Iron Maiden mistura Metal e Teatro para provar que lotará o Rock In Rio quantas vezes vier ao festival

Sempre fala-se muito sobre como o nome do festival Rock In Rio é forte, mas há de se concordar que outro nome de porte parecido é o do Iron Maiden, headliner na primeira noite da edição de 2022.

O primeiro dia do retorno ao festival na Cidade do Rock é conhecido como “Dia do Metal”, mas claramente poderia ter sido batizado como “Dia do Iron Maiden”, já que desde a abertura dos portões o que mais se via eram camisetas da banda britânica.

Não é exagero dizer que 70 ou 80% do público estivesse por ali para ver o Iron Maiden, e eles vinham de todos os cantos do país e até do continente, já que avistamos bandeiras de Chile, Argentina e mais por lá.

Era de se esperar, então, que o show fosse ovacionado, e isso aconteceu mesmo que a banda não tenha apresentado nenhuma verdadeira surpresa.

Como foi o show do Iron Maiden no Rock In Rio?

Se você acompanha o TMDQA! e tem visto os nossos posts sobre os shows que a banda tem feito em sua turnê de Senjutsu pelo Brasil, sabe qual é o setlist que o grupo liderado pelo vocalista Bruce Dickinson vem apresentando.

Pois ele foi seguido à risca no show do Rock In Rio e quem estava com a nossa matéria aberta sabia exatamente qual seria a próxima música do show.

Não que isso tenha sido um problema, já que as milhares de pessoas que lotaram a Cidade Olímpica no Rio de Janeiro exaltaram cada um dos momentos em que a banda esteve no palco aliando Heavy Metal a diversas passagens teatrais.

Aliás, esse é um dos pontos que conectam o Iron Maiden a tantos artistas Pop que são criticados por fãs da banda e passarão pelo Palco Mundo nos próximos dias.

Como um grande artista Pop, o Iron passeia por fases e o faz muito bem, com trocas de figurino que até mesmo demandaram pausas no show, como é muito comum em shows de grandes artistas solo.

Por exemplo, após a fase “Senjutsu” que abriu o show, a transmissão do Multishow até voltou para o apresentador Guilherme Guedes, que segurou os curtos minutos em que a banda esteve fora.

Com as guitarras ditando o ritmo de tudo, Bruce Dickinson liderou seu grupo com uma energia invejável, e se aos 64 anos a voz já não é mais a mesma dos tempos áureos, a vontade de dar espetáculo é idêntica. ele interagiu com o público, brigou de espada com o mascote Eddie, usou máscara e carregou uma lanterna em “Fear of the Dark” e falou sobre irmandade e união, celebrando o público brasileiro como uma família antes de “Blood Brothers”.

Essa, aliás, é uma faixa que não costuma aparecer frequentemente em turnês do Iron, e foi executada nos outros shows feitos por aqui durante os últimos dias.

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Ao final das contas, a noite contou com clássicos como “The Number of the Beast”, “The Trooper”, “Run To The Hills” e o fim chegou com uma versão desacelerada de “Aces High”.

No palco, uma das maiores paixões de Bruce, a aviação, no formato de um avião gigantesco que tomava conta do espaço sobre a banda.