Já virou tradição: todo ano em Ouro Preto, uma das mais belas cidades do interior das Minas Gerais, o MARTE Festival conecta passado, presente e futuro através de uma programação muito rica.
Sinônimo para Música, Arte e Tecnologia, o evento que havia feito uma última edição online por conta da pandemia voltou agora para as ruas e em 2022 mostrou mais uma vez por que é um dos mais bacanas quando o assunto é pensar à frente, tanto na cultura quanto no desenvolvimento tecnológico.
Nesse ano, o MARTE levou para Ouro Preto todo o talento do trio paranaense Tuyo e do genial VHOOR, de Belo Horizonte. E se a banda mostrou sua mistura de Indie e Pop com uma boa dose de sofrência, o produtor e beatmaker deixou bem claro todos os motivos pelos quais está sendo levado para excursionar pela Europa a todo momento.
Outros nomes da música brasileira estiveram por lá, como Getúlio Abelha, Agnes Nunes, Edgar, Kastrup, Craca e Forró Red Light, sempre misturando os traços inovadores e progressistas de suas obras com a atmosfera tradicional das ruas de Ouro Preto.
Festival de Música, Arte e Tecnologia
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Mas não é só de música que o MARTE vive, e o evento que aconteceu entre os dias 26 e 30 de Julho de 2022 contou com painéis, palestras e discussões sobre assuntos imprescindíveis para as carreiras de artistas em suas mais diversas etapas.
Para isso, o festival contou com um time formado por especialistas em suas áreas e levou nomes como Dani Ribas (Sonar Cultural), Guilherme Coutinho (Phonolite), Renata Gomes (Ingrooves), Lalai Persson (Chicken Or Pasta) e mais para falar sobre Web 2.0, como ganhar dinheiro com direitos autorais, como distribuir suas músicas nas plataformas, NFTs e mais.
Ainda rolaram conversas sobre a construção de cidades inovadoras, relacionamento entre artistas e marcas e produção musical, tudo isso com um time de respeito.
Barral Lima, um dos idealizadores do MARTE, falou ao TMDQA! sobre as principais motivações para a realização do evento:
As principais motivações de realizar o MARTE é poder abrir uma discussão sobre como a tecnologia pode influenciar no desenvolvimento da arte, principalmente da música, que é o nosso mote principal em todas as etapas do festival, tanto na criação e produção quanto na apresentação e distribuição. A gente trabalha muito com apresentações ao vivo, então na discussão, que é realizada durante o dia nos painéis e nas palestras, a gente tem alguns exemplos de artistas audiovisuais e experimentais sendo realizados ao vivo. É nisso que o MARTE aposta. É um festival diferenciado, porque traz um line-up mais ousado em relação à tecnologia e à música. Acho que isso é o que nos motiva e nos leva a procurar novos artistas a cada ano. Para trazer para o público como a música pode se desenvolver ao longo do tempo, né? É o que a gente tem como lema: abra os olhos para novos mundos. A gente não pode ficar alienado no que já existe, na mesma música de sempre. A música sempre está mudando e essas experiências novas vão trazer a nova música para o futuro. O que que vai ser tocado, o que vai ser ouvido. Isso é que nos motiva a trazer novidade e inovação. É o que possibilita essas experiências. Apresentar isso para o público ao vivo é sensacional.
Ele também deixou um recado para quem nunca foi ao MARTE e já quer ficar ligado nas próximas edições para aproveitar o frio do inverno mineiro, conhecer Ouro Preto, assistir a shows incríveis e ainda participar de discussões sobre assuntos da música:
Ouro Preto é a primeira cidade considerada patrimônio mundial da humanidade pela UNESCO. É uma cidade que tem uma importância muito grande e é muito emblemática no país. Tem um conjunto arquitetônico enorme e é onde a cultura e a arte tem movimento muito forte. Aleijadinho e vários outros artistas que passaram aqui. A gente quis trazer para cá um festival que falasse de futuro. Por que? Por ter uma força artística muito grande no passado. É aqui que você respira arte. Quem vier para as próximas edições, vai ter uma surpresa muito grande, principalmente quem nunca veio a Ouro Preto. É uma cidade maravilhosa e você se surpreende com as ocupações dos espaços, os mappings que a gente faz dos prédios, o Museu da Inconfidência, a Praça Tiradentes. O histórico com o presente, e com o futuro. Você visita, passeia e começa a entender como seria o futuro numa cidade dessa. É um festival que vale a pena as pessoas se programarem para visitar nos próximos anos. A gente está vivenciando o velho mundo relacionando-se com os novos mundos de tecnologia e de propostas para o futuro. Eu convido todos a irem numa edição de MARTE.
Como Seguir o MARTE Festival
Pois o recado está dado: siga o MARTE Festival no Instagram e não perca nenhuma atualização do festival.
Programe-se para a próxima edição e vamos todos juntos embarcar nessa viagem!
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