Imagine ser recrutado para a posição de frontman da sua banda favorita, que por sinal também é uma das maiores bandas do planeta. Foi o que aconteceu com o cantor Blaze Bayley em 1994, quando foi convidado pelo Iron Maiden para substituir Bruce Dickinson, que havia deixado o grupo após desentendimentos internos.
Blaze era vocalista do Wolfsbane, banda que formou em 1984 e que abriu alguns shows do Iron nos anos 90. Essa oportunidade fez com que ele se tornasse amigo do baixista Steve Harris.
Em entrevista à Rolling Stone, Bayley contou que foi selecionado entre mais de 1.500 candidatos, e venceu 12 concorrentes nas audições finais. Isso resultou em cinco anos fazendo shows ao lado de seus ídolos, com estádios lotados em várias partes do mundo.
E é claro que a pressão era enorme, como ele descreve:
Havia muita camaradagem e todo mundo me deu muito apoio, mas a pressão era esta: você está jogando futebol pela seleção da Inglaterra, é a final da Copa do Mundo e nós precisamos vencer. Era sobre fazer nada além do seu melhor absoluto noite após noite.
Hoje, Blaze Bayley faz shows pequenos em carreira solo, com a qual já tem mais de 10 discos lançados. Inclusive, o cara já passou diversas vezes pelo Brasil, um dos lugares que costuma recebê-lo com mais carinho.
Apesar dessa diferença, ele se considera sortudo por ainda estar fazendo música:
Não sou um homem rico. Tenho uma motocicleta e um carro comuns, e moro em uma casa comum, mas passo a maior parte do meu tempo em turnê e me apresento em lugares maravilhosos. De muitas maneiras, ainda estou vivendo o sonho. Não estou tentando ser grande, eu já fui grande, estive na maior banda do mundo. Não preciso voltar lá.
Justo, né?
Ex-vocalista do Iron Maiden fala sobre sua trajetória no metal
Na entrevista, Blaze também conta sobre sua infância humilde, tendo crescido em uma casa móvel e sem saneamento básico em Birmingham, no Reino Unido.
Ele ainda lembrou de quando assistiu ao Iron Maiden pela primeira vez em um teatro com capacidade para 1.500 pessoas na sua cidade natal. Você pode ler a entrevista completa por aqui.
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