Música

Recorde e escândalos: sertanejo brasileiro vai parar em reportagem da Billboard

Reportagem com coautoria de jornalista brasileira explica como formato de contratação do sertanejo influenciou até as Eleições de 2022 no Brasil.

MP determina investigação em cidade que Zé Neto criticou Lei Rouanet e atacou Anitta
Reprodução / Instagram

Você provavelmente se lembra da informal “CPI do Sertanejo”, polêmica gerada nas redes sociais depois de comentários críticos a Anitta que fez com que mais de 40 shows de artistas do estilo fossem cancelados no Brasil entre maio e junho.

Pois bem, agora o caso mereceu uma reportagem investigativa em um dos maiores portais internacionais de música.

Nesta quinta-feira (4), a Billboard publicou uma matéria com o título “Na Nashville do Brasil, a Música Sertaneja – e seu maior promotor – enfrentam um acerto de contas”.

O texto tem coautoria da jornalista brasileira Beatriz Miranda, que já publicou matérias em outros grandes veículos como The New York Times e The Guardian.

Marcos Araújo

Primeiro, a matéria explica o que é sertanejo para os leitores americanos, definindo o gênero como “a música ‘country’ do Brasil, originalmente tocada com viola caipira, que continua sendo o gênero mais popular do país”.

Depois, a reportagem traça um perfil do empresário Marcos Araújo, um dos promotores de eventos mais influentes do sertanejo, criador dos festivais Villa Mix e BBQ Mix.

Este último realizou edição recente, onde bateu um recorde absurdo quando se trata de 2022: foram servidas 52 mil porções de carne, a maior quantidade de churrasco em oito horas na história, com certificação do Guinness Book e tudo.

Sertanejos não precisam de empresários

O texto destaca que ele e outros empresários estão “perdendo” artistas nos últimos anos, já que os cantores têm decidido fechar contratos por conta própria.

A matéria da Billboard lembra os preços inflacionados que artistas como Zé Neto & Cristiano, Bruno & Marrone, Gusttavo Lima e Wesley Safadão cobravam de prefeituras de cidades pequenas, que muitas vezes alegam não ter condições de fornecer necessidades básicas às populações locais.

De acordo com a reportagem, o caso teve repercussão até na corrida à presidência do Brasil em 2022. Lula, líder nas pesquisas, já disse em tom de oposição à prática que “os prefeitos gastam uma fortuna com artistas sertanejos e não são capazes de gastar 30 reais com um grupo de música local”.

Relembre o caso da “CPI do Sertanejo”

Como te mostramos por aqui, a “CPI do Sertanejo” teve início quando Zé Neto criticou Anitta, dizendo que não precisava de uma “tatuagem no toba pra mostrar que está bem ou mal”.

Isso atraiu a fúria dos fãs da cantora e, com a repercussão do assunto, autoridades decidiram investigar os contratos de prefeituras com artistas da música sertaneja.

Você pode ler a reportagem completa da Billboard neste link.