Victor Mus encerra o ciclo do EP Meu Nós, de 2019, com o videoclipe de “Coragem“. Sem cair nos clichês das canções motivacionais, o single fala sobre enfrentar medos e opressões sob uma ótica realista, aceitando os desafios como aprendizados e entendendo que a dor é inerente à vida.
O filme, protagonizado pela atriz Márcia Santos, chega para amplificar a mensagem da música, acompanhando a trajetória de uma mulher de meia idade que precisa lidar com o luto. Com direção assinada pelo duo carioca Mig e Lufe, o novo clipe de Victor Mus é uma grande metáfora sobre resiliência.
Musicalmente, “Coragem” é uma canção de grande apelo pop que ganha personalidade ao incorporar elementos brasileiros de ritmos folclóricos como o maracatu, se desdobrando para além das tradicionais alfaias, e desembocando na marcação orquestral do cello.
Marianna
A cantora carioca Marianna fez sua estreia no pop brasileiro com o single “Deixa Ir“. A música, que dá o primeiro gostinho de seu trabalho autoral, é um R&B com forte influência pop que fala sobre desapegar de um amor mesmo querendo ficar.
Nesse primeiro lançamento, Marianna constrói sua sonoridade com produção, arranjo, baixo, guitarra, teclado, mixagem e masterização da jovem e talentosa Vivian Kuczynski. A canção ainda conta com bateria de Alana Ananias e trombone de Douglas Antunes.
Se jogar no novo é uma constante paradoxal na vida da artista. A inspiração de “Deixa Ir” — que sai pelo selo BAILA, de Clara Valverde — veio da própria experiência da cantora, que revela estar “numa fase de colocar tudo pra fora sem muito filtro“.
Letícia Coelho
Brota é o novíssimo álbum visual da multiartista, compositora e multi-instrumentista mineira Letícia Coelho. O disco, que já se encontra nas plataformas digitais, permeia o rock e a música experimental eletrônica.
No novo registro, a artista mergulha em mundos possíveis, em brechas que podem ser abertas onde menos se espera. Brota emerge da lama de Mariana e Brumadinho, contexto que cala, silencia e invisibiliza milhares de existências postas às margens pelos desastres políticos do mundo em que vivemos.
O álbum dança a revolução e caminha pela coragem de se reinventar, e deu origem a um filme de 12 minutos que traz uma geografia da impermanência, ora festiva ora reflexiva, sempre propondo o movimento e o risco. No curta metragem, acompanhamos a personagem principal, uma viajante, em seu percurso por um novo mundo.
LIMMA
O músico mineiro André Lima dedicou mais de 20 anos atuando como instrumentista para importantes artistas da música brasileira, como Gal Costa, Milton Nascimento e Arnaldo Antunes. Agora, o artista assume a persona de LIMMA e estreia seu homônimo primeiro álbum solo.
Neste trabalho, que chega via selo Candyall Music, LIMMA reuniu 10 faixas compostas ao longo dos últimos 5 anos com parceiros como Carlinhos Brown, Paulo Carvalho, Romulo Fróes, Jongui, Fabio Góes e Magno Mello.
O disco vem marcado por canções pop e pela forte presença de sintetizadores, que protagonizam toda a obra, somando ora com o piano, ora com o violão de nylon, se traduzindo em um synthpop com acento brasileiro. As letras provocam reflexões sobre como encaramos a vida e lidamos com o nosso entorno enquanto seres sociais.