Música

American Idiot: um ranking da pior à melhor música do clássico do Green Day

American Idiot representou uma virada na sonoridade e nas composições do Green Day e está atingindo a maioridade hoje. Confira uma análise faixa a faixa!

American Idiot Green Day
Imagem: Divulgação

Apenas as bandas que se mantêm relevantes e criativas por muito tempo são capazes de lançar uma obra-prima em seu sétimo disco de estúdio. Foi o que aconteceu com o Green Day e o clássico álbum American Idiot, que está completando hoje, 21 de setembro, 18 anos de lançamento.

O trabalho marcou uma virada para o grupo, e não apenas no sucesso comercial, tendo vendido mais de 16 milhões de cópias (atrás apenas de Dookie) e atingido o primeiro lugar em 18 países, superando a decepção do disco anterior, Warning (2000).

Publicidade
Publicidade

Ele representou também uma nova forma de compor para Billie Joe Armstrong e companhia. A banda decidiu aumentar o conteúdo político das letras, e fazer isso através de uma história única durante quase uma hora de álbum, com capítulos e transições entre as músicas.

O resultado foi provavelmente a primeira “ópera punk rock” da história, a trajetória do “Jesus dos subúrbios”, um anti-herói adolescente de classe média baixa.

Para celebrar os 18 anos desse clássico, listamos as 10 faixas de American Idiot, da “pior” (ou menos impactante) até a melhor. Confira abaixo e diga aí, você alteraria alguma posição?

LEIA TAMBÉM: “Choro só de lembrar”: conversamos com a fã que tocou guitarra com o Green Day no Rock In Rio

Ranking da pior à melhor música de American Idiot, do Green Day

10. “Extraordinary Girl” / “Letterbomb”

Embora tenham um importante papel narrativo, por serem as músicas que apresentam o conturbado relacionamento de Jesus of Suburbia com a personagem Whatsername, essas faixas não chamam tanto a atenção do ouvinte que já não esteja imerso no conceito do disco.

9. “Give Me Novacaine” / “She’s a Rebel”

Nessa dobradinha estão os dois personagens secundários da trama: St. Jimmy e Whatsername. A primeira faixa descreve a luta contra o vício em drogas, culminando no encontro com o primeiro grande amor, na conclusão desse capítulo. São belas músicas, mas ainda ficam pra trás em comparação com as demais.

8. “Whatsername”

Mesmo sem grandes inovações na fórmula de composição, essa música é marcante não apenas por ser a que encerra o disco, mas por trazer uma conclusão bastante emocionante e totalmente aberta à interpretação dos fãs para os conflitos internos de Jesus of Suburbia.

7. “Are We the Waiting” / “St. Jimmy”

Com uma levada de bateria bastante icônica, a introdução mostra Jesus of Suburbia refletindo sobre o estado decadente de sua geração. Até que ele conhece possivelmente o personagem mais interessante de toda a história, St. Jimmy, uma espécie de alterego destrutivo ao melhor estilo Clube da Luta.

6. “Holiday”

Aqui o primeiro grande hino do álbum, uma música-protesto contra as guerras travadas pelos Estados Unidos ao longo da história. Com um riff de guitarra clássico e um refrão marcante, esse single é um dos mais tocados de American Idiot até hoje.

5. “Homecoming”

Uma das faixas com mais de 9 minutos do álbum, “Homecoming” é o clímax da ópera, com Jesus of Suburbia tomando decisões importantes sobre sua cidade e tudo que deixou pra trás. Um fato incrível sobre essa música é que cada um dos integrantes compôs pelo menos um dos cinco capítulos.

4. “Jesus of Suburbia”

A outra música com mais de 9 minutos vem logo na sequência no nosso ranking, e está em quarto lugar pela proeza de ter se tornado um sucesso, tocando no rádio e na televisão apesar da longa duração.

Sendo a segunda música do disco, “Jesus of Suburbia” apresenta o protagonista e introduz todo o conceito da ópera, em cinco capítulos bem diferentes entre si, mas muito complementares, e um final épico. Sem falar que foi o ponto de partida do Green Day para toda a ideia de American Idiot.

3. “Wake Me Up When September Ends”

Essa é a única faixa do disco que não trata dos personagens principais da história. É, na verdade, uma história pessoal de Billie Joe Armstrong com seu pai.

Mas a música é tão linda, tanto na letra emotiva como nos versos suaves ao violão, culminando num refrão explosivo, que mereceu a medalha de bronze. Sem falar na referência eterna criada com o mês de setembro, que rende piadas com o vocalista até hoje.

2. “American Idiot”

Uma curiosidade sobre o disco American Idiot é que ele foi gravado em estúdio na mesma ordem que as músicas foram lançadas. A faixa-título, portanto, foi o pontapé inicial para o Green Day encontrar a sonoridade perfeita do álbum.

“American Idiot” é um dos maiores hinos de contracultura dos Estados Unidos nos últimos anos, e escancara o elitismo, o controle da mídia e a “burrice coletiva” que a banda julgava existir no país naquela época.

1. “Boulevard of Broken Dreams”

Nosso primeiro lugar foi escolhido pela beleza da música, que se distancia do punk rock tradicional da banda e utiliza um violão suave para descrever conflitos internos e batalhas pessoais de Jesus of Suburbia e de toda uma geração de fãs.

Com um clipe inesquecível, um refrão fácil de repetir e um final épico, a música ganhou o Grammy de “Gravação do Ano” em 2006 e foi a que chegou mais alto do Green Day na Billboard Hot 100. Precisa falar algo mais?

Sair da versão mobile