Em entrevista a jornal inglês, Gilberto Gil diz que Brasil está se “descivilizando” graças ao governo Bolsonaro

Gilberto Gil aponta que Jair Bolsonaro "se opõe a qualquer tipo de avanço" e faz duras críticas ao presidente ao falar do desmatamento da Amazônia.

Gilberto Gil
Crédito: reprodução

Gilberto Gil, verdadeira lenda da música, fez novas críticas ao presidente Jair Bolsonaro.

O músico, que já assumiu um importante cargo na política brasileira ao ser Ministro da Cultura do então presidente Luíz Inácio Lula da Silva entre 2003 e 2008, demonstrou mais uma vez o seu descontentamento com o atual governo.

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Enquanto está em Perúgia, na Itália, realizando uma turnê europeia ao lado da família para celebrar seus 80 anos de idade, Gil conversou com o portal britânico The Guardian e fez alguns comentários sobre Bolsonaro. Ele falou, por exemplo, sobre o “retrocesso” do país nos últimos tempos:

O retrocesso ao qual fomos submetidos é impressionante. Mas o que esperar de uma pessoa que prefere abrir um clube de tiro a uma biblioteca? É uma visão de mundo retrógrada, reacionária, que se opõe a qualquer tipo de avanço, que não quer viver na agilidade do futuro e nos permanentes desafios que isso implica.

Ao assumir o cargo de presidente em 2019, vale lembrar, Jair Bolsonaro dissolveu o Ministério da Cultura e seu governo cortou verbas importantes destinadas ao setor.

Gilberto Gil faz críticas a Jair Bolsonaro e relembra Bruno e Dom

Outra situação pela qual o Brasil está passando e que incomoda muito Gilberto Gil envolve o meio ambiente.

O artista, que é um dos fundadores da ONG ecológica Onda Azul e entre diversas outras iniciativas chegou a ceder a música “Refloresta” em 2021 para uma campanha contra o desmatamento, aponta que o sucateamento da Amazônia feito por Bolsonaro é “uma enorme depreciação da imagem do Brasil para o mundo”. Ele explica que, na sua perspectiva, “é como se estivéssemos nos ‘descivilizando'”.

Na entrevista, Gil ainda destacou que o assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips no mês passado foi “um crime bárbaro”.

O músico descreveu os dois homens, que documentavam incursões em terras indígenas, como “dois importantes agentes na luta pela preservação de nossas riquezas naturais e pela viabilidade de um futuro de relações ambientais mais justas e equilibradas”. No entanto, ele também destacou que “um sentimento de luto fortalece a luta.”

Você pode ler a entrevista completa clicando aqui.

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