perna da turnê. É bem, bem desafiador muitas vezes montar isso. Mas, ao mesmo tempo, nós temos que deixar nossos instintos rolarem e dizer, “Bom pessoal, a gente não toca isso há algum tempo e ficaria muito legal ao vivo”.

Também temos o novo álbum e precisamos considerar tocar algumas músicas dali. E quais músicas que a gente não toca há muitíssimo tempo e que os fãs ficariam malucos ao saber que está no setlist? Então, todas essas são coisas que nós consideramos. Acho que o nosso objetivo é ter o máximo possível de fãs saindo do show com uma memória incrível daquela noite por causa das músicas que nós tocamos, por causa dos visuais e tudo que eles viram e viveram naquelas duas horas ou duas horas e pouco. Esse é o nosso objetivo.

Você não vai satisfazer 100% todos os fãs porque cada fã vai ter sua música preferida, ou a sua música essencial ou suas quatro ou cinco mais queridos. E se eles não as ouvirem, claro, se eles não ouvirem suas músicas preferidas, eles vão ficar desapontados de alguma forma ou chateados. Mas isso é parte do trabalho de ser um artista ou banda que sai e faz turnês. É tipo, bom, você realmente não vai acertar em cheio pra cada fã. Mas o que você pode dizer é que, bom, para o máximo de fãs que é humanamente possível, nós acertamos em cheio. Isso é o melhor que qualquer banda pode fazer.

TMDQA!: De fato. Eu me lembro de surtar quando vi que vocês tocaram “Space-Dye Vest” em um show depois de sei lá quanto tempo…

James: Sim, há algumas músicas como essa que a gente simplesmente não tocou muitas vezes. Tipo, mesmo. E há várias músicas no nosso arsenal, por assim dizer, que poderiam facilmente voltar e os fãs diriam, “É cara, eu só tinha ouvido eles tocarem essa algumas poucas vezes” ou qualquer coisa assim.

Então sempre há esse aspecto das músicas que, quando a gente as tocou, foi só uma ou duas vezes. Então, bem, a gente sempre está tentando fazer o nosso melhor com relação ao setlist. Isso eu garanto!

TMDQA!: Eu garanto também que nunca saí desapontado de um show de vocês! James, muito obrigado pelo seu tempo. A gente se vê por aí, foi um prazer!

James: Obrigado, se cuide e nos vemos por aí. Até mais!

Sair da versão mobile